sábado, 19 de abril de 2014

Exército não mais existe! (DIA DO EXÉRCITO)

Resposta aos que pensam que o Exército não mais existe!
19 de abril de 2014: 366.º ano da criação do Exército.

José Geraldo Pimentel
Cap Ref EB


19 de abril seria um dia igual a tantos outros em que os militares reverenciam a data da criação do Exército brasileiro. A tropa formada, a leitura da Ordem do Dia e um desfile militar onde se mostra o equipamento e o garbo do soldado brasileiro. Nestas ocasiões sempre estão presentes familiares dos militares e autoridades civis convidadas. Quando o evento ocorre em uma cidade do interior, maior é o entusiasmo, pois a população costuma viver e compartilhar a vida da unidade sediada no município. Os militares voltam para casa cheios de orgulho, felizes em pertencer a mais nobre das instituições do país, a mais conceituada e mais querida pela população. Os membros dessas corporações são partes integrantes da sociedade local. Tudo harmonizado num só laço de união e carinho. A pátria ali se transforma num pedacinho de um grande Brasil. O Brasil que aprendemos a amar e dar a vida se preciso for. 
Eventualmente essa alegria não tem ocorrido nos últimos tempos. Deixamos que o nosso orgulho fosse ferido por indivíduos que não sentem o mesmo fervor pelo que nos pertencem. Seu chão, suas florestas, seus rios, suas montanhas, o ar que respiramos; e os seres vivos que abundam e povoam esses espaços. Um vazio corta os corações. 
Estamos órfãos de comando. Um chefe militar é como se fora um pai em uma família.
Desgarrados, zanzamos tristes, à semelhança de milhões de criaturas que se veem jogadas pelas ruas, dormindo sob abrigos, atiradas como uns trastes num canto de viaduto, ao lado de uma casa comercial. E só se dão conta que são seres humanos quando o estômago começa a doer. E aí fica a última fronteira da dignidade humana. A fome! Levanta-se enrolado em um cobertor fétido e bate no vidro de um carro parado no sinal de trânsito. 
- Me dá uma moeda. É para comprar um pão! 
Passa do meio dia. O calor é insuportável, ou a chuva caiu à noite toda e molhou o corpo, que sente a frieza da água que lhe cortou as vísceras durante toda uma madrugada. Não sabe mais se pedir uma ajuda é normal, ou voltar ao abrigo no relento e esperar que a morte consuma o que restou de um ser sem projeto de vida, sem esperança. Só sabe que a morte poderia vir na hora em que estivesse dormindo. Seria um prêmio! 
Não chegamos a tanto. Mas o desespero de um pai de família que ostenta uma posição social, aparentemente alta, como um oficial general; e surge a pressão da esposa, dos filhos, que pouco ou nada conhecem do drama que vive aquele homem cheio de orgulho, que passa para as outras pessoas um nível de vida elevado, quando muitos até imaginam que ser militar é dispor de uma situação financeira tranquila. Mas na realidade a tranquilidade é outra, são só aparências, que chega a enganar os próprios familiares. E é quando muitos caminham decididos para a gaveta da cômoda. Lá estão a sua salvação e a melhoria de vida de seus entes queridos. Não precisa ser realmente um oficial general. Um graduado também. E se ouve o estampido de um tiro. A bala atravessa o céu da boca e se aloja no crânio. Segue-se o silêncio da morte. As tristezas, os horrores, que muitas vezes deixaram de ser compreendidos! E morre o militar!
Chega o enterro. A salva de tiros, as coroas de flores, e o sepultamento. 
O militar nunca deixa a família desamparada. Fica um pecúlio e um imóvel, algumas vezes modesto, e uma pensão. Pela primeira vez a viúva terá uma ‘vida de rainha’! 
- Querida, vamos dar um passeio. Vamos almoçar naquele restaurante do shopping.
- Você sabe o que quero! 
O que a esposa quer ele não pode dar. Uma casa alugada na praia. 
Agora, sim, ela poderá alugar a casa de seus sonhos e caminhar todas as manhãs de sol. E mergulhar nas águas mornas de um mar acolhedor. Mas... Sem o esposo, o seu querido companheiro.
Mas não é apenas a situação financeira que está infelicitando a vida de muitos militares. O seu orgulho está ferido. Não entende como um chefe militar consegue suportar tanta humilhação. É-lhe negado subir no mesmo elevador em que estiver a presidente da república. Não pode assistir a uma parada de Sete de Setembro no mesmo palanque das autoridades civis. Em qualquer reunião, fica sempre colocado em uma posição de inferioridade, atrás, na terceira fila, ou na plateia junto aos ativistas políticos que costumam encher esses espaços. Sua sede é desalojada da Esplanada dos Ministérios, por ter a Força sido rebaixada de ministério para Comando Militar. Se for lançada uma publicação que enaltece ex-guerrilheiros que se confrontaram com os militares, o ministro da Defesa, empolgado com a plateia, ameaça exonerar de seus cargos os oficiais do Alto Comando do Exército, caso protestem contra o lançamento da obra. E depois diz de peito aberto que não tem medo de confrontamento com os militares! E não fica por aí! Uma secretária de direitos humanos se arvora a toda poderosa e manda as FFAA retirarem de seus sites a alusão à participação na derrubada do governo João Goulart. Obriga o comandante militar a assinar um acordo em que reconhece que na Academia Militar das Agulhas Negras se torturam os cadetes. E lá coloca uma placa conferindo essa infâmia. O ex-presidente da república diz em entrevista no exterior que não tem medo dos militares e só dá migalhas como reajuste salarial. Depois enaltece ex-guerrilheiros que lutaram contra os militares. Em reunião com a Comissão Nacional da Verdade o representante da entidade diz que não admitirá um novo golpe militar, referindo-se à contrarrevolução de 31 de Março de 1964. Todas essas infâmias foram ouvidas em silêncio, e calado permaneceu o chefe militar.
Um militar não é um cachorro, mas o atual comandante do Exército, confundindo covardia com disciplina militar, comporta-se como tal. O Exmo. Senhor General de Exército, Enzo Martins Peri, é um cachorro na acepção da palavra. Um cão vadio. Um homem desprovido de caráter. A sua permanência à frente da instituição militar, que dia 19 comemora a sua data de fundação, é um ultrajem não apenas ao Exército, mas às FFAA como um todo.
Precisamos levantar a cabeça. Somos soldados do Exército, não ratos de esgoto como imaginam os marginais que tomaram de assalto a nação brasileira. É bom que se lembre o Exmo. Senhor General comandante do Exército que na Segunda Guerra Mundial, os colaboradores dos nazistas que invadiram a França, foram enforcados no final da guerra. Não coloque a sua cabeça a prêmio. Reaja enquanto há tempo. Mostre para a presidente da república, senhora Dilma Vana Rousseff, que o Exército que defende a pátria, sabe ser altivo quando o repelem ou o maltratam como ela vem fazendo, e a sua trupe de bandidos. O fato de ter sido uma marginal, ex-terrorista, não lhe dá o direito de praticar uma vingança tão sórdida como a que vem fazendo. O fato de existir um silêncio obsequioso, quase covarde, vindo das autoridades militares, pode levantar a ira dos que não se deixam apedrejar impunemente. A arma de fogo que abateu três oficiais generais poderá ser apontada em outra direção. Aconselhe os seus amigos que se passam por justiceiros e pensam que levarão ao banco dos réus os militares que abortaram a marcha do país para o comunismo, regime que alimentou o seu coração durante a juventude, que não irão repetir a Argentina. Dê uma basta na trupe de vagabundos que a acompanha nesse governo de larápios, ou pagará caro! Não alimente um revanchismo histérico. Governe para todos os brasileiros, sem distinção partidária e ódio. Não fira o coração dos que amam esta pátria. Não dê um motivo patriótico para que uma daquelas armas volte a sair do armário e aponte em sua direção!

Rio de Janeiro, 08 de abril de 2014.





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