quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Foi um sonho que durou uma brisa de verão!



Foi um sonho que durou uma brisa de verão!

O Exército cede e permite a inspeção do Doi-Codi/RJ pela CV.
José Geraldo Pimentel
Ter comandantes militares como os nossos, sem atitudes, antes não tê-los. Na realidade os três comandantes de Forças depois de perderem o status de ministros de Estado, foram colocados ainda mais distantes do poder com a criação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. Hoje atuam como meros office boys, entregadores de recado. Cumprem sem discutir todas as idiossincrasias de um ministro da Defesa, civil; alguns sem experiência militar nem como conscrito, como foi o caso do ex ministro Nelson Jobim. Por sinal o mais arrogante, que chegou a usar uniforme militar de general, arrotando ordens, passando-se por estrategista militar. Como companheiro inseparável nomeou seu assessor o ex guerrilheiro José Genoino, cujo único conhecimento militar foi um curso de guerrilha feito em Cuba, que o credenciou a participar da Guerrilha do Araguaia, onde de tão valente, ao ser capturado, denunciou os companheiros, levando-os para a prisão. Este monturo de estrume logo seria indicado junto ao Congresso Nacional como o representante das Forças Armadas. Os comandantes militares apenas sacramentaram a indicação e passaram a ter mais um elemento hierarquicamente acima deles.
Tanta frouxidão só tem contribuído para a derrocada moral das FFAA. O comandante do Exército parece que encarna toda a covardia que existe em um ser humano. Em sua gestão os membros do Alto Comando do Exército foram ameaçados de exoneração se por um acaso criticassem o lançamento de um livreto que enaltecia os guerrilheiros do Araguaia. A impropriedade foi lançada no Palácio do Planalto com a presença do presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva. O monstrinho empolgado com a presença de dezenas de ex terroristas e ex guerrilheiros quis mostrar que mandava na instituição militar. Não houve resposta dos oficiais generais. Apenas uma nota insípida foi publicada depois de revisada e aprovada pelo ministro da Defesa.
- General, esta nota está mais para uma desculpa do que para um protesto. Disse o ministro Nelson Jobim, trocando algumas palavras para dar mais sentido ao 'protesto'.
O estelionatário Nelson Jobim não se cansava de se promover, declarando a viva voz que conseguira realizar 'O controle civil sobre as Forças Armadas'. E não ficava por aí. Declarou que não tinha medo de 'confrontamento'. Os chefes militares ouviram calados e em silêncio permaneceram.
- Militar faz continência! Disse o ex presidente da república Juscelino Kubitschek.
O ex presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva vivia humilhando os militares. Declarou em uma entrevista na Colômbia: 'No meu governo, tiveram que me aguentar e viviam me enchendo o saco pedindo migalhas de reajuste. Pediam uma coisa, eu enrolava e nunca dava o que eles pediam; depois dava uma esmola qualquer e não me sacaneavam mais. Não tenho medo deles; nunca tive.' Em reunião na Bahia elogiou o ex guerrilheiro Carlos Marighella por ter lutado contra os militares.
Uma destrambelhada ministra chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), Maria do Rosário Nunes, tripudia do Comandante do Exército, General Enzo Martins Peri, obrigando-o a descerrar uma placa na Academia Militar das Agulhas Negras, reconhecendo que lá se torturam os cadetes na instrução. O pouco afeito a discussão general Enzo Martins Peri é um dos signatários do Acordo de Solução Amistosa (PORTARIA No- 1.336, DE 19 DE OUTUBRO DE 2012) que resultou no descerramento da placa. A SEDH/PR pretende mudar o currículo das escolas militares e criou um grupo para apurar denúncias de tortura dentro das Forças Armadas.
Se não bastasse tanta ignomínia contra as FFAA o ex ministro da Defesa, Nelson Jobim, proibiu em plena solenidade, com a presença do comandante do Exército Enzo Martins Peri, que os cadetes homenageassem o seu patrono de formatura, ex comandante da academia e ex presidente da república, Emílio Garrastazu Médici.
Agora o atual ministro da Defesa, Celso Amorim, passa por cima da autoridade do comandante Militar do Leste, General de exército Francisco Carlos Modesto, que negara a visita de representantes da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro às instalações do antigo Doi-Codi, no 1BPEx. 'O pedido foi concedido pelo ministro após o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentar requerimento na Comissão de Direitos Humanos do Senado para que fosse permitida a visita ao Doi-Codi. A Defesa, então, se antecipou e fez o convite. A visita foi marcada para o próximo dia 12. O comandante do Exército Enzo Peri vai acompanhar a visita.' (O Globo, 02/09/2013).
Em momento algum da história do Exército um chefe militar agiu de maneira tão ignóbil, covarde, pusilânime, quanto o general Enzo Martins Peri. Ele chega a ser o substrato da bosta do cavalo do bandido. Um zero à esquerda. Uma negação como autoridade militar. Só tem atitude para punir ou prejudicar um subordinado hierárquico, mas borra-se nas calças diante de qualquer bandido travestido de autoridade civil. Está passando da hora de ser retirado de seu gabinete em Brasília à base de socos e pontas-pé. Um corretivo como levou aquele general presidente da república que foi destronado do cargo por um oficial general que lhe aplicou um soco no rosto, acusando-o de negligência, permitindo que sua esposa, uma gastadeira inveterada, continuasse indo com muita sede ao pote. Disse o general: 'Fizemos uma revolução para moralizar os costumes. Não para a sua esposa esvaziar os cofres da nação!' O general presidente enfartou e foi substituído por uma junta militar.
Um Exército comandado por homens frouxos, alcoviteiros, mercadores de medalhas, transforma-se em saco de pancada. Vira a Geni do Chico Buarque.
"Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um..."
Estou me sentindo um lixo. Não sei mais se o Exército ainda é uma instituição militar respeitada pela nação, ou se transformou em um trambolho nas mãos de pseudos chefes militares que confundem covardia com disciplina militar.
Depois da mea culpa das Organizações Globo, que esta semana publicou um editorial com o título 'O editorial ao golpe de 64 foi um erro', atacando as FFAA, e as portas abertas pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, para que recintos onde funcionaram os Doi-Codi sejam inspecionados pela Comissão da Verdade e filiadas, e transformados em Centros de Memória, a imagem da instituição militar nunca se viu tão diminuída.
Logo a Lei da Anistia será revisada e os militares que cumpriram ordens superiores e abortaram o golpe que levaria o país a se transformar numa república do proletariado, submissa à então poderosa URSS, serão levados a um tribunal de exceção e condenados a longas penas de prisão. O comandante do Exército já abriu as portas para a comissão da verdade convocar os 'militares do passado', livremente, sem que ele imponha obstáculo. Essa atitude traduzida para o bom português, significa que o comandante do Exército entregou os seus comandados em uma bandeja de prata ao inimigo.
O comandante do Exército, e, por extensão, os comandantes das demais Forças, pisam na alma de quantos passaram pela instituição militar, e ainda não perderam o amor à pátria e mantêm um carinho quase imorredouro pela farda.
Só expulsando de seus gabinetes esses vendidos se conseguirá restaurar a dignidade das FFAA brasileiras.
José Geraldo Pimentel
Cap Ref EB
Rio de Janeiro, 04/09/2013.

http://www.jgpimentel.com.br/textos_siteview.asp?showmaster=1&sub_id=199&id=890&id_texto=890&key_m=890&ft_m=890&id_cat=21



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