Francisco Vianna (da mídia internacional)
Sexta feira, 23 de setembro de 2013
Por ocasião do aniversário da queda do "comunismo" de Allende em 1973, a polícia mete 264 baderneiros atrás das grades
O Chile hoje é o que se costuma chamar de "país de primeiro mundo", embora o tamanho de sua economia seja ainda pequeno em relação às maiores do chamado "mundo livre".
Muitos analistas consideram que a chegada do país andino a esse ponto de excelência social (política e econômica) se deveu, basicamente, à ditadura militar de Augusto Pinochet e ao subsequente governo de esquerda moderado de "concertación" nacional.
Assim é que, a ordem institucional chilena é hoje uma das mais sólidas da América latina e, por isso mesmo, o país é alvo de grupos extremistas socialistas, coordenado de fora do país, e que até hoje não se conformam com o seu sucesso e se dedicam a ações que tentam desestabilizar o país.
Em Santiago do Chile, a capital, na última quinta feira, a polícia chilena foi para as ruas e prendeu 264 militantes baderneiros que iniciavam manifestações violentas com quebra-quebras e agressões indiscriminadas ao mesmo tempo em que 42 agentes policiais também ficaram feridos durante uma longa noite de violência, quando o país comemorou o 40º aniversário da deposição do presidente Salvador Allende pelos militares comandados por Augusto Pinochet em 1973.
Na noite anterior, de quarta feira, um grupo de encapuçados atirou ácido de surpresa em oficiais militares ferindo gravemente seis deles, entre os quais estava o general Rodolfo Pacheco, um dos principais chefes de polícia da capital chilena, que foi trasladado por helicóptero a um hospital após receber o impacto na cabeça de uma garrafa de coquetel Molotov não aceso. Três ônibus foram incendiados, os quais, a seguir, serviram de barricadas para os militantes agitadores nas ruas da cidade.
O presidente Sebastián Piñera tinha apresentado um projeto de lei ao Congresso no início deste ano que aumenta a pena de prisão para os que insultam ou promovem dano físico à polícia e ao patrimônio público e privado, como qualquer ataque a veículos ou quartéis de polícia.
O chefe do executivo chileno visitou na quinta feira os oficiais feridos e pediu ao povo que identifique os agressores. "Foi uma noite violenta. A verdade é que poderia ter sido muito mais violenta não fosse a eficaz e organizada ação dos 'carabineros'", disse Piñera aos jornalistas. "Nosso diagnóstico é o de que, sem dúvida, a baderna e a violência foi obra de grupos organizados pelos mesmos "movimentos sociais comunistas" que infestam a América latina, aos quais se juntam bandidos e delinquentes habituais, como traficantes e outros sociopatas".
Disse ainda, o presidente Piñera que "existe uma ação concertada em toda a América latina de infiltrar militantes de esquerda radical, terroristas profissionais mercenários, em manifestações pacíficas de protesto, no Chile e em outros países – como temos visto recentemente no Brasil – com a finalidade de deteriorar tais manifestações transformando-as em vandalismo, agressões a pessoas e policiais e danos ao patrimônio público e privado mediante apedrejamento, lançamento de ácido, coquetéis Molotov e pequenas bombas de fabricação caseira. Ora, o poder público não pode assistir tudo isso de forma impassível, a não ser que esteja mancomunado com tais grupos".
E o mandatário finalizou dizendo que nos últimos dos anos, "mais de 700 carabineiros (policiais) ficaram feridos pela ação covarde e criminosa desses vândalos encapuçados militantes da esquerda radical".
A violência irrompeu por ocasião do 40º aniversário do golpe militar de 11 de setembro de 1973 que deu origem a uma severa ditadura do general Augusto Pinochet, mas que recolocou o Chile no caminho do desenvolvimento que transformou o país na nação capitalista e democrática mais desenvolvida da América latina hoje, apesar do custo humano do regime Pinochet de 3.095 mortos, dentre os quais 1.200 estão desaparecidos.
Apesar de tal preço pago pela sociedade chilena,
muitos acreditam que valeu a pena, pois os militares impediram que o país mergulhasse num regime semelhante ao cubano e se tornasse hoje um país de pobres e miseráveis a sustentar uma restrita burguesia estatal a viver nababescamente a custa do trabalho escravo do seu povo, como ocorre com a ilha-cárcere dos irmãos Castro.
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