Lava Jato chega ao comando do
esquema de corrupção na Petrobrás
Estadão
Redação8 minutos atrás
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Criança símbolo do PAC tem morte suspeita
Na TV, PT tenta mostrar que Brasil melhorou
Por Fausto Macedo, Julia Affonso e Ricardo Brandt, enviado especial a
Curitiba
A condenação de executivos da Camargo Corrêa e a denúncia formal contra os
presidentes e ex-dirigentes das duas maiores empreiteiras do País, Odebrecht e
Andrade Gutierrez, abrem nova fase das investigações da Operação Lava Jato,
que atingirá o PT e o PMDB como líderes do esquema de corrupção em conluio
com o comando do cartel, que fatiava obras da Petrobrás, mediante o pagamento
de propina, desde 2004.
Com a chegada dos primeiros documentos oficiais da Suíça, após acordo de
cooperação internacional entre os dois países, a força-tarefa de procuradores da
Lava Jato acredita ter aberto "uma janela" nas apurações que levarão à
comprovação de uso de contas secretas dos quatro núcleos do esquema:
empresarial, político, de operadores financeiros e de agentes públicos.
Além de chegar às contas secretas das empreiteiras, dos políticos, dos dirigentes
da Petrobrás e dos operadores de propina, os investigadores vão espraiar a
devassa em contratos, antes centrada na estatal, de outras áreas dos governos
Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006 e 2007-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014).
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2015/07/Den%C3%BAncia_Odebrecht-final-assinada.pdf
esquema de corrupção na Petrobrás
Estadão
Redação8 minutos atrás
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Criança símbolo do PAC tem morte suspeita
Na TV, PT tenta mostrar que Brasil melhorou
Por Fausto Macedo, Julia Affonso e Ricardo Brandt, enviado especial a
Curitiba
A condenação de executivos da Camargo Corrêa e a denúncia formal contra os
presidentes e ex-dirigentes das duas maiores empreiteiras do País, Odebrecht e
Andrade Gutierrez, abrem nova fase das investigações da Operação Lava Jato,
que atingirá o PT e o PMDB como líderes do esquema de corrupção em conluio
com o comando do cartel, que fatiava obras da Petrobrás, mediante o pagamento
de propina, desde 2004.
Com a chegada dos primeiros documentos oficiais da Suíça, após acordo de
cooperação internacional entre os dois países, a força-tarefa de procuradores da
Lava Jato acredita ter aberto "uma janela" nas apurações que levarão à
comprovação de uso de contas secretas dos quatro núcleos do esquema:
empresarial, político, de operadores financeiros e de agentes públicos.
Além de chegar às contas secretas das empreiteiras, dos políticos, dos dirigentes
da Petrobrás e dos operadores de propina, os investigadores vão espraiar a
devassa em contratos, antes centrada na estatal, de outras áreas dos governos
Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006 e 2007-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014).
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2015/07/Den%C3%BAncia_Odebrecht-final-assinada.pdf
VEJA DENÚNCIA DO MPF ENVOLVENDO A ODEBRECHT
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2015/07/Den%C3%BAncia-Andrade-Gutierrez.pdf
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2015/07/Den%C3%BAncia-Andrade-Gutierrez.pdf
VEJA A DENÚNCIA DO MPF ENVOLVENDO A ANDRADE GUTIERREZ
Uma das prioridades é o setor energético e envolve as obras de grandes usinas,
como Belo Monte, no Pará, e Angra 3 - que tiveram investimentos bilionários. As
delações de dois executivos da Camargo Corrêa, que confessaram cartelização e
pagamentos de propina nessas obras, reforçaram as suspeitas levantadas após o
ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa confirmar que o
esquema de propina era generalizado.Primeiro delator da Lava Jato, Costa era
sustentado no cargo por um consórcio entre PP e PMDB, com sustentação de
petista. Ele confessou ter agido em nome desses partidos e atribuiu a maior parte
de sua fortuna oculta na Suíça à Odebrecht.
"Temos elementos para apontar que o esquema de cartel e corrupção foi além da
Petrobrás", afirmou o procurador regional da República Carlos Fernando Lima, um
dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato.
Núcleo empresarial. A sentença dos três executivos da Camargo Corrêa, Dalton
dos Santos Avancini (ex-presidente), Eduardo Leite (ex-vice-presidente) e João
Ricardo Auler (ex-presidente do Conselho de Administração), na última semana,
foi a primeira condenação do núcleo empresarial do esquema.
"No período compreendido entre 2004 e 2014, uma grande organização criminosa
estruturou-se com a finalidade de praticar delitos no seio e em desfavor da
Petrobrás", sustenta o MPF. Um prejuízo de pelo menos R$ 19 bilhões.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, o núcleo empresarial, em conluio com o
núcleo político, detinha o comando do esquema. Por meio dessa união, houve uma
sistematização da corrupção, à partir do maior caixa de investimentos do governo
federal, a Petrobrás, nas demais esferas.Avancini e Leite foram condenados pelo
juiz da 13ª Vara Federal, em Curitiba, Sérgio Moro - que conduz os processos em
primeiro grau da Lava Jato -, a 15 anos e dez meses de reclusão, mas como
fizeram delação premiada foi concedido a eles o direito ao regime de
prisão domiciliar. Auler pegou nove anos e seis meses de reclusão.
Eles foram responsabilizados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro
e organização criminosa.Nesta semana, Moro decidirá se leva ao banco dos réus
os presidentes da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, e Andrade Gutierrez,
Otávio Marques Azevedo, e seus executivos, pelos mesmos crimes em que os ex-
dirigentes da Camargo Corrêa foram condenados.Com a possibilidade de abertura
de processo contra executivos das duas maiores empreiteiras do País, a Lava Jato
atingirá, ao mesmo tempo, o topo das pirâmides do núcleo empresarial e político
do esquema.
PT e PMDB. Para o Ministério Público Federal, a primeira condenação
de executivos do cartel da Lava jato referendou a denúncia de que PT e PMDB,
com apoio do PP, dividiam indicações nos cargos estratégicos da Petrobrás, por
meio dos quais arrecadavam de 1% a 3% dos grandes contratos. A estatal já
incluiu em seu balanço os deviso de R$ 6,2 bilhões.Para a força-tarefa da Lava
Jato, o PT teria sistematizado a cobrança de propina em grandes contratos
estatais, estipulando percentuais fixos de cobrança, operadores de corrupção, em
conjunto com o cartel de empreiteiras. O partido tem negado envolvimento em
irregularidades.
No caso do PT, a Lava Jato tem mais do que confissões de delatores para apontar
que recursos desviados de obras da Petrobrás chegaram aos cofres do partido.
Documentos entregues pelo empresário Augusto Ribeiro Mendonça, dono do
grupo Setal, em sua delação deram o caminho do dinheiro que chegou aos cofres
do partido, via ex-tesoureiro João Vaccari Neto.Indicado pelo ex-diretor de
Serviços da Petrobrás Renato Duque - cota do PT, preso desde março -, Vaccari
cuidou do pagamento de R$ 4 milhões para o partido, via doações oficiais ao
partido e anúncios pagos em editora ligada à legenda, indica o MPF.
No caso do PMDB, a peça-chave para os investigadores da Lava Jato é o lobista e
operador de propinas Fernando Antonio Soares Falcão, o Fernando Baiano. Preso
desde dezembro e prestes a ser condenado pelo recebimento de US$ 40 milhões
junto com o ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró, Fernando Baiano foi
denunciado nesta sexta-feira como operador de propina da Andrade Gutierrez.
Prova cabal. As quebras dos sigilos bancários de contas mantidas por offshores
na Suíça, enviadas por autoridades daquele país, foram consideradas provas
cabais do envolvimento de executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, bem
como de ex-diretores da Petrobrás indicados pelo PT e PMDB no esquema de
corrupção e lavagem.Os ex-diretores da Petrobrás Renato Duque (Serviço), Nestor
Cerveró e Jorge Luiz Zelada (ambos Internacional) são três dos alvos
dessas apurações. Os três estão presos preventivamente em Curitiba.São novas
contas, entre elas cinco que as autoridades da Suíça enviaram documentos
ligando à subsidiárias da Odebrecht. Outras quatro ligadas a operadores de
propina e outras de ex-diretores da Petrobrás. Há ainda contas do lobista do
PMDB Fernando Baiano.
Duas esferas. Como os processos envolvendo políticos com direito a
foro especial, por prerrogativa de função, são competência exclusiva do Supremo
Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os elos do PT e do
PMDB alvos da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba serão os agentes públicos
sustentados nos cargos pelos partidos e nomes que não ocupam mais cargo
público, como os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci e até mesmo a ex-
governadora do Maranhão Roseana Sarney.Nos próximos dias, a Procuradoria
Geral da República deve começar a oferecer as primeiras denúncias da Lava Jato
envolvendo políticos. Com o inquérito ainda em fase inicial, um dos principais alvos
é o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que nega
envolvimento no esquema.
Defesas. O PT e o PMDB negam envolvimento com o esquema e sustentam que
as doações aos partidos são legais e foram aprovadas pela Justiça
Eleitoral. Odebrecht e Andrade Gutierrez, por meio de suas defesas, refutam
envolvimento com fraudes, cartel e corrupção.
Uma das prioridades é o setor energético e envolve as obras de grandes usinas,
como Belo Monte, no Pará, e Angra 3 - que tiveram investimentos bilionários. As
delações de dois executivos da Camargo Corrêa, que confessaram cartelização e
pagamentos de propina nessas obras, reforçaram as suspeitas levantadas após o
ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa confirmar que o
esquema de propina era generalizado.Primeiro delator da Lava Jato, Costa era
sustentado no cargo por um consórcio entre PP e PMDB, com sustentação de
petista. Ele confessou ter agido em nome desses partidos e atribuiu a maior parte
de sua fortuna oculta na Suíça à Odebrecht.
"Temos elementos para apontar que o esquema de cartel e corrupção foi além da
Petrobrás", afirmou o procurador regional da República Carlos Fernando Lima, um
dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato.
Núcleo empresarial. A sentença dos três executivos da Camargo Corrêa, Dalton
dos Santos Avancini (ex-presidente), Eduardo Leite (ex-vice-presidente) e João
Ricardo Auler (ex-presidente do Conselho de Administração), na última semana,
foi a primeira condenação do núcleo empresarial do esquema.
"No período compreendido entre 2004 e 2014, uma grande organização criminosa
estruturou-se com a finalidade de praticar delitos no seio e em desfavor da
Petrobrás", sustenta o MPF. Um prejuízo de pelo menos R$ 19 bilhões.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, o núcleo empresarial, em conluio com o
núcleo político, detinha o comando do esquema. Por meio dessa união, houve uma
sistematização da corrupção, à partir do maior caixa de investimentos do governo
federal, a Petrobrás, nas demais esferas.Avancini e Leite foram condenados pelo
juiz da 13ª Vara Federal, em Curitiba, Sérgio Moro - que conduz os processos em
primeiro grau da Lava Jato -, a 15 anos e dez meses de reclusão, mas como
fizeram delação premiada foi concedido a eles o direito ao regime de
prisão domiciliar. Auler pegou nove anos e seis meses de reclusão.
Eles foram responsabilizados pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro
e organização criminosa.Nesta semana, Moro decidirá se leva ao banco dos réus
os presidentes da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, e Andrade Gutierrez,
Otávio Marques Azevedo, e seus executivos, pelos mesmos crimes em que os ex-
dirigentes da Camargo Corrêa foram condenados.Com a possibilidade de abertura
de processo contra executivos das duas maiores empreiteiras do País, a Lava Jato
atingirá, ao mesmo tempo, o topo das pirâmides do núcleo empresarial e político
do esquema.
PT e PMDB. Para o Ministério Público Federal, a primeira condenação
de executivos do cartel da Lava jato referendou a denúncia de que PT e PMDB,
com apoio do PP, dividiam indicações nos cargos estratégicos da Petrobrás, por
meio dos quais arrecadavam de 1% a 3% dos grandes contratos. A estatal já
incluiu em seu balanço os deviso de R$ 6,2 bilhões.Para a força-tarefa da Lava
Jato, o PT teria sistematizado a cobrança de propina em grandes contratos
estatais, estipulando percentuais fixos de cobrança, operadores de corrupção, em
conjunto com o cartel de empreiteiras. O partido tem negado envolvimento em
irregularidades.
No caso do PT, a Lava Jato tem mais do que confissões de delatores para apontar
que recursos desviados de obras da Petrobrás chegaram aos cofres do partido.
Documentos entregues pelo empresário Augusto Ribeiro Mendonça, dono do
grupo Setal, em sua delação deram o caminho do dinheiro que chegou aos cofres
do partido, via ex-tesoureiro João Vaccari Neto.Indicado pelo ex-diretor de
Serviços da Petrobrás Renato Duque - cota do PT, preso desde março -, Vaccari
cuidou do pagamento de R$ 4 milhões para o partido, via doações oficiais ao
partido e anúncios pagos em editora ligada à legenda, indica o MPF.
No caso do PMDB, a peça-chave para os investigadores da Lava Jato é o lobista e
operador de propinas Fernando Antonio Soares Falcão, o Fernando Baiano. Preso
desde dezembro e prestes a ser condenado pelo recebimento de US$ 40 milhões
junto com o ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró, Fernando Baiano foi
denunciado nesta sexta-feira como operador de propina da Andrade Gutierrez.
Prova cabal. As quebras dos sigilos bancários de contas mantidas por offshores
na Suíça, enviadas por autoridades daquele país, foram consideradas provas
cabais do envolvimento de executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, bem
como de ex-diretores da Petrobrás indicados pelo PT e PMDB no esquema de
corrupção e lavagem.Os ex-diretores da Petrobrás Renato Duque (Serviço), Nestor
Cerveró e Jorge Luiz Zelada (ambos Internacional) são três dos alvos
dessas apurações. Os três estão presos preventivamente em Curitiba.São novas
contas, entre elas cinco que as autoridades da Suíça enviaram documentos
ligando à subsidiárias da Odebrecht. Outras quatro ligadas a operadores de
propina e outras de ex-diretores da Petrobrás. Há ainda contas do lobista do
PMDB Fernando Baiano.
Duas esferas. Como os processos envolvendo políticos com direito a
foro especial, por prerrogativa de função, são competência exclusiva do Supremo
Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os elos do PT e do
PMDB alvos da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba serão os agentes públicos
sustentados nos cargos pelos partidos e nomes que não ocupam mais cargo
público, como os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci e até mesmo a ex-
governadora do Maranhão Roseana Sarney.Nos próximos dias, a Procuradoria
Geral da República deve começar a oferecer as primeiras denúncias da Lava Jato
envolvendo políticos. Com o inquérito ainda em fase inicial, um dos principais alvos
é o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que nega
envolvimento no esquema.
Defesas. O PT e o PMDB negam envolvimento com o esquema e sustentam que
as doações aos partidos são legais e foram aprovadas pela Justiça
Eleitoral. Odebrecht e Andrade Gutierrez, por meio de suas defesas, refutam
envolvimento com fraudes, cartel e corrupção.
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