domingo, 23 de fevereiro de 2014

A Solução Final

A solução final

José Geraldo Pimentel
Cap Ref EB
RG: 018796130-5 EB

Estou começando a aderir aos ‘militares do presente’. Já não sinto tanta comiseração pelos ‘militares do passado’, como até a pouco tempo. Minha relação com eles, - militares das Forças Armadas e policiais civis e militares, também chamados agentes do Estado, - está passando a ser formal. Não cheguei ainda ao ponto dos nossos chefes militares que os tratam com desprezo, e chegam a entregá-los aos ex-terroristas e ex-guerrilheiros, hoje, no poder, em uma bandeja de prata. Sou mais comedido.
Compreendo o que é sentirem-se sós, esquecidos pelos colegas de farda e maus vistos pela população, que por falta de esclarecimentos, entende que os derrotados de ontem foram os brasileiros que lutaram pela redemocratização do país. ‘Um país à época dominado por uma ditadura militar, que derrubara um governo legitimamente eleito pelo povo’. Não demora e os esquecidos de hoje, que deram seu sangue, expondo os familiares ao perigo, para defender a pátria de uma revolução em marcha que levaria implacavelmente a nação brasileira a um regime semelhante ao praticado em Cuba e outros países do eixo da então poderosa URSS, serão levados a um tribunal de exceção e condenados a duras penas. A maioria em idade avançada terminará os seus dias trancafiados em uma cela, a exemplo dos militares argentinos que purgam os seus atos sendo execrados pelo governo e abandonados pelos colegas.
Razão para tanta incompreensão, esquecimento, ingratidão e falta de humanidade. Os verdadeiros chefes militares nos deixaram no decorrer desses cinquenta anos de contrarrevolução. Sobraram uns poucos chefes militares, que por alguma razão que a própria razão desconhece, dormem em berço esplêndido, renegando os seus compatriotas, como se fora crime terem defendido a pátria comum.
Para não cair no esquecimento, enumero pela enésima vez os nomes das autoridades militares que se trancaram em uma redoma de vidro, fugindo das suas responsabilidades como chefes militares; esquecendo, inclusive, de honrar a palavra de seus antecessores. O ex-comandante do Exército, general de Exército Francisco Roberto de Albuquerque, uma figura opaca, omissa, subserviente, bajuladora e covarde, mostrou o quanto tinha de apreço pelos velhos companheiros de farda quando negou apoio ao Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que o procurara ao se ver pela primeira vez convocado pelo Ministério Público Federal. Respondeu-lhe textualmente o comandante do Exército: “O Exército não vai fazer nada!”
A falta de atenção dada ao subordinado hierárquico abriu as portas para que uma enxurrada de ações começasse a cair sobre os agentes do Estado. Logo uma comissão dita da verdade sairia da gaveta, adormecida no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ganharia espaço na mídia. Iria ‘apurar graves violações de Direitos Humanos ocorridos entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988’. O atual comandante do Exército reuniria em Brasília os presidentes dos Clubes Militares solicitando que não criassem empecilho ao andamento e aprovação no Congresso Nacional da Lei 12528/2011. A lei viria a ser instituída em maio de 2012.
Os membros da comissão foram escolhidos entre ex-militantes da luta armada, simpatizantes e advogados dos mesmos. Um dos aconselhadores da presidente da república, na seleção desses membros, foi um de seus ex-maridos, também ex-terrorista como a própria governante. Não demoraria e a comissão se reuniria com os ex-militantes da luta armada e familiares dos que haviam falecido, prometendo que não seriam investigados os seus crimes, - assaltos a bancos e unidades militares, sequestros de embaixadores, uma centena de assassinatos e atos terroristas praticados em aeroporto civil e portão de entrada do QG II Ex, que resultaram em mortes e mutilações. Uma ação entre amigos. O período dos esclarecimentos ficou limitado ao dos governos militares e investigados, apenas, os agentes do Estado.
Reação dos chefes militares? Nenhuma. Em uma reunião entre a cúpula das FFAA e um representante da comissão, o comandante do Exército, General Enzo Martins Peri, informou que não se importaria se os ‘militares do passado’ fossem convocados para depor. Essa abertura para a tomada dos depoimentos dos agentes do Estado levou o membro da comissão a declarar que faria um convênio com a Polícia Federal para conduzir coercitivamente os agentes do Estado que se negassem a comparecer às convocações. E aproveitou para esclarecer que não iria admitir que se repetisse o ‘golpe’ de 64. O comandante do Exército, um homem pouco afeito a discussão, que confunde covardia com disciplina militar, ouviu calado e permaneceu em silêncio. A sua habitual concordância falou mais alto. Deixo de enumerar outros atos explícitos de falta de atitude desse chefe militar para não estender demais o texto.
Explico o porquê de estar perdendo a comiseração com os ‘militares do passado’! Detesto frouxidão. A velhice normalmente chega para apurar os princípios morais das pessoas. Não reduzi-las a um monte de lixo. Os nossos militares que enfrentaram bravamente os militantes da luta armada, são convocados para depor e comparecem frente a uma comissão que perdeu o respeito por fugir da letra da lei que a criou. Muitos desses militares depõem na condição de delação premiada; isto é, medram e deduram os ex-companheiros, traindo não só a eles, como as próprias FFAA brasileiras. Outros comparecem e depõem frente à ‘consultores técnicos’, garotões encarregados de tomar o depoimento de oficiais generais e coronéis, na ausência dos membros efetivos da comissão. E ainda saem de lá eufóricos, como se apresentar a dois jovens recém-saídos de uma faculdade de subúrbio, sem embasamento cultural nenhum, fosse grande proeza. Para mim é pura covardia; inconcebível no meu entendimento. Um oficial, principalmente, sendo um coronel ou general, não se rebaixa tanto!
São estas faltas de posturas morais que estão me levando a deixar de lado os ex-agentes do Estado, hoje um monturo de homens sem atitude, que marcham acovardados para o abatedouro como gados fardados.
Se não bastasse a pressão da Comissão Nacional da Verdade e suas filiadas estaduais e municipais, um grupo de promotores públicos federais acredita que descobriu falhas na Lei da Anistia e procura enquadrar diversos agentes do Estado. Generais e coronéis são convocados e comparecem a esse tribunal de exceção. Esses promotores formam um grupo ilegítimo, constituído de indivíduos mancomunados com os comuno-petistas que querem ver a qualquer custo um militar ser condenado e levado para um presidio de segurança máxima, onde deverá mofar até o fim de seus dias. A vingança dos perdedores!
A última ação do MPF pede à Justiça a condenação do general reformado Newton Cruz, a uma pena de 36 anos de reclusão. Enquadraram-no por ato de omissão no caso conhecido como Riocentro.
Diz o ditado. Não basta ser honesto; é preciso provar que se é honesto. Em outras palavras, não basta ter sido um herói, defendendo a pátria, se hoje se acovarda, e permite ser tratado como cachorro. No Princípio da Ação e Reação da Lei de Newton, a cada ação corresponde uma reação. E é sobre isso que chamo a atenção dos agentes do Estado.

A melhor forma de defesa é o ataque
Sugiro aos ex-agentes do Estado, que para sobreviverem ao ataque da comissão da calúnia e suas agregadas, e dos promotores públicos, no momento que não contam com o apoio dos chefes militares, e até são vistos com desdém pelos colegas de farda, que se defendam, atacando. O contra ataque é a melhor forma de se defender. E de que forma? Veja algumas atitudes que devem ser observadas:
- Não comparecer a nenhuma convocação, seja vinda da comissão da calúnia, ou do Ministério Público Federal.
- Partam para a ação. Os ex-terroristas e ex-guerrilheiros ensinaram o caminho das pedras. Implodiram uma mala no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes, pouco antes do que seria a passagem do candidato à presidência da república general Costa e Silva. Posteriormente praticariam outro atentado terrorista. Jogaram um veículo com explosivos no portão principal do QG do II Exército. Em ambos os casos houve vítimas com mortes e mutilações. Que se imitem esses crápulas mandando para as profundezas do inferno todos aqueles que comparecerem à cerimônia de apresentação dos trabalhos da comissão. A comissão vai sugerir que se reveja a Lei da Anistia, possibilitando a punição dos agentes do Estado. Seus próprios crimes como não estão sendo investigados, não serão objeto de punição. ‘O fim justifica os meios’, dizem.
Esse será um dia de glória. A fina casta dos justiceiros estará lotando um auditório, presente a presidente da república, - a ladra e ex-terrorista Dilma Vana Rousseff, conhecida entre os ‘cumpanheros’ por Estela, Luiza, Patrícia e Wanda, entre outros cognomes, - ao seu lado o vice-presidente da república; os ministros de estado; a ministra chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, a vagabunda da senhora Maria do Rosário Nunes (se é que se pode usar o tratamento de ‘senhora’ a uma bandida travestida de autoridade); o ex-ministro chefe da SEDH/PR, Paulo Vannuchi; os membros da Comissão Nacional da Verdade e de suas filiadas estaduais e municipais; diretores (as) e presidentes de comissões de direitos humanos das duas casas do Congresso Nacional; os dirigentes dos Movimentos de Trabalhadores Rurais Sem-terra, - MST, MLST,Via Campesina, etc.; os dirigentes de classes estudantis e de grupos de vândalos que veem infernizando as cidades; os políticos de agremiações de esquerda; e os notáveis comandantes militares acompanhados do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas brasileiras e do ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o general que é cuspido e mijado pela presidente da república todos os dias. Idem o covardão do ex-ministro da Justiça e atual governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. A notória senhora sem escrúpulos morais ‘relaxe e goze’ e toda a súcia de ‘mensaleiros’ condenados pelo Supremo Tribunal Federal. Nessa casa têm cinco obreiros, defensores da bandidagem petista, que estarão presentes à reunião.
É preciso planejamento para não repetir o fracasso do Riocentro. Como fazer? Leiam o Mini Manual do Guerrilheiro Urbano, do guerrilheiro Carlos Marighella, o marginal mais amado pelo agente ‘Barba’, aquele ex-presidente da república que no tempo de agitador de porta de fábrica, servia ao DOPS e aos empresários de montadoras de automóveis, em São Paulo.
Amanhã vocês serão lembrados como heróis nacionais. Terão varrido do mapa toda essa corja de bandidos que se instalou no poder para delapidar o patrimônio público. Quem morrer na operação deixará para a família uma gorda indenização e pensão milionária sem desconto de Imposto de Renda.
É a praxe na era em que bandido tem direito a tudo, muito mais do que qualquer trabalhador. Sejam bandidos, sejam heróis!
Cumpram com o seu dever cívico e voltem a merecer o meu respeito!
Observação: Não estou praticando apologia ao crime. De forma alguma. Pretendo com esse texto dar uma resposta às autoridades militares que permitem que desmoralizem as FFAA brasileiras e não tomam nenhuma atitude. A cada dia noticiam-se a criação de um ‘centro de memória’, acusando os militares de torturadores. Montam-se exposição fotográfica onde se mostra só um lado dos acontecimentos, sonegando as fotos dos crimes praticados pelos militantes da luta armada e tantas outras infâmias contra os militares. O mais recente atentado contra a democracia foi praticado na sede da Comissão Estadual da Verdade/RJ, presidida pelo advogado Wadih Damous, onde se realizou “o ato inaugural da desapropriação da denominada ‘Casa da Morte’ situada no município de Petrópolis, estado Rio de Janeiro”. Esse advogado quando presidia a OAB/RJ, prometeu a um grupo de jovens que o procurara, que daria amparo legal aos membros do Levante Popular da Juventude. Esses jovens agrediram oficiais da reserva e reformados que saiam do Clube Militar, após assistir uma palestra alusiva ao dia 31 de março de 1964.
Presente à solenidade da Comissão Estadual/RJ, entre outras personalidades do mundo cão do petismo-comunista, encontrava-se a ministra chefe da SEDH/PR, Maria do Rosário Nunes. “Na solenidade foi entoado o canto da Internacional Socialista, - hino da ex-URSS, - por um coro de adolescentes da cidade de Petrópolis. Jovens na plateia e adultos levantam-se, erguem os punhos cerrados e bradam a plenos pulmões a ode à esquerda.” (Relato de um assistente).
O silêncio obsequioso das autoridades militares me inquieta. Se quem de direito não age, alguém tem o dever de gritar, nem que as suas palavras sejam levadas pelo vento.
Não irei me calar!

Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 2014.



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