sábado, 11 de maio de 2013

Coronel Ustra capitula e comparece ao tribunal de exceção da Comissão da Verdade !

Que coisa! As pessoas mudam. A idade chega.
Pensando bem...não vale a pena se estressar.


Em 11 de maio de 2013 00:01,
Foto: Cel Ustra depondo na Comissão da Calúnia, em Brasília.
O DIA EM QUE O EXÉRCITO CAIU DE QUATRO DIANTE DO INIMIGO
Coronel Ustra capitula e comparece ao tribunal de exceção da Comissão da Verdade
Conheci o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra na 4ª Bateria de Canhões 90 Antiaérea, subunidade do 1º Grupo de Canhões 90 Antiaéreo, localizado na Colina Longa, Vila Militar, cidade do Rio de Janeiro. Ele substituíra o Cap Freitas, um oficial brilhante, mas tido, não sei porque razão, como durão. Eu fora deslocado da 2º Bateria a meu pedido, contrariado com a punição que recebera do Cap Cardoso, meu comandante de subunidade. Motivo da punição: Depois do almoço, no intervalo entre o primeiro e segundo expedientes, eu estando na função de Cabo de Dia, entrei no alojamento das praças e deitei-me para um breve descanso. Mas peguei no sono e acordei com uma cutucada nos pés. Em volta da cama lá estavam o comandante da bateria, o subtenente do almoxarifado e o sargenteante. E espalhados pelos quatro cantos do recinto, diversos soldados dormindo tranquilamente sob as camas. "Se o Cabo de Dia pode dormir durante o dia, nós também podemos!" Deve ter pensado a soldadesca. Como castigo fui obrigado a pegar uma vassoura e varrer em volta do pavilhão; coisa que eu não fazia, porque tirava sempre o serviço de Cabo de Dia. Um cabo 'Caxias', altamente conceituado. Não tive outra escolha. Terminada a faxina procurei o comandante Cardoso e solicitei a minha transferência de subunidade. O então Cap Ustra era considerado mais rigoroso do que o Cap Freitas. Assustava os sargentos. No entanto, nunca soube que o Cap Ustra tivesse praticado uma arbitrariedade com um subordinado; pelo contrário, chegou a ser padrinho de casamento de uma filha do sargento Sabrino. Eu me dei muito bem com ele, pois sempre foi de meu feitio me isolar, mantendo razoável distanciamento dos superiores hierárquicos. Ultimamente, passado tanto tempo, voltei a me relacionar através de e-mails esporádicos com o Cel Ustra. Tenho o maior apreço por ele, e por todos os chefes militares que passaram por mim em minha caminhada militar. Guardo o melhor das lembranças de todos eles. Nenhum me decepcionou. Foram duros, mas justos e respeitadores. Minhas promoções, desde a de 1º sargento, até o posto de capitão, foram todas por merecimento. Além daquela vassoura nas mãos, recebi uma detenção de quatro dias, mas não me lembro o motivo. As coisas más eu sempre procuro esquecer. E para coroar a carreira militar, para não dizer que sofri uma punição grave, fui transferido 'por conveniência da disciplina', em 1965, para a cidade de Aquidauana, Mato Grosso (atual Mato Grosso do Sul). Punição que depois era agravada para 'a bem da disciplina'. Razão: Minha presença no Automóvel Clube do Rio de Janeiro, às vésperas da queda do governo João Goulart. Essa transferência me deixou mais de uma década longe da cidade do Rio de Janeiro. Mas amei ter conhecido Aquidauana, no Mato Grosso, Rio Negro, no Paraná, e Bento Gonçalves, no Rio grande do Sul. Foram os anos mais felizes de minha vida, e quando pude melhor desenvolver os meus conhecimentos técnicos na área da Eletrônica, minha especialidade como mecânico de rádio. Tempo de comer uva colhida diretamente nos parreirais, beber muito vinho e colecionar bebidas destiladas. E o churrasco maneiro do Sul. Mas a vida não foi só de boa vida e dedicação às lides do quartel. Tive a vida inteira que batalhar por fora para complementar o orçamento familiar. Mas sempre fiz tudo com muita dedicação; sendo, sem falsa modesta, um dos melhores técnicos na minha área de atuação, quer seja no quartel, ou nos consertos de aparelhos eletrônicos fora do expediente. O melhor técnico de TV de minha época por onde passei! Prosa! Verdade. Mas hoje não é um dos meus melhores dias de minha vida. Eu estou sempre assumindo as dores das outras pessoas. Viveria melhor se fizesse como a quase totalidade dos militares da geração pós 1985. Talvez vivesse mais feliz, dormindo o sono dos justos, se fosse um pilantra como a maioria dos atuais chefes militares. Ninguém mais escrotos e covardes do que o comandante do Exército, general de Exército Enzo Martins Peri, e seu antecessor no cargo, o general de Exército Francisco Roberto de Albuquerque. Dois pulhas que trocados por merda, quem ficar com a merda leva vantagem. Dois militares que de soldados só têm a farda que vestem, porque são pusilânimes e vendidos. Puxa-sacos, vivem condecorando marginais com insígnias militares. Não tem um ex terrorista ou ex guerrilheiro que não tenha sido agraciado com uma condecoração militar por 'relevantes serviços prestados ao país e às forças Armadas'! Concepção adotada pelas mentes doentias desses dois canalhas, que se travestem de chefes militares e traem a instituição e a nação brasileira. Os miseráveis vêem entregando os seus companheiros ao inimigo em uma badeja de prata. O prêmio que recebem pela traição à instituição militar, é serem tratados como cachorros. Às vezes eu fico me perguntando: Não teria aquele jovem na frente do Clube Militar cuspido na cara da pessoa errada!
O Cel Ustra, infelizmente, atendendo a apelos de colegas mais centrados do que eu, ou motivado pela sua própria consciência, compareceu, em Brasília, hoje, dia 10 de maio de 2013, frente à Comissão Nacional da Verdade, melhor dizendo, 'Comissão da Calúnia', como é mais conhecida. Mesmo contando com o direito de se negar a falar, não conteve o ímpeto e rebateu as criticas que partiram de bandidos que se travestem de autoridades e se acham no direito de humilhar os agentes do Estado. Esses marginais pretendem colher subsídios para ao final dos trabalhos da comissão, sugerir ao Congresso Nacional que seja modificada a Lei da Anistia.
Não consigo acreditar que as Forças Armadas tenham capitulado diante de uma comissão de bostas, composta por duas vadias, analfabetas que não sabem nada de história, e três cretinos, ex terroristas, metidos a machos, mas que não passam de umas putas de bordel de beira de estrada. Essas rampeiras que entregam os corpos por um real. Os outros dois membros indicados para a comissão tiveram o discernimento de perceber que haviam embarcado em uma canoa furada e caíram fora. Fizeram muito bem. Quem se mistura com porcos termina comendo farelo!  Pelo andor da carruagem os comunas vão lograr êxito. O Cel Ustra e outros mais serão levados a um tribunal de exceção e serão julgados como criminosos de guerra e sentenciados a longas penas. Seus colegas de farda lavarão as mãos. A única pessoa na face da terra que se ajoelhará aos seus pés, tentando barrar a caminhada ao cadafalso, será a sua digna e fiel esposa, Joseita Ustra.
José Geraldo Pimentel
Cap Ref EB
RG: 018796130-5 EB
Rio de Janeiro, 10 de maio de 2013.

A DECISÃO DE ATENDER À CONVOCAÇÃO DA COMISSÃO
Comparecimento do Coronel Ustra à Comissão da Verdade
O Cel Ustra, convocado na qualidade de um agente de Estado, pela CNV criada pela Lei nº 12.528 de 2011, impetrou um Habeas Corpus, junto à Justiça Federal, a fim de assegurar o seu não comparecimento, perante integrantes da referida Comissão, para a tomada de depoimento, visto que o mesmo não teria mais dados a esclarecer pois todos os aspectos de interesse do assunto investigado já teriam sido publicados, detalhadamente, em seus livros de conhecimento público bem como distribuídos para órgãos interessados pelos fatos investigados pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). Em seu despacho, o Juiz encarregado do Habeas Corpus reconheceu a legalidade da convocação feita pela CNV por considerar o ato legítimo, na qualidade de um órgão de Estado, criado por lei, convocar um servidor do Estado para esclarecer fatos do seu interesse. Atribuiu à Comissão Nacional da Verdade a responsabilidade de segurança e manutenção das garantias física, psicológica e moral do Cel Ustra.
Após várias consultas a especialistas sobre o assunto entre eles desembargador, advogados e professor universitário o Cel Ustra foi aconselhado a atender o convocação que lhe foi feita para prestar depoimento perante a Comissão Nacional da Verdade, permanecendo o seu direito de se manter calado.
Em face do exposto o Cel Ustra atenderá à convocação recebida e amparado por todas as suas garantias legais a que tem direito.
(A Verdade Sufocada, 10/05/2013).



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