quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Palavras do Presidente da Chapa Monte Castelo






Palavras do Presidente da Chapa Monte Castelo (3)
"Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não." (Mt. 5: 37).

Rio de Janeiro, 27 de dezembro de 2013
Não consigo encontrar palavras para traduzir minha admiração, respeito e gratidão aos heróis da contrarrevolução de 1964. Eu tive a honra de comandar o primeiro punhado de homens que entrou em operações militares, à testa do Destacamento Tiradentes, vindo de Minas rumo ao Rio. Mas não atirei, nem atiraram em mim (vide "31 de março – Palavras de um Pica Fumo" em "Artigos", no nosso site, www.monte-castelo.org). Não havia inimigos. Havia irmãos de armas procurando a melhor maneira de livrar o Brasil da ameaça comunista que o governo de então representava.
Entre a defesa das instituições apodrecidas e passageiras e a defesa da Pátria, muito amada e permanente, esta última prevaleceu, para felicidade do povo brasileiro que, com a memória histórica curta que caracteriza todos os povos, hoje esqueceu quase completamente disso ou interpreta aqueles acontecimentos de maneira totalmente desvirtuada.
Porém homens como o Cel Ustra e sua equipe e meu querido amigo e Chefe por muitos anos no IPD da Urca, Cel Licio Maciel, e seu aguerrido grupo combatente, nas selvas de pedra de nossas cidades, ou na selva escura e traiçoeira do Araguaia enfrentaram inimigos reais, dispararam e receberam tiros, perderam amigos muito queridos e eliminaram inimigos, como em qualquer guerra, bárbara e cruenta.
Na guerra urbana, covarde e sanguinária, o inimigo, entre os quais o poste de plantão na Presidência, matou, sequestrou, roubou bancos e particulares, cometeu atentados e semeou o terror entre a população civil e desarmada.
Na selva, um grupo de canalhas, refestelados em lugares seguros, no Brasil, em Cuba ou na China, enviou para a morte muitos jovens despreparados e impregnados de uma doutrinação alienante, mas que nem por isso deixaram de matar militares brasileiros em combate e civis inocentes em justiçamentos desumanos.
Esse era o cenário dos tempos em que a luta anticomunista exigia desprendimento, arrojo, bravura, patriotismo e competência profissional, na dicotomia clássica do matar ou morrer. Essa era a situação tática dos tempos em que nossos heróis se destacaram, armas na mão, na defesa de nossa liberdade e de nossas tradições.
Hoje a situação é outra. A visão da Chapa Monte Castelo é que, se aquele era um tempo de guerrear, hoje é o momento de pacificar e aglutinar forças. "Não cora o livro de ombrear com o sabre nem cora o sabre de chama-lo Irmão". Ontem foi o dia do sabre. Hoje é o dia do livro!
O inimigo, que nossa magnanimidade permitiu que sobrevivesse, hoje está encastelado nas mais altas posições da política (?) indecente nacional. Pelo menos como primeira opção, não é mais possível desalojá-lo de lá com armas na mão.
A luta contra ele tem que ser constante e aguerrida, espalhando a mensagem contra tudo o que aí está em todos os auditórios possíveis. Acossando-o em seus próprios redutos, provocando a polêmica. Usando a força da justiça toda vez que alguma de suas atitudes dê ensejo a isso, trabalhando em harmonia com as vozes conservadoras da sociedade. Obtendo apoio de grupos que pensam como nós. Enfim, criando um verdadeiro "Foro do Rio de Janeiro" para combater a permanência desse grupo no poder.
Hoje precisamos conquistar aqueles brasileiros, que não são poucos e, como nós, se revoltam com o estado de coisas que reina em nosso país. É mostrar-lhes que se nos unirmos, os militares descontentes e os civis maioria silenciosa, seremos mais fortes do que o inimigo comum e poderemos, enfim, derrota-lo ou impedir que ele continue praticando os atos indecorosos que tem caracterizado sua atuação no (des)governo, entre os quais a criação da imbecil comissão da calúnia que, embora sistematicamente ridicularizada pelos que ali comparecem, insiste em aborrecer nossos guerreiros de sempre com convocações tão descabidas quanto inócuas.
É provar-lhes que nós, militares que de uma maneira ou de outra participamos daqueles tempos, não somos os monstros que a propaganda inimiga pinta. Como, apesar dos esforços mentirosos, ainda somos a instituição mais prestigiada pelo povo brasileiro, acreditamos que o que realmente nos falta é mostrar a toda sociedade que somos abertos ao diálogo, à aproximação, à confraternização saudável e patriótica. Enfim, que desejamos a pacificação da Nação brasileira, objetivo completamente oposto ao dos guerrilheiros no poder que, inteligentemente, querem nos dividir para esmagar-nos.
Guardemos eternamente no coração, com respeito e gratidão, nossos heróis de outrora que se distinguiram na luta armada. E incentivemos o aparecimento de outros, que sejam soberanos na luta inteligente e psicológica contra as armas inteligentes e psicológicas que o inimigo utiliza atualmente. Repetimos: ele lançou o Brasil na mais negra escuridão. Não se combate a escuridão com a violência: acende-se uma luz.
Essa luz há de reunir os homens de boa vontade deste país e há de nos orientar rumo à salvação de nossa amada Pátria brasileira. Ela desintegrará os fantasmas criados pela propaganda inimiga e fará reviver em nós todos o orgulho de sermos ELITE, pois nos tempos gramscistas em que vivemos, ser ELITE é considerado vergonhoso. Essa aleivosia não resiste à luz da verdade. Só temos motivos para nos orgulhar de sermos o que somos. Não é fácil alcançar esse status, e nós chegamos lá, com muito esforço e determinação. Apresentemos também essa luz para mais brasileiros, retirando-os das trevas onde o inimigo os deseja, e guindando-os para nosso lado.
Essa é a profissão de fé da Chapa Monte Castelo! Não queremos que o Clube Militar seja visto pela sociedade como uma célula de violência latente, semeando receios entre civis e afastando-os de nós. Nem desejamos que ele permaneça passivo enquanto o inimigo progride. Queremos que ele desponte como uma opção que amalgame todos no objetivo de defender nossos valores, de combater incansavelmente as intenções comunisantes do governo que aí está, solidamente apoiado pelo foro de São Paulo, de conduzir o Brasil no rumo de uma democracia plena (que nunca tivemos) e de proteger uma Republica verdadeiramente republicana.
Estamos unidos fraternalmente, em coração e espírito, às outras Chapas candidatas à Diretoria do Clube, pois temos o mesmo objetivo final. Apenas oferecemos mais uma opção para atingi-lo, o que é muito salutar. Cabe ao associado, verdadeiramente interessado em ideias e não em pessoas, avaliar as diferentes linhas de ação. Nossa postura não é fruto de falta de humildade, mas sim uma decisão longamente ponderada, equilibrada, e espinha dorsal da ação que pretendemos empreender.
Respeitamos profundamente nossos irmãos de armas com os quais disputamos a Diretoria do Clube assim como suas posições, merecedoras como as nossas de cuidadosas e ponderadas análise e avaliação por parte de todos. Feliz ou infelizmente, nossas visões sobre a estratégia para a proteção atual da República são diferentes.
Para a próxima eleição, devido ao momento histórico que atravessamos e também ao desejo sincero de conduzir o Clube conforme suas mais lídimas tradições, temos cinco Chapas, todas dignas e capazes, concorrendo à Diretoria. Isso mostra ao corpo de associados, que há companheiros de escól dispostos a oferecer voluntariamente seu tempo e seu trabalho sério e profícuo ao Clube Militar.
Exortamos aos associados a que respondam a essa explosão de patriótico desprendimento comparecendo em massa com seus votos, transformando a eleição em uma festa democrática e em uma tomada inequívoca de posição, prestigiando as Chapas e o Clube, e escolhendo aquela que lhes pareça mais adequada à espinhosa missão que se desenha à frente.
Um Feliz e Vitorioso Ano Novo para nós todos.

Avante Camaradas!
Cel José Gobbo Ferreira



Vejam no site www.monte-castelo.org os novos artigos apresentando mais informações sobre os desdobramentos do vergonhoso caso Lapoente. São textos longos, mas que merecem nosso esforço e nossa paciência. Conhecimento é força!
 


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