sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Museu PM



Museu PM

Pessoal

O DOE publicou esta semana uma homenagem ao Museu da PM que constou de duas
páginas da edição.

Vale a pena ler e ver a edição publicada.

Donizeti





POLÍCIA MILITAR - QUARTA-FEIRA, 18 DE SETEMBRO DE 2013




 Museu da Polícia Militar completa 55 anos




 O Quadrilátero da Luz preserva boa parte da história paulista e a brasileira. Lá estão o Quartel da
 Luz, o Museu de Arte Sacra, o Quartel da Cavalaria e o Museu da Polícia Militar. Ao completar 55 anos
 de existência, o museu conta com duas reservas técnicas (na Luz e na Academia do Barro Branco) que
 guardam mais de 10 mil objetos de valor histórico, incluindo canhões e carros de combate.


 Localizado na Rua Jorge Miranda, 308, em um prédio projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo para o
 antigo Hospital Militar da Força Pública, ainda, hoje, conserva muito de suas linhas originais, onde
 se destacam a simetria, as paredes largas e pé-direito com mais de 4,5 m de altura, amplas janelas e
 portas em pinho-de-riga, ladrilhos hidráulicos e mármores de Carrara.

 Para comemorar os 55 anos, a instituição reuniu todos os antigos diretores do Museu numa cerimônia
 cheia de simbolismos e no Clube Associativo dos Suboficiais e Sargentos da Aeronáutica de São Paulo,
 na zona norte de São Paulo. Na oportunidade, foram expostos itens de suas principais coleções, como um
 mosquetão do século 18, antigas viaturas de subsistência com tração animal (carroças), raras motos de
 escolta, caminhão guincho da época da Força Pública, condecorações de grande mérito, dragonas,
 coberturas de diversos países, capacetes históricos de várias localidades e equipamento do primórdio
 da odontologia na Polícia Militar.

 Criado por lei em 1958, o museu da PM só pôde ser materializado em 1976, quando passou à Secretaria da
 Segurança Pública. Até então pertencera às secretarias da Educação e da Cultura, com suas peças
 espalhadas por vários locais. O número de visitantes oscila entre 50 e 100 por dia, sem contar os que
 procuram a biblioteca.

 O coronel PM veterano Edilberto de Oliveira é conhecido como eterno diretor do Museu da Polícia
 Militar. Ele lembra, com saudades, dos tempos em que dirigia a instituição, na década de 1970.
 "Infelizmente, em 1948, muitos livros sobre a Guerra dos Farrapos e do Paraguai se perderam. Foram
 doados para particulares. Os armamentos estão no Museu Paulista da Universidade de São Paulo. Mas, a
 nossa coleção de carros de combate e de medalhas é de encher os olhos", argumenta.


 O xodó do coronel PM Edilberto é um caminhão Dodge Power Wagon, utilizado pela Força Pública na década
 de 1940. O tenente-coronel PM Álvaro Guimarães dos Santos também é um veterano na direção do museu.
 Permaneceu por lá, por 18 anos. Apaixonado por armas, ele diz que todos que visitam a instituição não
 podem deixar de ver o mosquetão do século 18.

 Objetos e um pedaço da história

 Com uma biblioteca e um arquivo que somam 1,8 mil metros lineares de documentos sobre a corporação, a
 instituição traz à luz alguns momentos da história brasileira, paulista e da própria corporação que
 estão sendo aos poucos apagados da memória nacional.


 "É o caso da Revolução de 1924, uma das mais sangrentas para a capital paulista. Em 2014, ela
 completará 90 anos e quase não se fala sobre ela nos bancos escolares e na mídia", diz o
 tenente-coronel PM aposentado José Paulo Ferreira Teixeira.


 Autodidata, ele passa as terças e quintas-feiras mergulhado na biblioteca da instituição. "Descobri
 que a história da corporação confunde-se com a história paulista e brasileira. É o caso do general
 Miguel Costa que era do Exército, mas fez carreira na Força Pública. Em 1924, ele, já no posto de
 major, participa do levante e, após a derrota, parte com Luís Carlos Prestes para a Grande Marcha (a
 Coluna Prestes-Miguel Costa, que com o tempo seria conhecida apenas pelo primeiro nome, a famosa
 Coluna Prestes)",explica.


 Nas salas da biblioteca, o museu guarda 8 mil volumes, utilizados por pesquisadores e historiadores.
 Há uma terceira sala especialmente preparada para receber essa visita. Em outro local, estão
 armazenadas mais de 30 mil fotos das polícias paulistas, organizadas e arquivadas por temas (viaturas,
 formaturas, festas, atuação, etc.). Há também a sala que abriga a coleção do Boletim Geral, publicação
 restrita à corporação e outras para arquivo.


 Referência – Para manter todo o acervo em boas condições, os funcionários desenvolveram técnicas
 especiais, principalmente, para a conservação das armas, das espadas e de todo o fardamento. Silvana
 Mara de Godoy Pimenta, diretora interina do Museu da PM, explica que o objetivo da instituição é
 realizar intercâmbios com outras instituições e pesquisadores.


 Além disso, o Museu da PM conta com profissionais especializados em armas, como o cabo PM Magno e o
 cabo PM Rangel. Há 23 anos na instituição, Rangel é armeiro formado pela Polícia Militar do Estado e
 pelo Exército, com especialidade em pistola.

 O cabo PM Magno Sérgio Dias Pereira, especialista em arte, arte sacra e bens culturais, cuida com
 carinho das lanças e espadas. "Os metais exigem um cuidado especial. Não podemos passar abrasivos ou
 outros produtos que, com certeza, vão oxidar a peça ao longo do tempo".


 Um boné ou quepe numa prateleira sem proteção interna (enchimento) murcha e se deteriora por causa do
 tempo e da gravidade. Para evitar a perda dessas peças, o Museu da Polícia Militar criou sala especial
 para restauração e proteção do acervo.


 A mesma preocupação se dá com as demais roupas da coleção. Além da higienização das peças,
 confeccionam moldes internos para a proteção dos bonés e cabides especiais para guardar uniformes.


 Além dos tradicionais quadros, fotos, o visitante não pode deixar de visitar o segundo andar do
 prédio. Armas utilizadas nas primeira e segunda Guerras Mundial e matracas estão conservadas à espera
 de visitação. Para quem é apaixonado por armas, a Madsen Musketta, arma dinamarquesa de 1902,
 utilizada na Revolução de 1932, é a estrela da coleção.





 Maria Lúcia Zanelli - Da Agência Imprensa Oficial


 Fonte: SSP





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