quarta-feira, 15 de julho de 2015

Dilma: “Eu não vou pagar pela merda dos outros”

 

Dilma: “Eu não vou pagar pela merda dos outros”


Gente fina é outra coisa...

Ricardo Noblat

A cena descrita pelas repórteres Natuza Nery e Marina Dias, da Folha de S. Paulo, ocorreu na sexta-feira dia 26 de junho, na biblioteca do Palácio da Alvorada.

Estavam ali a presidente Dilma Rousseff e os ministros Aloizio Mercadante, da Casa Civil, Edinho Silva, da Comunicação Social, e José Eduardo Cardozo, da Justiça. E também Giles Azevedo, assessor especial de Dilma.

A presidente os convocara para discutir reportagem da VEJA onde o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, havia dito que doara dinheiro sujo para a campanha de Dilma no ano passado.

Às vésperas de embarcar para se reunir com o presidente Barack Obama nos Estados Unidos, Dilma estava furiosa.

Segundo o relato publicado, hoje, pela Folha, “agitada, andando em círculos e gesticulando muito”, Dilma olhou para seus auxiliares e bradou, indignada: “Não sou eu quem vai pagar por isso. Quem fez que pague”. E insistiu:

- Eu não vou pagar pela merda dos outros.

Lá pelas tantas, a culpa acabou caindo nas costas do ministro da Justiça.

- Você não poderia ter pedido ao Teori [Zavascki] para aguardar quatro ou cinco dias para homologar a delação? – perguntou Dilma.

Ela se referia ao ministro responsável no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos processos da Operação Lava Jato.

Foi ele que homologou a delação premiada de Pessoa.

- Isso é uma agenda nacional, Cardozo, e você fodeu a minha viagem.

O PT não se conforma de Cardozo não controlar a Polícia Federal. E, pelo visto, Dilma gostaria que ele também controlasse a agenda do ministro Zavascki.

No início da semana passada, Cardozo intermediou um encontro às escondidas na cidade do Porto, em Portugal, entre Dilma e Ricardo Lewandowski, presidente do STF.

Os três discutiram o aumento dos servidores do Judiciário, a Operação Lava Jato e o que o STF poderá fazer para impedir o eventual sucesso de um pedido de impeachment de Dilma.

Por Ricardo Froes 

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