domingo, 20 de abril de 2014

Operação Padrão


Grande Bruca e demais amigos

Perfeita colocação! Penso que esse texto deva ser a bíblia do padrão de trabalho hoje adequado à Corporação para que o desgoverno do alkiminho reconheça que a PM, mercê do esforço de seus homens, faz muito mais pelos ciddãos paulistas do que aquilo para o qual sela existe...

Niuton70

 Operação Padrão
Di Sessa, Niuton, Horácio e demais amigos,
A pessoa que "criou" a OPERAÇÃO PADRÃO foi muito sagaz. Na verdade, ela é uma forma de se fazer greve sem ferir a lei.
Explico. O que é padrão? É aquilo que está conforme a norma. Quais sãos as normas aplicáveis ao serviço policial? Para resumir: são aquelas que, se observadas, farão com que a polícia não garanta o sentimento de segurança que a população necessita. O padrão é aquilo que o legislador preconizou. (Quando comandava o Bombeiro em São Bernardo, enfrentamos um problema com corte de árvore. Havia uma fila com mais de 200 árvores. Sem me estender, a própria Prefeitura estava gerando a demanda. Então, expusemos aos interessados – no caso a mulher do prefeito, que jamais nos recusaríamos a cortar árvores, mas, por razões de segurança, era preciso que a secretaria de obras montasse andaimes tubulares para nossos homens trabalharem em segurança. Padrão. Isso resolveu nosso problema.)
A rigor, todo policial sabe que precisa ir além das normas para que seu trabalho produza algum resultado. E isso em várias facetas de análise. Ou seja: por amor a nosso trabalho costumamos ir além do que é esperado pelo padrão. Fizemos isso por tanto tempo que até já esperam de nós mais do que o padrão.
Dois exemplos operacionais: prisões, a rigor somente em flagrante ou em cumprimento de mandato judicial. Nada de perseguições sem fundamento, abordagens aleatórias, revistas, mãos na cabeça, etc. Caráter geral? Não deve garantir sucesso, pois exige ir além da norma, pois a atenção individual é totalmente subjetiva, que não pode ser padronizada.
Essa história de parto em viatura? Que coisa mais FORA do padrão! Isso, em minha opinião, deveria ser proibido até em tempos normais. Transportar acidentados e feridos, como recentemente a PM brigou para fazer, também é fora do padrão. O padrão é que isso seja feito pelos órgãos de saúde publica. A PM não pode se omitir: isola o local, preserva o ferido, presta até primeiros socorros no local, mas aciona o SAMU, o Resgate, o que for.
Alguém escreveu sobre estádio. Hoje é muito difícil deixar de ir, simplesmente. Mas, quem define o efetivo? 300 ou 30 será critério da PM.
Mas, penso que é nas atividades administrativas que o padrão deve ser muito bem observado. Ninguém espera, por exemplo, que o policial execute seu serviço com a viatura apresentando problema de manutenção. Isso vai desde o limpador de parabrisas com a borracha ressequida, aos pneus carecas, problemas de suspensão, avarias na lataria, etc. A rigor, quase toda viatura em operação tem alguma necessidade de manutenção. O PADRÃO para isso é recolher a viatura para manutenção, visto que a segurança do policial não pode ser comprometida. O mesmo se aplica aos coletes. Coletes vencidos, necessitando de higienização ou consertos, devem ser recolhidos, pois isso é o que prevê o padrão. Policial sem colete, só em serviço interno ou abrigado. Também, férias e licenças por gozar, sendo impedido por causa da vida operacional? O padrão é que 10% do efetivo esteja em férias. E assim por diante.
Basta o comandante de companhia resolver seguir o padrão para que a população comece a sentir os efeitos. Existem muitas áreas em que, com um pouco de observação, aplicar o padrão equivale a fazer greve.
O problema é aquilo que o Niutinho levantou: quem vai por o guiso no pescoço do gato? Nos outros Estados, invariavelmente, é uma entidade. Mas aqui, não sinto que haja esse apetite, ou, se há, talvez elas não tenham o potencial para sensibilizar a tropa, como ocorre em outros lugares.
Como alguém também escreveu: isso que escrevemos aqui deve servir como lançamento de ideias, um brainstorming, mas, penso que, se houver o desejo de ir para os finalmente, aqui não é o lugar para prosseguir com essa conversa.
 Armando
--.

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