Estimados Amigos,
Encaminho para conhecimento o endereço para download do recém lançado Anuário Brasileiro de Segurança Pública 7ª Edição.
Sinceramente espero que você se interesse pelo assunto e o carregue sempre com você, seja no Pen Drive, no Notebook ou no Tablet, pois é uma obra e tanto. Pois se de uma lado mostra um avanço no esforço da consolidação dos números de referência da Segurança Pública Brasileira, o que é louvável, por outro, em um trabalho que desmerece o esforço, está em ver somente um segmento da persecução criminal estatal, ou seja a polícia, como única responsável pelo aumento da criminalidade.
Vai mais longe, antes mesmo de apresentar os números, já faz chamamento para as conclusões a respeito deles, todas elas, por óbvio, eivadas de preconceitos a respeito de como se faz Segurança Pública no país.
Não se considera a falácia do controle de armas no país, bem como de um sistema de penalização único no mundo, onde a sociedade, na pessoa do Estado, não pune quem deveria e é gananciosa, ávida em cobrar impostos, mas tíbia em assumir suas responsabilidades como gestora dos problemas sociais, ou ainda estimula de modo quase que frenético o descumprimento da lei. Pior ainda, faz pouco do encarregado em fazer cumpri-la, paga-lhe cada vez pior e quanto mais difícil e arriscada é sua missão, mais ele está abandonado. É a síndrome de só governar onde existe asfalto. O resto, ora o resto, que se vire com a polícia.
Vou parafrasear quem pensa direito: " o que me assusta não é o grito dos violentos e dos que nos matam, mas o silêncio daqueles que a sociedade entende como bons". Pois deles depende a perenização das políticas ditas públicas, mas que só atendem poucos e privilegiados.
Nos últimos tempos, estamos cada vez mais vendo a criminalidade crescer graças a histórica escolarização do crime promovida pelo Estado. Prendemos alguns dos maiores bandidos, não os punimos de forma adequada, permitimos que eles formem seus grupos, com sofisticada organização, ensinem os primários as técnicas modernas de ação, deem-lhes dinheiro e armas para sua atividade, numa sofisticada logística criminal e dominem cadeias, advogados, polícia e governo. O argumento por eles apresentados é extremamente significativo: "o criminoso nada mais é que um sensível que, tal como um artista, reage a um estímulo de injustiça social que vivencia. Como expressão de sua arte, age contra a sociedade e se encontra alguém que enfrente sua intenção, não aceita e leva sua arte ao limite, mesmo que resulte em mortes.
Abraços.
Flammarion
Institucional
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