Por
José Batista Pinheiro
Altas
figuras dos nossos poderes executivo e legislativo, em recente governança do
PT, se apoderaram de enormes recursos do país, num ato de rapinagem inédito na
história, com acusações recíprocas na imprensa e nas casas legislativas entre
os próprios implicados no crime. Os abutres e chacais que bolaram a engenharia
financeira da montanha de ladroagem desses recursos contrariaram uma regra
universal de que "não há crime perfeito".
No
Brasil, ladrão do povo é tido como profissão rendosa, respeitosa, imputável e
considerado um ato de esperteza, astúcia e inteligência, onde o infrator ao ser
preso com a mão na massa alega "perseguição política". Em qualquer
país do mundo, roubar o erário acarretaria sérias sanções. Ninguém gosta de ser
chamado de ladrão. Existe até lei que dá direito ao marginal de esconder a sua
cara. Os larápios de pequenos furtos quando são capturados tapam o rosto com a
barra da camisa. Além de esconder a sua identidade, esses simplórios meliantes
não gostam de ser reconhecidos pelos parentes, amigos ou vizinhos. Nessas
circunstâncias o gatuno comum revela uma condição humana de honradez e vergonha
na cara.
No
crime do mensalão a honra e a vergonha na cara foram deixadas de lado. Ninguém
se omitia nas acusações. Os figurões delinquentes apontavam o dedo na cara uns
dos outros. Dói no coração do povo toda a torpeza desses maus brasileiros
dirigentes dos destinos da nossa nação.
Depois
de cinco anos na gangorra das engrenagens enferrujadas do nosso complicado
sistema jurídico, finalmente os acusados foram julgados e condenados, pelo
nosso Supremo Tribunal Federal, com provas irrefutáveis, sendo-lhes aplicadas
penalidades consideradas suaves, ante o odioso e debochado roubo das finanças
do Brasil. Muitos foram recolhidos aos presídios em carros luxuosos e até em
avião do governo. Alguns, numa atitude grotesca e agressiva erguiam os braços
com punhos fechados num gesto insultuoso, querendo demonstrar que foram injustiçados.
Outros alegaram enfermidades graves para ficar detidos em suas residências para
tratamento das doenças.
Geralmente
eles são gatunos de elevado nível funcional, bafejados pela sorte, ganhando
altos salários, trabalhando muito pouco e que só pensam em enganar e roubar os
seus pouco favorecidos semelhantes. Não respeitam o sacrificado contribuinte
que os elegeu. .Aparecem na mídia reclamando na Justiça os seus
"direitos" de não serem encarcerados pelos crimes cometidos.
Se
não houver uma radical reforma na política, na Justiça e no atual Código Penal,
outros crimes de mensalões certamente se repetirão.
*José
Batista Pinheiro – Cel Rfm EB
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