quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Com pressa.


BRASÍLIA - O ex-presidente Lula fez uma viagem relâmpago a Brasília, na terça-feira, 
para avaliar com a presidente Dilma Rousseff os desdobramentos da Operação 
Lava-Jato e conversar sobre o novo ministério. Eles se reuniram na Granja do 
Torto por cerca de três horas. Participaram da reunião, também, o presidente do PT, 
Rui Falcão; o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), e o governador da Bahia, 
Jaques Wagner (PT).
Na conversa, segundo auxiliares palacianos, Lula disse a Dilma que ela deveria 
definir logo sua nova equipe econômica, como forma de estancar a desconfiança 
do mercado e dar uma sinalização de que a economia está sob controle,
 depois de o país ter entrado em recessão técnica e de o governo ter que
 fazer manobra no Congresso para mudar a meta fiscal.
Na reunião da noite de terça-feira, foi sugerido a Dilma agilizar a indicação de
 nomes políticos do PT para ajudar na sustentação do governo, em meio a
 tantos problemas, já remanejando, por exemplo, Miguel Rossetto do
 Desenvolvimento Agrário para a Secretaria-Geral, e oficializando o 
ingresso do governador Jaques Wagner (BA), que tem mandato até o dia
 31 de dezembro. Wagner é nome certo no segundo mandato e será 
um dos principais articuladores políticos do segundo mandato.
Segundo interlocutores do governo, Lula aconselhou Dilma a esperar 
os desdobramentos da Operação Lava-Jato para definir os espaços dos
 partidos aliados no novo Ministério, em função de a crise na Petrobras 
afetar partidos e políticos que estariam envolvidos no esquema de
 recebimento de propina. Como PT, PMDB e PP são apontados como
 beneficiários do esquema, a ideia é adiar ao máximo qualquer 
decisão para evitar que um eventual indicado esteja envolvido
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