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Estado Islâmico perde!
by fernaslm
Artigo para O Estado de S. Paulo de 23/11/2015
Desde que a 129a vítima tombou ferida de morte no Bataclan, 1543 brasileiros morreram
crivados de balas nestes dez dias que nos separam daquela fatídica sexta-feira 13, se é
que não superamos ainda, como acontece todos os anos, a média de 2014 quando 56.337
homens, mulheres e crianças foram assassinados nas ruas do Brasil a um ritmo de 154
por dia.
Descontados os outros 136 que morrem diariamente no trânsito em função da qualidade
da educação e das estradas que nos impingem, isso é quanto nos tem custado “à vista” a
plena liberdade de ação que damos aos nossos “terroristas políticos”.
Graças ao “sistema de segurança pública” único no mundo que eles nos impõem, em que
duas polícias que não falam uma com a outra senão por ofícios versados numa língua que
nenhum outro brasileiro entende, uma encarregada de atender ocorrências nas cenas dos
crimes e outra de “investigar” esses mesmos crimes a partir de frios relatórios versados
nesse dialeto, somente 8% das ocorrências registradas chegam a gerar um inquérito, dos
quais 0,8% chegam a uma condenação, invariavelmente a uma pena desenhada antes
para “recuperar” os assassinos que para proteger os assassinados.
Mesmo diante dessa marca que faz dos ingentes esforços do Estado Islâmico para destruir
a civilização ocidental uma brincadeira de criança (na última estatística da ONU eles
tinham matado pouco menos de 10 mil pessoas num ano), nós acabamos de escapar por
apenas 7 votos de premiar os funcionários do sistema judiciário que produz esse brilhante
resultado com um aumento geral de salários que poderia chegar a 79% e que custaria ao
país R$ 36 bilhões até 2019, bem no meio da batalha do governo para impingir a uma
economia que agoniza nas garras dos seus abusos sem fim um imposto altamente tóxico
que pode acabar de matá-la.
Já a conta em vidas que pagamos “a prazo” pela corrupção generalizada que eles
disseminam é incomparavelmente maior.
O que eles e os funcionários que nomeiam para postos privilegiados de tocaia aos
dinheiros públicos roubam inflando diretamente os preços ou deixando de fazer obras de
saneamento e investimentos em saude pública, resultando em epidemias crônicas de
doenças medievais ao lado do sucateamento do atendimento hospitalar; a forma como
pervertem todos os sistemas de prevenção e fiscalização dos abusos do poder econômico
nas empresas públicas e privadas, resultando em desastres recorrentes de proporções
telúricas e em devastação ambiental capaz de ameaçar a saúde do planeta inteiro; o modo
como aparelham o sistema de educação para rebaixar a capacidade imunológica do país à
corrupção, resultando, por tabela, na marginalização econômica de gerações inteiras de
brasileiros, tudo isso mata muito mais gente do que a manifestação mais visível da sua
obra deletéria que é a epidemia desenfreada de criminalidade.
Para recompensar toda essa eficiência destrutiva os salários do setor público alcançaram
em 2014, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE,
divulgada na semana passada, quase o dobro, em média, do que se paga por postos e
capacitações equivalentes aqui no Brasil da 2a classe. O PT recebeu um país em que
essa diferença estava em 35,5%, o que já era um escândalo. No ano passado ela chegou
a 43%, diferença que não mede a que mais vale que é a total isenção ao mais remoto
risco de perda de emprego e proventos, seja o que for que o funcionário venha a fazer ou
deixar de fazer e o tamanho das tempestades que a economia vier a atravessar.
Ate o final do governo FHC, registra a pesquisa, os salários dos funcionários estatutários
estavam defasados em razão da política de contenção de despesas que resultou no fim da
hiperinflação que roubava os mais pobres e no Brasil do Plano Real. A diferença começa a
ficar mais forte a partir da medição divulgada em 2005, ou seja, com a inauguração dos
governos do PT. Naquele ano e em 2006 os salários do funcionalismo subiram,
respectivamente, 11% e 14,5% acima da inflação, contra altas de 8,6% e 7,7% para os
salários do Brasil da 2a classe com carteira assinada. A partir de 2009, com a instituição
da “Nova Matriz Econômica” com que o PT partiu francamente para a destruição de tudo
que o Plano Real tinha conquistado, os salários da 1a classe sairam voando enquanto os
da 2a começavam a ratear. Em 2014, ano da eleição na qual a vigília permanente da
“militância” (leia-se o funcionalismo público) foi decisiva para tirar o grande provedor (PT)
das cordas, a diferença se aprofundou.
A combinação desses aumentos nominais com a orgia de contratações que inchou os
quadros do funcionalismo no país inteiro resultou na maior operação de transferência de
renda do Brasil que trabalha, investe e produz para o Brasil que só queima dinheiro da
história deste país. Esse efeito acelera-se exponencialmente ao longo de 2015 com o
desemprego, que neste início da nossa corrida para os porões do mundo já põe 3 mil
brasileiros por dia na rua da amargura, rigorosamente nenhum deles das hostes dos que
ganham o dobro dos outros para fazer muito menos da metade.
O lado ruim dessa conta você está sentindo na pele. O lado bom, como diz Ricardo Paes
de Barros, do Insper, reputado pelo Valor Econômico como “um dos maiores
especialistas em desigualdade social e pobreza do país”, é que “Então temos uma maneira
(fácil) de reduzir desigualdade, pobreza e déficit público (ao mesmo tempo): é só congelar
os altos salários do setor público em geral”.
Esse tão interessante aspecto da Pnad, entretanto, só foi divulgado uma vez por um único
jornal de circulação restrita – o Valor – e, mesmo assim, na edição de um “feriadão” de
tres dias, o de 15 de novembro. O resto da imprensa ignorou totalmente esta como tem
ignorado ou deixado de fazer outras medições definidoras da realidade nacional, o que
enseja que a “militância/funcionalismo” e seus patrocinadores tratem de nos arrancar mais
uma CPMF, na maior cara de pau, para não ter de tocar nem no menorzinho dos seus
próprios privilégios.
fernaslm | 23 de novembro de 2015 às 06:00 | Tags: ajuste fiscal, desemprego, Estados Islâmico,
funcionalismo, ISIS, Joaquim Levy, marajás, militância do PT, Nova Matriz Econômica, petismo, Plano Real,
PNAD, salários públicos, terrorismo político | Categorias: Artigos de FLM, Corrupção, Direitos Humanos,
Economia, Terrorismo | URL: http://wp.me/pAyVJ-5iS
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Estado Islâmico perde!
by fernaslm
Artigo para O Estado de S. Paulo de 23/11/2015
Desde que a 129a vítima tombou ferida de morte no Bataclan, 1543 brasileiros morreram
crivados de balas nestes dez dias que nos separam daquela fatídica sexta-feira 13, se é
que não superamos ainda, como acontece todos os anos, a média de 2014 quando 56.337
homens, mulheres e crianças foram assassinados nas ruas do Brasil a um ritmo de 154
por dia.
Descontados os outros 136 que morrem diariamente no trânsito em função da qualidade
da educação e das estradas que nos impingem, isso é quanto nos tem custado “à vista” a
plena liberdade de ação que damos aos nossos “terroristas políticos”.
Graças ao “sistema de segurança pública” único no mundo que eles nos impõem, em que
duas polícias que não falam uma com a outra senão por ofícios versados numa língua que
nenhum outro brasileiro entende, uma encarregada de atender ocorrências nas cenas dos
crimes e outra de “investigar” esses mesmos crimes a partir de frios relatórios versados
nesse dialeto, somente 8% das ocorrências registradas chegam a gerar um inquérito, dos
quais 0,8% chegam a uma condenação, invariavelmente a uma pena desenhada antes
para “recuperar” os assassinos que para proteger os assassinados.
Mesmo diante dessa marca que faz dos ingentes esforços do Estado Islâmico para destruir
a civilização ocidental uma brincadeira de criança (na última estatística da ONU eles
tinham matado pouco menos de 10 mil pessoas num ano), nós acabamos de escapar por
apenas 7 votos de premiar os funcionários do sistema judiciário que produz esse brilhante
resultado com um aumento geral de salários que poderia chegar a 79% e que custaria ao
país R$ 36 bilhões até 2019, bem no meio da batalha do governo para impingir a uma
economia que agoniza nas garras dos seus abusos sem fim um imposto altamente tóxico
que pode acabar de matá-la.
Já a conta em vidas que pagamos “a prazo” pela corrupção generalizada que eles
disseminam é incomparavelmente maior.
O que eles e os funcionários que nomeiam para postos privilegiados de tocaia aos
dinheiros públicos roubam inflando diretamente os preços ou deixando de fazer obras de
saneamento e investimentos em saude pública, resultando em epidemias crônicas de
doenças medievais ao lado do sucateamento do atendimento hospitalar; a forma como
pervertem todos os sistemas de prevenção e fiscalização dos abusos do poder econômico
nas empresas públicas e privadas, resultando em desastres recorrentes de proporções
telúricas e em devastação ambiental capaz de ameaçar a saúde do planeta inteiro; o modo
como aparelham o sistema de educação para rebaixar a capacidade imunológica do país à
corrupção, resultando, por tabela, na marginalização econômica de gerações inteiras de
brasileiros, tudo isso mata muito mais gente do que a manifestação mais visível da sua
obra deletéria que é a epidemia desenfreada de criminalidade.
Para recompensar toda essa eficiência destrutiva os salários do setor público alcançaram
em 2014, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE,
divulgada na semana passada, quase o dobro, em média, do que se paga por postos e
capacitações equivalentes aqui no Brasil da 2a classe. O PT recebeu um país em que
essa diferença estava em 35,5%, o que já era um escândalo. No ano passado ela chegou
a 43%, diferença que não mede a que mais vale que é a total isenção ao mais remoto
risco de perda de emprego e proventos, seja o que for que o funcionário venha a fazer ou
deixar de fazer e o tamanho das tempestades que a economia vier a atravessar.
Ate o final do governo FHC, registra a pesquisa, os salários dos funcionários estatutários
estavam defasados em razão da política de contenção de despesas que resultou no fim da
hiperinflação que roubava os mais pobres e no Brasil do Plano Real. A diferença começa a
ficar mais forte a partir da medição divulgada em 2005, ou seja, com a inauguração dos
governos do PT. Naquele ano e em 2006 os salários do funcionalismo subiram,
respectivamente, 11% e 14,5% acima da inflação, contra altas de 8,6% e 7,7% para os
salários do Brasil da 2a classe com carteira assinada. A partir de 2009, com a instituição
da “Nova Matriz Econômica” com que o PT partiu francamente para a destruição de tudo
que o Plano Real tinha conquistado, os salários da 1a classe sairam voando enquanto os
da 2a começavam a ratear. Em 2014, ano da eleição na qual a vigília permanente da
“militância” (leia-se o funcionalismo público) foi decisiva para tirar o grande provedor (PT)
das cordas, a diferença se aprofundou.
A combinação desses aumentos nominais com a orgia de contratações que inchou os
quadros do funcionalismo no país inteiro resultou na maior operação de transferência de
renda do Brasil que trabalha, investe e produz para o Brasil que só queima dinheiro da
história deste país. Esse efeito acelera-se exponencialmente ao longo de 2015 com o
desemprego, que neste início da nossa corrida para os porões do mundo já põe 3 mil
brasileiros por dia na rua da amargura, rigorosamente nenhum deles das hostes dos que
ganham o dobro dos outros para fazer muito menos da metade.
O lado ruim dessa conta você está sentindo na pele. O lado bom, como diz Ricardo Paes
de Barros, do Insper, reputado pelo Valor Econômico como “um dos maiores
especialistas em desigualdade social e pobreza do país”, é que “Então temos uma maneira
(fácil) de reduzir desigualdade, pobreza e déficit público (ao mesmo tempo): é só congelar
os altos salários do setor público em geral”.
Esse tão interessante aspecto da Pnad, entretanto, só foi divulgado uma vez por um único
jornal de circulação restrita – o Valor – e, mesmo assim, na edição de um “feriadão” de
tres dias, o de 15 de novembro. O resto da imprensa ignorou totalmente esta como tem
ignorado ou deixado de fazer outras medições definidoras da realidade nacional, o que
enseja que a “militância/funcionalismo” e seus patrocinadores tratem de nos arrancar mais
uma CPMF, na maior cara de pau, para não ter de tocar nem no menorzinho dos seus
próprios privilégios.
fernaslm | 23 de novembro de 2015 às 06:00 | Tags: ajuste fiscal, desemprego, Estados Islâmico,
funcionalismo, ISIS, Joaquim Levy, marajás, militância do PT, Nova Matriz Econômica, petismo, Plano Real,
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Economia, Terrorismo | URL: http://wp.me/pAyVJ-5iS
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Estimados Colegas,
o editorial de hoje no Estadão, com o título "ESTADO ISLÂMICO PERDE" tal como originalmente encaminhado pelo autor no seu site, o jornalista Fernão Lara Mesquita, com as respectivas charges.
Quer queiram ou não, estamos ganhando batalhas e esperamos, com muita fé, vencer a guerra.
Abraços fraternais.
Flammarion
AI AOPM SP
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