quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A NOSSA QUERIDA BANDEIRA



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                                                       A NOSSA QUERIDA BANDEIRA DO BRASIL
                                        CL IRACY VIEIRA CATALANO  AUTOR




                    A Bandeira do Brasil foi criada e adaptada em dezenove de novembro de 1889 por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares e é o expoente máximo dos símbolos de nossa Pátria concebendo o ajustamento, a integridade e a perpetuidade de nosso país. O verde e o amarelo são as tonalidades que mais se destacam. O verde simboliza as majestosas florestas de nosso território, a gradação amarela, as nossas riquezas minerais, com suas épocas de mineração do ouro e as nossas desmedidas opulências do solo. A esfera azul celeste resume a candura e a poesia de nossa esplendorosa e imensa abóbada azulada, onde de dia vemos um sol brilhante enviando ondas de calor e, de noite está profusa de estrelas suspensas no céu como jardins na imensidão, e uma lua qual lâmpada, como um pêndulo no espaço, pompeando na escuridão. A legenda "ORDEM E PROGRESSO" nos faz lembrar que o progresso é o desenvolvimento da ordem, como a ordem e a paz é a consolidação do progresso, apontando os grandes ideais do povo, que procura coexistir voltado para a paz e para o labor. O nosso Cruzeiro do Sul representa o cálice de nossa crença, da nossa esperança e nossa devoção. É a percepção, o atilamento e a predestinação de nosso povo.
            A nossa Bandeira é inspirada na Bandeira do Império, desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret, tendo ao longo dos tempos sofrido várias mutações através de positivistas brasileiros.
               A nossa primeira Bandeira surgiu em 13 de maio de 1816, com peculiaridades conferidas por D. João VI, tendo como emblema e superpostos os escudos do Brasil, do Algarves e de Portugal, numa esfera armilar de ouro em campo azul. Em 18 de setembro de 1822, aparecendo pela primeira vez as cores verde e amarela, surgiu a Bandeira do Brasil Império.
                 Após a proclamação da República em 1889, o Brasil não podia conservar como símbolo nacional, o pavilhão do Império, com o escudo da monarquia, e quatro dias após a instauração do regime republicano, o Governo provisório pelo Decreto nº 4 do dia 19 de novembro de 1889, estabeleceu finalmente, a nossa Bandeira atual.
               Alterações foram feitas e, no lugar do escudo com a coroa imperial, fixou-se no centro uma esfera azul celeste, simbolizando nossa soberania, sendo inserida a faixa branca com o lema "Ordem e Progresso" com letras na cor verde, lema de cunho positivista e cujo significado é: "O amor por principio, a Ordem por base e o Progresso por fim", colocado por influência de Benjamin Constant, um dos próceres da República, e na esfera azul, 21 estrelas, entre elas a do Cruzeiro do Sul, que simbolizam as estrelas no céu do Rio de Janeiro exatamente às 20:30 horas do dia 15 de novembro de 1889, data da proclamação da República, representando na ocasião, os 20 estados do Brasil e o Distrito Federal.
               Em 1992, uma lei alterou a Bandeira para permitir que todos os 26 estados e o Distrito Federal estejam representados por estrelas Outras estrelas serão sobrepostas à medida que forem surgindo novos estados.  Atualmente temos 27 estrelas.
              A nossa Bandeira impregna as nossas conquistas, e quando a vemos ruflando, rememoramos a doce imagem do Brasil. Assim, todo brasileiro deve sempre lhe prestar um culto de adoração, respeito e amor, descobrindo-se a sua passagem e defendendo-a contra qualquer espécie de desrespeito, profanação ou atitude ominosa.
              O respeito, o orgulho e a admiração à nossa Bandeira devem ser sentimentos viçosos e intrínsecos de nosso caráter e não impostos. O fato de ficar em pé, descoberto e com a mão na altura do coração, na sua passagem ou no hasteamento solene acompanhado do nosso Hino, deve ser atitude natural, como uma revelação de arrebatamento, de civismo e patriotismo, pois se o Hino Nacional é o cântico de guerra e de paz de nosso país, que representa, amealha e floresce os acendimentos de nosso povo, a Bandeira Brasileira é a imagem rutilante que transcende a capacidade de amar de nosso povo. É o símbolo máximo incrustado no ajuntamento dos sentimentos de um país à procura de um destino comum.
        Sublimar e altear o Brasil é proclamar e maximizar as suas belezas, apregoar e emoldurar os seus feitos, assoalhando o seu progresso e crescimento com atitudes maviosas. É orgulhar-se de sua BANDEIRA e do HINO NACIONAL e decantar sempre os costumes do seu povo, com candor e alegria.
           Perante ela interrompem todas as dissensões e cizânias partidárias, para permanecer unicamente, e bem clara, a imagem da Pátria que nos resguarda com confiança em todos nós brasileiros.
        As duas últimas estrofes da composição do poeta Araújo Jorge retratam com ufanismo nacionalista, o que representa para todos os brasileiros a nossa Bandeira verde amarela:

                       Bandeira do Brasil! Irmã de outras Bandeiras,
                       Tua alma para mim tem somente uma cor:
                       Mesmo sobrepairando as lutas e as trincheiras
                       És branca como a paz e pura como o Amor!

                       Bandeira do Brasil - alma de todos nós!
                       Hino de cores no ar saudando a humanidade!
                       Que depois de enxugar o sangue dos heróis!
                Possas secar em paz ao sol da liberdade!

         Em todo o nosso extenso território, onde quer que tremule o nosso majestoso símbolo, nas cidades como nos rincões rurais, um respeitoso tributo é oferecido sem reservas, como se a Pátria mesma, estivesse presente, ameigando e acalorando os seus filhos, num amplo gesto protetor.
         Por ocasião da realização pela primeira vez, em 1908, da festa da Bandeira brasileira, na Capital Federal, a comissão encarregada da solenidade distribui um manifesto cívico, que teve a seguinte prefação:
        "A Bandeira de nossa Pátria é, certamente, adorada por todos os brasileiros. Não há coração de patriota que não sinta, ao contemplá-la, o nobre alvoroço que nos despertam os grandes símbolos nacionais...".

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