quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Inconfidência Mineira



ESSA HISTÓRIA CORRE LIVROS HÁ MUITO TEMPO.

Se isso tudo for verdade, fui surpreendido, Pra mim, ele não passava de um agitador, um terrorista da época, onde muitos anos depois, foi considerado herói por um pequeno grupo, que não viveu a história na época que aconteceu. Como acontece hoje. Quem era terrorista, assaltante, assassino, há uns poucos anos atrás, hoje é considerado herói pela mídia. E o povo acredita, sem ao menos procurar a verdade.

A história sempre foi feita ao sabor daqueles que mandaram escrever.....



A farsa da Inconfidência Mineira

 A "história" do Brasil é uma grande MENTIRA bem contada!
Se a "cereja do bolo" da história brasileira é uma grande farsa, imagine o resto do "bolo"... 
O MARTÍRIO DE TIRADENTES:
UMA FARSA CRIADA POR LÍDERES DA INCONFIDÊNCIA MINEIRA
por Guilhobel Aurélio Camargoe

Ele estava muito bem vivo, um ano depois, em Paris. O feriado de 21 de abril é fruto de uma história fabricada que criou Tiradentes como bode expiatório, que levaria a culpa pelo movimento da Inconfidência Mineira. Quem morreu no lugar dele foi um ladrão chamado Isidro Gouveia.
A mentira que criou o feriado de 21 de abril é: Tiradentes foi sentenciado à morte e foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, no local chamado Campo da Lampadosa, que hoje é conhecido como a Praça Tiradentes. Com a Proclamação da República, precisava ser criada uma nova identidade nacional. Pensou-se em eternizar Marechal Deodoro, mas o escolhido foi Tiradentes. Ele era de Minas Gerais, estado que tinha na época a maior força republicana e era um polo comercial muito forte. Jogaram ao povo uma imagem de Tiradentes parecida com a de Cristo e era o que bastava: um "Cristo da Multidão". Transformaram-no em herói nacional cuja figura e história "construída" agradava tanto à elite quanto ao povo.
A vida dele em poucas palavras: Tiradentes nasceu em 1746 na Fazenda do Pombal, entre São José e São João Del Rei (MG). Era filho de um pequeno fazendeiro. Ficou órfão de mãe aos nove anos e perdeu o pai aos 11. Não chegou a concluir o curso primário. Foi morar com seu padrinho, Sebastião Ferreira Dantas, um cirurgião que lhe deu ensinamentos de Medicina e Odontologia. Ainda jovem, ficou conhecido pela habilidade com que arrancava os dentes estragados das pessoas. Daí veio o apelido de Tira-Dentes. Em 1780, tornou-se um soldado e, um ano à frente, foi promovido a alferes. Nesta mesma época, envolveu-se na Inconfidência Mineira contra a Coroa portuguesa, que explorava o ouro encontrado em Minas Gerais. Tiradentes foi iniciado na Maçonaria pelo poeta e juiz Cruz e Silva, amigo de vários inconfidentes. Tiradentes teria salvado a vida de Cruz e Silva, não se sabe em que circunstâncias.

Tiradentes, Maçonaria e a Inconfidência Mineira:
Como era um simples alferes (patente igual à de tenente), não lideraria coronéis, padres e desembargadores, que eram os verdadeiros líderes do movimento. Semi-alfabetizado, é muito provável que nunca esteve plenamente a par dos planos e objetivos do movimento. Em todos os movimentos libertários acontecidos no Brasil, durante os  séculos XVIII e XIX, era comum o "dedo da Maçonaria". E Tiradentes foi maçon, mas estava longe de acompanhar os maçons envolvidos na Inconfidência, porque esses eram cultos, e em sua grande parte, estudantes que haviam recentemente regressado "formados" da cidade de Coimbra, em Portugal. Uma das evidências documentais da participação da Maçonaria são as cartas de denúncia existentes nos autos da Devassa, informando que maçons estavam envolvidos nos conluios.
Os maçons brasileiros foram encorajados na tentativa de libertação, pela história dos Estados Unidos da América, onde saíram vitoriosos - mesmo em luta desigual - os maçons norte-americanos George Washington, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson. Também é possível comprovar a participação da Maçonaria na Inconfidência Mineira, sob o pavilhão e o dístico maçônico do Libertas Quae Sera Tamen, que adorna o triângulo perfeito, com este fragmento de Virgílio (Éclogas, I, 27). Tiradentes era um dos poucos inconfidentes que não tinha família. Tinha apenas uma filha ilegítima e traçava planos para casar-se com a sobrinha de um padre chamado Rolim, por motivos econômicos. Ele era, então, de todo o grupo, aquele considerado como uma "codorna no chão", o mais frágil dos inconfidentes. Sem família e sem dinheiro, querendo abocanhar as riquezas do padre. Era o de menor preparo cultural e poucos amigos. Portanto, a melhor escolha para desempenhar o papel de um bode expiatório que livraria da morte os verdadeiros chefes.
E foi assim que foi armada a traição, em 15 de março de 1789, com o Silvério dos Reis indo ao Palácio do governador e denunciando o Tiradentes. Ele foi preso no Rio de Janeiro, na Cadeia Velha e seu julgamento prolongou-se por dois anos. Durante todo o processo, ele admitiu voluntariamente ser o líder do movimento, porque tinha a promessa que livrariam a sua cabeça na hipótese de uma condenação por pena de morte. Em 21 de abril de 1792, com ajuda de companheiros da Maçonaria, foi trocado por um ladrão, o carpinteiro Isidro Gouveia. O ladrão havia sido condenado à morte em 1790 e assumiu a identidade de Tiradentes, em troca de ajuda financeira à sua família, oferecida a ele pela Maçonaria. Gouveia foi conduzido ao cadafalso e testemunhas que presenciaram a sua morte se diziam surpresas porque ele aparentava ter bem menos que seus 45 anos. No livro, de 1811, de autoria de Hipólito da Costa ("Narrativa da Perseguição") é documentada a diferença física de Tiradentes com o que foi executado em 21 de abril de 1792. O escritor Martim Francisco Ribeiro de Andrada III escreveu no livro "Contribuindo", de 1921: "Ninguém, por ocasião do suplício, lhe viu o rosto, e até hoje se discute se ele era feio ou bonito...".
O corpo do ladrão Gouveia foi esquartejado e os pedaços espalhados pela estrada até Vila Rica (MG), cidade onde o movimento se desenvolveu. A cabeça não foi encontrada, uma vez que sumiram com ela para não ser descoberta a farsa. Os demais inconfidentes foram condenados ao exílio ou absolvidos.

A descoberta da farsa:
Há 41 anos (1969), o historiador carioca Marcos Correa estava em Lisboa quando viu fotocópias de uma lista de presença da galeria da Assembléia Nacional francesa de 1793. Correa pesquisava sobre José Bonifácio de Andrada e Silva e acabou encontrando a assinatura que era o objeto de suas pesquisas. Próximo à assinatura de José Bonifácio, também aparecia a de um certo Antônio Xavier da Silva. Correa era funcionário do Banco do Brasil, se formara em grafotécnica e, por um acaso do destino, havia estudado muito a assinatura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Concluiu que as semelhanças eram impressionantes.
Tiradentes teria embarcado incógnito, com a ajuda dos irmãos maçons, na nau Golfinho, em agosto de 1792, com destino a Lisboa. Junto com Tiradentes seguiu sua namorada, conhecida como Perpétua Mineira e os filhos do ladrão morto Isidro Gouveia. Em uma carta que foi encontrada na Torre do Tombo, em Lisboa, existe a narração do autor, desembargador Simão Sardinha, na qual diz ter-se encontrado, na Rua do Ouro, em dezembro do ano de 1792, com alguém muito parecido com Tiradentes, a quem conhecera no Brasil, e que ao reconhecê-lo saiu correndo. Há relatos que 14 anos depois, em 1806, Tiradentes teria voltado ao Brasil quando abriu uma botica na casa da namorada Perpétua Mineira, na rua dos Latoeiros (hoje Gonçalves Dias) e que morreu em 1818. Em 1822, Tiradentes foi reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira e, em 1865, proclamado Patrono Cívico da nação brasileira.


"É possível enganar parte do povo todo o tempo; é possível enganar parte do tempo todo o povo; jamais se enganará todo o povo todo o tempo."

(Abraham Lincoln)
Comentário:

Prezado Odair,
É curiosa a mania que certos indivíduos têm de querer atingir a  fama através de afirmações polêmicas, quase sempre sem embasamento sério.
Há quem afirme que Jesus era homossexual, que Colombo não descobriu a América, ou que Hitler não morreu no bunker em 1945,tudo isso apresentando “provas” inconsistentes ou discutíveis e até indefensáveis. Esse  gaiato que escreve sobre Tiradentes, baseado em UM ÚNICO AUTOR, e apresentando uma versão estapafúrdia contestando um fato profusamente documentado, como a “devassa” de Tiradentes, é apenas mais um caso dessa paranoia jornalística para dar aquilo que eles chamam de “furo”.
Todas a nações cultuam seus vultos cuja atuação teve papel mais ou menos relevante em suas respectivas Histórias.
Parece que sempre existe a necessidade de se eleger alguém para ser cultuado, ainda que o real papel da figura não seja tão proeminente. Veja-se George Washington, o primeiro presidente dos EUA e  o patriarca daquela nação. Ele foi forçado a entrar na chamada Revolução Americana para que  sua fortuna fosse usada em prol dos ianques. Tanto ele não estava engajado no movimento, que, prevendo a convulsão que haveria, depositou considerável quantia no Banco da Inglaterra, em Londres e enviou para lá sua família.
Na Argentina, José de San Martin pouco fez para a independência daquele país. Sua atuação foi no Chile e no Peru e, com o seu “Exército dos Andes” enfraqueceu a resistência dos espanhóis, possibilitando a Belgrano a tomada do poder ´platino. Mas é San Martin que é festejado como o “Libertador” argentino. Já, no Chile, por mero bairrismo, o “libertador” é considerado Bernardo O’Higgins, que na realidade era o subcomandante daquele exército, mas era chileno e não argentino, gente rival por tradição.
Verifica-se que nos exemplos dados, embora a realidade não seja a ensinada nas escolas, ela não denigre as figuras envolvidas. Washington acabou por comandar as forças ianques, San Martin deu, ainda que indiretamente, o apoio necessário a Belgrano, e O’Higgins foi credenciado no governo chileno por San Martin.
Quanto a Tiradentes, embora ele fosse alferes, na sua condição de maçom, poderia, sim, ter liderado até generais, desde que fossem também maçons.
Aliás, embora Joaquim José da Silva Xavier tenha sozinho arcado com o ônus da Inconfidência, em nenhum lugar ele é identificado como o líder. Verifica-se que os conhecimentos sobre a maçonaria por parte desse Guilhiobel são muito escassos, mas ele se arvora em conhecedor para falar do que não sabe.
Não devemos dar guarida a esses oportunistas e muito menos divulgar suas tolices. Isso não contribui em nada para melhorar a grave situação em que nos encontramos, servindo antes para piorá-la.
Abraços
Brandão






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