segunda-feira, 27 de maio de 2013

Re: O Exército de hoje não é o meu Exército de ontem!

Prezado Pimentel.
Está sendo programado um manifesto em defesa das FFAA para o dia 11 de junho em Brasília por uma associação de militares da reserva. Não sei se voce viu o vídeo de divulgação.


Em 27 de maio de 2013 12:13, <jgpimentel@jgpimentel.com.br> escreveu:

O Exército de hoje não é o meu Exército de ontem!

José Geraldo Pimentel

Cap Ref EB

O Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra não está completamente só em sua luta pela democracia brasileira. Sua esposa e alguns poucos, mas valorosos amigos, estão e estarão sempre ao seu lado. Quem têm lhe virado as costas são os vendidos dos comandantes militares do Exército, os quais faço questão de nomear com todas as letras: General de Exército Enzo Martins Peri, atual comandante, e seu antecessor, General de Exército Francisco Roberto de Albuquerque, e alguns outros oficiais generais lotados em cargos de comandos militares regionais. Alguns mais não se assumem como soldados, preferindo dar uma chance à sorte na esperança de mamarem nas tetas da nação. Estes são os críticos dos que defendem as Forças Armadas, e se referem a mim, por exemplo, com as palavras: "Vejo o Cap. Pimentel com sua tendência literária contaminada pelo ódio."

Falar a verdade é expressar ódio. O correto para quem não tem coragem de falar e assinar o que escreve é fazer vistas grossas, achando que os chefes militares, por serem superiores hierárquicos, gozam do privilégio de serem covardes. O corporativismo comanda a mente e coração desses pobres de espírito!

A oficialidade de hoje se mantém alheia aos problemas nacionais, muitos correndo atrás de uma saída da instituição militar, percebendo que não existe futuro na carreira militar.

Não é apenas o salário que garante a permanência do militar na instituição militar. A dignidade não tem preço.

Ser esquecido pelos seus chefes e olhado com desdém pelos colegas maltrata demais o ser humano. É preciso ser um forte para suportar tanto desprezo.

A Comissão da Calúnia criada e seus membros nomeados pela ex terrorista Dilma Vana Rousseff caminha célere para atingir o grande objetivo dos derrotados na luta armada dos anos 60 / 70. A presidente Dilma cobra da comissão resultados práticos que causem uma comoção no país, preparando a população para assistir o grand finale da condenação dos militares que foram empenhados na repressão aos militantes da luta armada.

O Coronel Ustra certamente será o primeiro oficial a ser conduzido algemado para um presídio de segurança máxima.

Defender o país é crime! O movimento Levante Popular da Juventude agraciado com Menção Honrosa lhe entregue em mãos pela presidente Dilma Rousseff, encabeçará os que estarão na porta do Tribunal de Exceção, gritando palavras de ordem, cuspindo o rosto e apedrejando o bravo coronel que acreditou em seus superiores e colocou a sua vida e de seus comandados na frente do combate, desbaratando as inúmeras facções criminosas que atuavam no estado de São Paulo. Foi vitorioso, mas será castigado pelos que derrotou.

As autoridades militares neste dia estarão trancadas em seus gabinetes refrigerados, apalpando as suas manteúdas, fingindo que desconhecem o que acontece a algumas quadras com um seu subalterno, justiçado por ter cumprido com o seu dever.

Na mentalidade dessas pústulas de autoridades militares cumprirem uma ordem não significa levar a sério a missão.

Os 'militares do passado' não poderiam ter ido tão longe, derrotando o inimigo. Imaginam. 'Era só dar um esculacho na garotada.' Nada de querer imitar os contendores que matavam e justiçavam uma centena de pessoas, a maioria civis que cruzavam o caminho onde aconteciam assaltos a quartéis militares e casas de armas, implodiam malas em aeroporto, sequestravam embaixadores, roubavam bancos e cofre de residência particular, assassinavam a sangue frio militares estrangeiros e das FFAA brasileiras e polícias militares! No entender dessas amebas, apenas os militantes da luta armada tinham o direito à prática de violência, tanto que foram indenizados com vultosas quantias e pensões milionárias sem desconto de Imposto de Renda. E não estão sendo inquiridos pela 'comissão da calúnia'.

"O Exército não vai fazer nada" (General Francisco Roberto de Albuquerque) para defender os "militares do passado" (General Enzo Martins Peri). Afiançaram esses covardes; os mais pusilânimes dos chefes militares que passaram pelo Comando do Exército.

É no que dar acreditar em um Exército comandado por um bando de omissos, vendidos, bajuladores, que confundem covardia com disciplina militar. Nos tempos da democracia petista, cumprir ordem superior, só se for dada por escrito, com a ressalva que o Exército se responsabilizará pelo cumprimento da missão.

Os chefes mancomunados com a bandidagem comuno petista quebraram o pacto de confiança e respeito entre os superiores hierárquicos e os subordinados.

O Exército de Caxias está sendo substituído por uma guarda pretoriana submetida ao código da omissão, da falta de honradez, do desprezo à farda e da desonra pessoal. E como consequência, ser militar atualmente é ser tratado como cachorro. Qualquer vadia ministra chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República ordena que um comandante militar de uma Força admita que na AMAN se torturam os cadetes nos exercícios, obrigando descerrar uma placa com a odiosa ofensa à instituição militar. E muitas outras indignidades lançadas contra as Forças Armadas, sem que haja uma resposta à altura dos chefes militares. Esses covardes preferem se manter em um silêncio obsequioso que só contribui para dar força aos que perderam por completo o respeito pela instituição militar.

O Exército de hoje não é o meu Exército de ontem!

Rio de Janeiro, 26 de maio de 2013. 

http://www.jgpimentel.com.br

 

 



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