A Suiça estremece...e o pres. da Câmara também.
Em 4 de outubro de 2015 01:05, jose carlos Zaupa escreveu:
A SUIÇA ESTREMECEAcredita-se que os brasileiros têm 400 bilhões de dólares em paraísosfiscais na Suíça.A Argentina teria 200 bilhões.A maior lavanderia de dinheiro do mundo ameaça falir . . . .Os belos bancos, elegantes, silenciosos de Basileia e Berna estão ofegantes.Poderia dizer-se que eles estão assistindo na penumbra a uma morte ouestão velando um moribundo.Esse moribundo, que talvez acabe mesmo morrendo, é o segredo bancário suíço.O ataque veio dos Estados Unidos, em acordo com o presidente Obama.O primeiro tiro de advertência foi dado na quarta-feira.A USB-União de Bancos Suíços, gigantesca instituição bancária suíça,viu-se obrigada a fornecer os nomes de 250 clientes americanos por elaajudados para defraudar o fisco.O banco protestou, mas os americanos ameaçaram retirar a sua licençanos Estados Unidos.Os suíços, então, passaram os nomes.E a vida bancaria foi retomada tranquilamente.Mas, no fim da semana, o ataque foi retomado.Desta vez os americanos golpearam forte, exigindo que a USB forneça onome dos 52.000 clientes americanos titulares de contas ilegais.O banco protestou.A suíça ficou temerosa.O partido de extrema-direita, UDC-União Democrática do Centro, quedetêm um terço das cadeiras no Parlamento Federal, propõe que osegredo bancário seja inscrito e ancorado pela Constituição Federal.Mas como resistir?A União de Bancos Suíços não pode perder sua licença nos EUA, pois énesse país que aufere um terço de seus benefícios.Um dos pilares da Suíça está sendo sacudido.O segredo bancário suíço não é coisa recente.Esse dogma foi proclamado por uma lei de 1934, embora já existisse desde1714.No inicio do século 19, o escritor francês Chateaubriand escreveu que,neutros nas grandes revoluções nos Estado que os rodeavam, os suíçosenriqueceram à custa da desgraça alheia e fundaram os bancos em cimadas calamidades humanas.Acabar com o segredo bancário suiço será uma catástrofe econômica.Para Hans Rudolf Merz, presidente da Confederação Helvética, umafalência da União dos Bancos Suíços custaria 300 bilhões de francossuíços (1 franco suíço = R$ 2,94 me Jun.15).E não se trata apenas do UBS.Toda a rede bancária do país funciona da mesma maneira.O historiador suíço Jean Ziegler, que há mais de 30 anos denuncia aimoralidade helvética, estima que os banqueiros do país, amparados nosegredo bancário, tornam frutíferos três trilhões de dólares defortunas privadas estrangeiras, sendo que os ativos estrangeiros,chamados institucionais, como os fundos de pensão, são nitidamenteminoritários.Ziegler acrescenta ainda que se calcula em 27% a parte da Suíça noconjunto dos mercados financeiros "offshore" do mundo, bem à frentede Luxemburgo, Caribe ou do extremo Oriente.Na Suiça, um pequeno país de 8 milhões de habitantes, 107 mil pessoastrabalham em bancos.O manejo do dinheiro na Suíça, diz Ziegler, reveste-se de um carátersacramental.Guardar, recolher, contar, especular e ocultar o dinheiro, são todosatos que se revestem de uma majestade ontológica, que nenhuma palavradeve macular e realiza-se em silêncio e recolhimento . . . . .Onde foram parar as fortunas recolhidas pela Alemanha nazista?Onde estão as fortunas colossais de ditadores como Mobuto do Zaire,Eduardo dos Santos de Angola, dos Barões da droga Colombina, Papa-Docdo Haiti, de Mugabe do Zimbabwe e da Máfia Russa?Quantos atuais e ex-governantes, presidentes, ministros, reis eoutros instalados no poder, até em cargos mais discretos como prefeitosde municípios tem polpudas contas na Suiça?Quantas ficam eternamente esquecidas na Suíça, congeladas, e quando ostitulares das contas morrem ou caem da cadeira do poder, estas setornam impossíveis de alcançar pelos legítimos herdeiros ou pelospaíses espoliados?.Por que, após a morte de Mobuto, os seus filhos nunca conseguiramentrar na Suiça?Tudo ficou lá para sempre e em segredo . . .Agora surge outro perigo, depois do duro golpe dos americanos.Na mini cúpula europeia que se realizou em Berlim (em preparação aoencontro do G-20 em Londres), França, Alemanha e Inglaterra (o que foiinesperado) chegaram a um acordo no sentido de sancionar os paraísosfiscais."Precisamos de uma lista daqueles que recusam a cooperaçãointernacional", vociferou a chancelar Angela Merkel."No domingo o encarregado do departamento do Tesouro britânico AlistairDarling, apelou aos suíços para se ajustarem às leis fiscais ebancarias europeias.Vale observar, contudo que a Suíça não foi convidada para participardo G-20 de Londres, quando serão debatidas as sanções a serem adotadascontra os paraísos fiscais.Há muito tempo se deseja o fim do segredo bancário.Mas, até agora, em razão da prosperidade econômica mundial, todas astentativas eram abortadas.Mas hoje estamos em crise. E viva a crise!Barack Obama, quando era senador, denunciou com perseverança aimoralidade desses reinados de paz para o dinheiro corrompido.Hoje ele é presidente.É preciso acrescentar que os Estados Unídos tem muitos defeitos, mas afraude fiscal sempre foi considerada um dos crimes mais graves dopaís.Nos anos 30, os americanos conseguiram caçar Al Capone. Sob que pretexto?Fraude fiscal!Muito em breve, haverá a queda do império financeiro suíço e aí. . ._,_._____
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