feriu-rapaz.shtmlPromotoria critica conclusões sobre ação de PMs que feriu rapazDE SÃO PAULO 28/01/2014 19h23 PUBLICIDADE O Ministério Público de São Paulo divulgou uma nota na noite desta terça-feira afirmando que "não cabe a nenhum outro órgão ou instituição o exame prematuro" da ação policial que deixou um rapaz de 22 anos baleado após um protesto no último sábado (25).Sem citar nomes de instituições ou pessoas, a nota afirma que "compete privativamente ao Ministério Público, titular exclusivo da ação penal pública, nos termos da Constituição Federal, promover o enquadramento da conduta dos policiais militares envolvidos". Fabrício Nunes Fonseca Mendonça Chaves foi alvo de três tiros, disparados por dois PMs, na esquina das ruas Sabará e Piauí, em Higienópolis, logo após o ato que acabou em vandalismo, com agências bancárias, lojas depredadas e um carro incendiado.
Na segunda-feira (27), O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, saiu em defesa dos PMs envolvidos no caso e disse que o rapaz não era manifestante, mas sim um agressor. Para ele, os PMs foram agredidos e reagiram. "As imagens [gravadas por câmeras da rua] que me foram mostradas são de uma agressão que, em tese, justificaria a legítima defesa", disse. "Não acho que são manifestantes quem anda com estilete, com materiais supostamente explosivos, com bolinhas de gudes, e outros instrumentos que servem muito mais para agressão." O comandante geral da Polícia Militar, Benedito Meira, também saiu em defesa dos policiais e disse que a versão apresentada por eles é compatível com as imagens gravadas. A conduta deles, porém, é investigada pela Corregedoria da corporação. "Os PMs foram ouvidos pela Corregedoria separadamente. Se houvesse incompatibilidade, teríamos identificado e o delegado também teria autuado os PMs em flagrante", disse àFolha. Já o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, foi cauteloso ao comentar o caso. "Ninguém pode fazer pré-julgamento. Se houver violência [policial], tem de haver punição, para isso existe apuração", afirmou. Cardoso disse que acompanha as manifestações. "Defendemos a liberdade de manifestação, mas não podemos aceitar vandalismo". | |
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