sábado, 22 de março de 2014
Marcha pedindo impeachment de Dilma e intervenção militar finaliza na Praça da Sé, veja imagens
Imagem: Reprodução/Redes Sociais |
Manifestantes se reuniram em São Paulo na tarde deste sábado (22), na Praça da República, para realizar uma nova versão da "A Marcha da Família com Deus pela Liberdade". O grupo pretende relembrar a marcha anticomunista e de apoio ao governo militar realizada há 50 anos em 19 de março de 1964.
A Polícia Militar informou, às 17h20, que cerca de mil pessoas participavam da Marcha. No horário, os manifestantes já tinham começado a seguir da República em caminhada até a Praça da Sé, repetindo o mesmo trajeto da marcha original.
A Polícia Militar acompanha o ato com esquema específico de segurança. A CET informou que monitora o trânsito na região.
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Leita também: Petição pedindo impeachment de Dilma ultrapassa 375 mil assinaturas
Pouco antes da marcha começar a caminhada, um homem foi hostilizado pelos manifestantes. Aos gritos de "Fora petista", ele foi retirado da concentração. Mais cedo, um fotógrafo independente foi agredido. Outros fotógrafos que acompanhavam o ato disseram que ele foi atingido na cabeça por manifestantes.
Entre os apoiadores da marcha, o analista de sistemas Lucas de Carvalho afirma ser a favor de uma revolução civil, com o impeachment da presidente Dilma, ao qual se seguiria uma intervenção militar. "O Executivo, o Legislativo e o Judiciário já quebraram. A Constituição já caiu de podre", disse. Carvalho e vários outros carregam bandeiras azuis.
Os manifestantes cantaram o hino nacional por volta das 16h. Depois, um dos organizadores, Bruno Toscano Franco, de 41 anos, convocou os manifestantes a iniciarem caminhada em direção à Praça da Sé. Eles caminham gritando "Fora PT", ou "não queremos eleição, queremos intervenção".
Objetivos
Ao G1, Franco disse que a marcha surgiu da necessidade de mostrar a insatisfação “com tanto descaso, com tanta corrupção”. “A gente está cansado de viver num país em que a educação e outros serviços básicos não são no padrão Fifa”, disse. Outra motivação, segundo ele, é contar a história “verídica” do país e escondida nas escolas, na opinião do grupo. "[O presidente] João Goulart estava agindo de má fé contra o povo brasileiro, expropriando terras particulares, dizendo que era reforma agrária”, defende.
Desta vez, a ameaça comunista no Brasil é representada pelo PT. Franco cita o financiamento feito pelo BNDES para a construção do porto de Mariel em Cuba como uma prova da aproximação do governo Dilma Rousseff com os ideais comunistas. O porto foi inaugurado em janeiro com a presença da presidente.
General diz que militares estão dispostos a dar a vida para 'salvar o Brasil da dominação comunista'
Para Franco, a intenção do governo federal é transformar em um imenso bloco comunista a União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Atualmente, doze países contando o Brasil compõem esse bloco que seria voltado à cooperação regional.
O fotógrafo atuou durante anos como aviador e é filho e neto de militares. Ele critica ainda a ausência dos valores da família e critica a defesa de criminosos por grupos de direitos humanos. “Onde estão os valores da família nesse país? Acabei de ter uma filha e não quero deixar esse país para a minha filha viver”, diz. Ele critica ainda a criação de um kit gay para discutir homofobia nas escolas.
Política na Rede com Márcio Pinho, G1
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