Alerta Total |
- Dilma fica PT da vida com “aliados” pela campanha pró Eduardo Cunha e pela queda do Decreto 8243
- Blá-blá-blá da Dilma
- A urna eletrônica é segura?
- Eleições e Urnas Eletrônicas
- Apenas um vagabundo
- XX Congresso do PCUS
Posted: 29 Oct 2014 02:27 AM PDT
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
A previsível crise política do segundo mandato já atinge Dilma Rousseff em cheio. Dando um recado contra a “reforma goela abaixo do Congresso, a Câmara aprovou ontem a proposta que suspende o famigerado decreto 8243 – que regulamenta os “conselhos populares”. Se o clima de rebeldia se confirmar no Senado, Dilma pode ficar seu sua Política Nacional de Participação Social – considerada fundamental para a hegemonia do regime nazicomunopetralha, dando um drible no parlamento e controlando decisões políticas através da manipulação de segmentos organizados da sociedade.
Outra implacável derrota sofrida pela “vencedora” Dilma será a decisão de hoje, do PMDB, de lançar seu líder Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados. Dilma é inimiga pessoal do deputado Cunha – que fez campanha escancarada para Aécio Neves e lidera a rebeldia contra o PT dentro do PMDB. Ontem, Eduardo Cunha bancou uma festança para recepcionar os novos deputados eleitos, promovendo um tático congraçamento com os que continuam. O Palhaço do Planalto não achou graça nenhuma na declaração de guerra antecipada por Eduardo, que rapidamente criticou a tal reforma política que Dilma quis impor, via plebiscito ou referendo.
Além da crise com a base aliada, o final melancólico do primeiro desgoverno Dilma teve outro componente de desgaste. No momento em que Dilma tenta se vender como “o Coração Valente contra a Corrupção e a impunidade”, fatos coincidentes confirmam que o País desgovernado por ela vai na contramão da moralidade. O Ministro Luiz Barroso, do Supremo Tribunal Federal, concedeu a liberdade técnica para José Dirceu. O condenado no Mensalão a 7 anos e 11 meses de prisão já pode cumprir o resto da pena em “prisão domiciliar”. Já que Dirceu fez um curso de Direito Constitucional à distância, enquanto esteve na cadeia, ganha mais credenciais ainda para colaborar, do conforto do lar, com o segundo mandato da Dilma...
Outro deboche contra a moralidade no Brasil foi a decisão da Justiça da Itália (lugar que ama pizza como nós) de não extraditar e ainda libertar o mensaleiro Henrique Pizzolato. Condenado há 12 anos e sete meses de prisão, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil fugiu do País em setembro de 2013 para não ser preso e, segundo ele, “não ser morto”. Acabou engaiolado na Itália, por ter fugido com o passaporte falso em nome de seu irmão Celso Pizzolato (morto no ano de 1978). Pizzolato vai morar na casa do sobrinho, em Maranello, enquanto o governo brasileiro faz a encenação de que apelará à Corte de Cassação em Roma contra a decisão da Corte de Apelações do Tribunal de Bolonha.
Pelo menos nesse caso, Dilma poderá tirar uma onda de que sua gestão está mantendo distância da corrupção, já que Pizzolato continuará bem longe do Brasil. Ainda poderá comemorar uma decisão de respeito aos direitos humanos (que ela alega sempre defender), pois a Justiça italiana decidiu que Pizzolato não poderia ser devolvido diante das más condições das prisões brasileiras, do estado de saúde dele e, acima de tudo, por ele ter cidadania italiana. Pizzolato, que seria um arquivo vivo sobre os esquemas no Banco do Brasil, ainda investigados pelo Ministério Público Federal, deverá manter seu silêncio até o dia do juízo final...
Perdendo o timming econômico
Reeleita, Dilma Rousseff já está perdendo o timming para escolher o ministro da Fazenda para o lugar do Guido Mantega que ela, tecnicamente, demitiu durante a campanha.
O mercado de especulação já lista oito nomes que podem substitituí-lo: Aloísio Mercadante, Luiz Trabuco, Nelson Barbosa, Otaviano Canuto, Luciano Coutinho, Josué Alencar, Joaquim Levy e até o desafeto-mor de Dilma, Henrique Meirelles.
Enquanto demora para decidir este pepino, Dilma deveria lembrar que é a crise econômica quem desgasta e derruba um governo – e não as denúncias à rodo de corrupção...
Punição de mentirinha no Mensalão
Dirceu ganhou o mesmo benefício já estendido pelo STF a José Genoíno, ex-presidente do PT, a Delúbio Soares, ex-Tesoureiro do partido, a Jacinto Lamas, ex-Tesoureiro do PL (atual PR), e ao ex-deputado Bispo Carlos Rodrigues (membro da cúpula da Igreja Universal do Reino de Deus).
Agora, o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR) quer o mesmo “direito” de cumprir o resto da pena em casa, pois já está trabalhando em um restaurante para reduzir a pena de 7 anos e dez meses.
Em 30 de janeiro, o ex-deputado João Paulo Cunha também deverá passar do regime semiaberto para o aberto, apesar de condenado a seis anos e quatro meses de prisão.
Só Marcos Valério, obrigado a um silêncio obsequioso, não deve estar gostando de ficar preso como o grande bode expiatório do Mensalão...
Luta de classes
Pior que saber que Dirceu nem um ano ficou na cadeia é ouvir o discurso estilo “luta de classes” do ministro Barroso, justificando sua decisão:
“A maior crítica que eu faria ao sistema é a de que ele é particularmente duro com os pobres e relativamente manso com os ricos. É muito mais fácil no Brasil prender um menino de 18 anos com cem gramas de maconha do que condenar um agente público, ou um empresário que tenha cometido uma fraude de R$ 1 milhão. A Justiça brasileira ainda corporifica um sistema de classes”.
O Supremo magistrado também admitiu que existe uma deficiência no sistema que, por vezes, beneficia o condenado:
“Posso achar menos bom do que o desejável, mas essa é a opção de um país que tem que investir recursos em educação, em saúde, em transporte, em saneamento. Não é que o sistema seja leniente, o sistema corresponde à capacidade econômica do país neste momento. Está longe de ser o ideal, mas talvez seja o sistema possível. O que não se pode é imputar à Justiça escolhas feitas pela sociedade brasileira. A sociedade e os seus representantes editaram uma legislação nessa linha. Não cabe ao juiz tratar desigualmente as pessoas porque a sociedade tem particular antipatia por um réu ou por outro réu”
Em resumo: quem tem coragem de dizer que o crime não compensa no Brasil?
Derrota interpretada
O deputado baiano Lúcio Vieira Lima (PMDB) foi quem muito bem interpretou a derrota do governo no Decreto 8243:
“Essa derrota é educativa. É para mostrar que o discursos do diálogo, de conversa com o Congresso Nacional, não pode ficar só na teoria, tem que acontecer na prática”.
Ou seja, a tal base aliada tem certeza de que o diálogo com Dilma é missão impossível...
Aparelhamento
A Política Nacional de Participação Social (PNPS) é um drible no Congresso, pois delega as decisões políticas para as tais “estruturas de participação” (onde os segmentos nazicomunopetralhas têm hegemonia).
O Decreto 8243 obriga órgãos da administração direta e indireta a criarem estruturas de participação social:
Conselhos de políticas públicas; comissão de políticas públicas; conferência nacional; ouvidoria pública federal; mesa de diálogo; fórum interconselhos; audiência pública; consulta pública; e ambiente virtual de participação social.
Para o espaço
Foi literalmente “para o espaço” um experimento sobre o comportamento da irrigação do cérebro e do coração, em ausência de gravidade, que ajudaria no combate ao Mal de Parkinson.
Esse foi apenas um dos prejuízos com a explosão do foguete Antares que levaria a cápsula Cygnus com 2,5 toneladas de suprimentos e experimentos para a Estação Espacial Internacional.
A Nasa TV transmitiu ao vivo as imagens do acidente – que só não teve maior impacto pela falta de vítimas: a missão não era tripulada.
Voltando como um foguete...
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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 29 de Outubro de 2014. |
Posted: 29 Oct 2014 02:24 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Mtnos Calil
Ela continua com a conversa da campanha eleitoral.
Por que? Porque não tem o que mudar.
As prioridades da Presidenta são:
· Resgatar a confiança do empresariado.
· “Dialogar” com todo o mundo para se chegar a acordos bi-laterais (?) que sirvam de simulacro para pseudo-consensos. (a “união” pelo desenvolvimento do Brasil...)
· Manter, e se possível aumentar, os benefícios sociais assistencialistas.
· Controlar a inflação.
· Recuperar o crescimento do PIB a partir de 2016, mas discretamente.· Negociar uma reformasinha política que não comprometa seriamente os interesses dos políticos.
· Ficar alerta com a investigação da Petrobrás.
Mais alguma coisa?
O Banco Central? O Ministério da Fazenda? Agora depois de eleita, fará o que o sistema exigir – ou melhor “demandar” para assim facilitar a eleição de Lula em 2018 se na ocasião ele tiver saúde para tanto. Lula se manteve no poder graças a Henrique Meirelles, que poderá voltar. O presidente do Bradesco também está sendo cogitado. Mas Maquiavel recomendaria um nome não tão marcadamente “sistêmico”, para acalmar as correntes esquerdistas do PT.
O nosso sistema político está esgotado. As reformas estruturais que o Brasil precisa serão devidamente “cozinhadas”.
Se tiver paciência (26 minutos) para conferir o “blá-blá-blá”, veja a entrevista que a Presidenta deu ao jornalista Ricardo Boechat da Band:
Mtnos Calil, Psicanalista, é Presidente do Instituto Mãos Limpas Brasil. Em campanha permanente contra todas as formas de engano e auto-engano.
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Posted: 29 Oct 2014 02:22 AM PDT
A verdade sobre as urnas, segundo Amilcar Brunazo
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Hélio Duque
“Eu sei em quem votei, eles também, mas só eles sabem quem recebeu meu voto.” Engenheiro e professor titular da Escola Politécnica da USP (Universidade de S.Paulo), Walter Del Picchia, expressa sua preocupação com a vulnerabilidade da urna eletrônica. Na verdade um computador que armazena votos durante as eleições. Notáveis especialistas em informática não depositam confiabilidade absoluta no sistema. Entendem que as urnas eletrônicas são veículos passíveis de fraudes de quase impossível descoberta. Daí defenderem que deveriam estar acopladas a uma impressora que armazenariam os votos em listagem. A impressão da cópia do voto é negada aos brasileiros votantes.
O advogado carioca Luiz Roberto Nascimento e Silva, ex-ministro de Estado, é resistente às urnas eletrônicas. Ele indaga: “Serão as economias mais desenvolvidas de EUA, França, Alemanha e Japão países atrasados por continuarem a se utilizar de processos históricos tradicionais de apuração? Os Estados Unidos são o país com maior domínio e criatividade na informática e uma nação da qual não se duvida de seus propósitos democráticos.”
O Ministério Público Federal de São Paulo considera que o sistema de votação eletrônica não pode garantir o sigilo do voto e a integridade dos resultados eleitorais. O procurador Pedro Antonio Machado, aponta em investigação preliminar que as urnas eletrônicas submetidas a teste de segurança apresentaram fragilidades para garantir o caráter secreto do voto. Pesquisadores da Universidade de Brasília, em documento encaminhado ao MPF aponta vulnerabilidade na programação usada nas urnas eletrônicas com “efetivo potencial para violar a contagem dos votos”.
O desembargador Ilton Dellandréa, juiz eleitoral aposentado, do Rio Grande do Sul, tem opinião clara sobre o sistema. “Por ser programável pode sofrer a ação de maliciosos que queiram alterar resultados em seus interesses e modificar o endereço do voto com mais facilidade do que se inocula um vírus no seu micro via internet. Há várias formas de se fazer isto. Por exemplo: é possível introduzir um comando que a cada cinco votos desvie um para determinado candidato mesmo que o eleitor tenha teclado o número de outro.”
“Fraudes e Defesas no Voto Eletrônico”, importante livro de autoria do engenheiro Amilcar Brunazo Filho, especialista em segurança de dados em computador e da advogada Maria Aparecida Cortez, procuradora de partidos políticos, com clareza meridiana comprovam como o processo eleitoral brasileiro pode ser fraudado, através as urnas eletrônicas.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral), desde 2006, não oferece mais a outros países a tecnologia das urnas eletrônicas brasileiras. Na América Latina, Equador e Costa Rica rejeitaram. O Paraguai utilizou parcialmente por um tempo, a partir da eleição de 2008, por falta de segurança, o uso da urna eletrônica foi proibida no país. Na Alemanha, em março de 2009, a Corte Constitucional Federal vetou o sistema eletrônico por não atender a independência do software em sistemas eleitorais.
No Brasil, muitos especialistas em informática acreditam que as urnas eletrônicas são veículos que podem levar a fraude de difícil descoberta. No curto prazo, a impressão do voto aumentaria muito a transparência e confiança agregada à auditabilidade no original sistema brasileiro das urnas eletrônicas.
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Posted: 29 Oct 2014 02:20 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Marcos Coimbra
O resultado das eleições de 26 de outubro agravou sobremodo a inquietação dos brasileiros comprometidos com a consecução dos Objetivos Nacionais Brasileiros: Integração Nacional, Integridade do Patrimônio Nacional, Democracia, Paz Social, Soberania e Progresso.
Infelizmente, a vitória apertada por pouco mais de 3.400.00 votos em um universo de cerca de 142 milhões de eleitores, com 21,09% de abstenções e cerca de 7.200.000 votos nulos e em branco (em torno de 36 milhões de eleitores praticaram o “não voto”) provoca a inevitável conclusão de que o país está dividido e com uma grande parcela de eleitores desinteressada em expressar sua vontade. É tarde para pregar a união, após a carnificina constatada nos dois turnos. Lideranças históricas do PMDB, o grande fiel da balança, foram duramente derrotadas e algumas até cruelmente traídas, como o líder do governo no Senado Eduardo Braga no Amazonas, o líder do PMDB no Senado Eunício Oliveira no Ceará e o Presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves no Rio Grande do Norte.
Em 11 de março escrevemos um artigo neste espaço sob o título “Cuidados com a Apuração Eletrônica”, em que realçamos a precariedade da forma de apuração eletrônica empregada na contagem dos votos nas eleições realizadas no país, devido principalmente à vulnerabilidade do sistema empregado, de primeira geração, bem como a impossibilidade na prática de haver a recontagem de votos, na forma abaixo.
A imprensa anunciou que, no dia 10.12.13, foi apresentado um caminho para fraudar o resultado das eleições para mais de 100 pessoas que lotaram o auditório da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Rio de Janeiro (SEAERJ), no decorrer do seminário "A urna eletrônica é confiável?". Acompanhado por um especialista em transmissão de dados, Reinaldo Mendonça, e do delegado Alexandre Neto, um jovem hacker de 19 anos, identificado apenas como Rangel, mostrou como, através de acesso ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a responsabilidade técnica da empresa Oi – interceptou os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores da Justiça, modificou resultados beneficiando candidatos em detrimento de outros – sem nada ser oficialmente detectado.
"A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada", explicou Rangel, ao detalhar em linhas gerais como atuava para fraudar resultados.
O depoimento do hacker foi chocante até para os palestrantes convidados para o seminário, como o jornalista Osvaldo Maneschy, coordenador e organizador do livro Burla Eletrônica. Rangel, que está vivendo com proteção policial e já prestou depoimento na Polícia Federal, declarou aos presentes que não atuava sozinho: fazia parte de pequeno grupo que, através de acessos privilegiados à rede de dados da Oi, alterava votações antes que elas fossem oficialmente computadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Ocorre que estava previsto o retorno da impressão do voto eletrônico, a partir das eleições de 2014, porém no dia 6 de novembro de 2013, o Supremo Tribunal Federal aplicou um golpe mortal na incipiente democracia brasileira ao julgar inconstitucional o Artigo 5º da minirreforma eleitoral de 2009, que estabelecia o voto impresso nas eleições, acompanhando o voto da relatora ministra Cármen Lúcia.
Por unanimidade dos presentes, os ministros entenderam que a norma viola o segredo do voto do eleitor. De acordo com a regra, a partir das eleições de 2014, após a confirmação final do voto pelo eleitor, a urna eletrônica imprimiria um número único de identificação do voto associado à sua própria assinatura digital. A ideia era que os votos impressos ajudassem nas auditorias sobre o funcionamento das urnas eletrônicas, uma vez que seriam um parâmetro de conferência para os boletins de urna.
O jornalista Osvaldo Maneschy declara que nossas urnas eletrônicas são "equipamentos ultrapassados de uso proibido nos Estados Unidos, na Holanda (onde foram inventadas), na Bélgica, na Alemanha e no resto do mundo - porque foram substituídas por modelos de 2ª geração, que imprimem o voto; ou de terceira geração, mais modernas ainda, que além de imprimirem o voto, registram digitalmente o mesmo voto, criando uma dupla proteção de que a vontade do eleitor - soberana - será respeitada".
O projeto de impressão do voto foi do senador Roberto Requião e culminou com a Lei 10.408/02 que, apesar das alterações, previa a necessária impressão. O maior especialista brasileiro no tema, Engenheiro Amilcar Brunazo Filho afirma que na citada Lei consta que “a máquina de identificar do eleitor não poderá ter nenhuma conexão com a urna eletrônica (que colhe e imprime o voto), então simplesmente será impossível para a urna imprimir a identidade (como nome, número, assinatura etc.) do eleitor no voto, inviabilizando qualquer identificação de quem votou, em oposição ao alegado".
Desta forma, será impossível a verdadeira auditagem do resultado das eleições, em caso de suspeita de fraude, como acontece hoje em dia, sujeitando-nos a uma verdadeira “caixa preta” na hora da apuração.
Estranhamente a “oposição” aceitou o resultado sem contestação.
Marcos Coimbra, Economista, é Professor, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano. Correio eletrônico:mcoimbra@antares.com.br
Página: www.brasilsoberano.com.br
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Posted: 29 Oct 2014 02:17 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Milton Pires
Quando eu discuti com uma colega de trabalho (médica) por causa da conduta técnica em relação a uma paciente e dela recebi um encontrão, a primeira coisa que o Grupo Hospitalar Conceição “do B” aqui em Porto Alegre fez, além de me afastar, foi argumentar que havia contra mim uma queixa na “Delegacia da Mulher”. Quando, como cidadão e eleitor, chamei a “presidenta” Dilma daquilo que merecia nas redes sociais, além das ameaças de morte, tive que ler de pessoas que sequer conheço que “jamais consultariam com um médico assim”.
Não é preciso, meus amigos, ser muito inteligente para imaginar que falta agora a essa gente fazer uma acusação contra mim por “eu ter matado meu cachorro” ou “cortado uma árvore na frente da minha casa”. O que quero dizer com isso? Quero afirmar que existe, dentro da sociedade brasileira, um tipo de discurso do qual os marginais mensaleiros se tornaram proprietários – aquele da “correção política”. Nada mais perfeito do que um médico (que simplesmente por ser médico já “deve odiar pobres”) bater em mulher, matar animais e cortar árvores, não é mesmo? Esse tipo de sujeito é o estereótipo das “classes dominantes” que o PT precisa manter vivo no inconsciente da população.
Depois da “vitória” de Dilma nas eleições do último domingo, começou a circular pelas redes sociais um tipo de comentário que muito tem me deixado preocupado. São críticas ferozes em relação aos brasileiros do nordeste do país e incitações à separação dos demais estados da federação daquela região. Nada, nesse momento, pode ser mais conveniente ao marginais do PT! Isso vem como um presente, como um convite certo a mais críticas ainda “ao preconceito”..a “xenofobia” e outras palavras que esses animais tem sempre na ponta da língua para atacar seus opositores.
Todo cuidado, pois, nessa hora para que discurso algum seja feito contra negros, nordestinos, gays, ateus ou qualquer segmento da população brasileira identificado pelos bandidos do poder como “minorias”. O partido religião roubou dessas pessoas o direito de falar em nome próprio. Acredita ele, partido, ser o porta-voz de toda essa gente e ter uma espécie de direito adquirido ao seu voto e capital eleitoral em qualquer pleito. Toda discurso de oposição que se destina a colocar o PT na ilegalidade deve ser feito no sentido de demonstrar sua ligação com o Foro de São Paulo, com o narcotráfico, com a ligação de Dilma e Lula com o escândalo da PETROBRÁS e com os indícios, cada vez mais fortes, da gigantesca fraude nas urnas eletrônicas usadas no último dia 26. Devemos lembrar que preside o Tribunal Superior Eleitoral um advogado petista que não teve sequer, durante sua vida, a competência necessária para passar num concurso para juiz.
Meus amigos, é importante não dar “munição ao PT”. Um vagabundo petista não é assim definido por ter votado no PT ou por ter se beneficiado pelo bolsa família no interior do Piauí mas sim pelo fato de tomar café com Chico Buarque (esse sim, um farrapo humano que negou sua história) em Paris defendendo esse tipo de coisa sem precisar dela. Ele não é vagabundo por ter votado na Dilma, por causa do lugar onde nasceu, por causa da cor da pele ou do comportamento na cama. Ele o é quando estudou, conhece e apoia um partido associado ao crime organizado que quer transformar o Brasil numa gigantesca Cuba ou numa pequena China...Ele é marginal e não merece respeito por celebrar uma força política ligada ao Foro de São Paulo que tentou, e ainda continuará tentando, comprar o Congresso Brasileiro inteiro.
O vagabundo petista não é vagabundo por ser ateu, lésbica ou gay...não é um farsante por ser analfabeto ou precisar de cotas para entrar na universidade. Ele é um bandido diferenciado que apoia uma ideologia genocida que matou mais cem milhões de pessoas durante o século XX. Por favor não adjetivem um vagabundo petista com nenhuma outra palavra. Não ataquem minorias nem desprezem regiões inteiras do Brasil por causa de resultados eleitorais que sequer sabemos se são verdadeiros. Não elaborem fantasias nem construam hipóteses a respeito do vagabundo petista nem chamem de vagabundos os milhões de brasileiros que votaram nesses marginais.
O verdadeiro petista não é nada de mais...não existe nele acidente capaz de modificar a sua mais pura substância. O petista não precisa de nada daquilo que vende para que alguém vote nele e ele mesmo sequer precisaria votar nessa imundície chamada PT. Ele não depende daquilo que prega para sobreviver e não passa de um simples estelionatário que guardou na cabeça alguns slogans dos anos 60. Um vagabundo petista não é nada mais do que isso – apenas um vagabundo..
Dedicado aos bons vagabundos brasileiros...Eles não merecem ter petistas entre eles.
Milton Simon Pires é Médico.
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Posted: 29 Oct 2014 10:57 AM PDT
Camarada Stalin, no vídeo do XIX Congresso, realizado em 1952,
“O que era insuportável não era o fato de Stalin ter sido um tirano e nem saber que Trotski esteve a soldo da Gestapo, ou que Bukharin organizou sabotagens e crimes terroristas. O que era insuportável era ter vivido à luz glacial dessa crença esquizofrênica, numa divisão aberrante e castradora da consciência moral e teórica” (Jorge Semprun, escritor, que foi militante do PC Espanhol, ex-prisioneiro em Buchenvald).
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja
Muito tinta já foi gasta escrevendo sobre o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) que condenou a política e os erros de Stalin na condução da pátria do socialismo. No entanto, acreditamos que nem tudo tenha sido dito ou, pelo menos, da forma que abaixo será exposta.
Nesse Congresso – realizado de 14 a 25 de fevereiro de 1956 - o discurso secreto de Nikita Kruschev, pronunciado no último dia, denunciando os crimes de Stalin, foi também um ato de arrependimento pessoal, uma vez que ele havia sido um estreito colaborador do ditador nos anos 30. Comunistas poloneses passaram o texto à Inteligência de Israel que logo o repassou para a CIA. Esta, por sua vez, através do Departamento de Estado, o deu ao New York Times que o publicou na íntegra.
Pode ser deduzido que, ao atacar Stalin e, por extensão, a suposta infalibilidade do Partido Comunista, Kruschev, sem se dar conta, minou os fundamentos do regime soviético e do comunismo no mundo.
Na realidade, o Informe continha poucas coisas que já não fossem conhecidas e que não tivessem sido denunciadas. As torturas, as “confissões” e os assassinatos dos anos 30, a deportação de povos inteiros após a II Guerra Mundial, a paranóia que gerou a noção de “inimigos do povo” e a constante fabricação publicitária de “centros anti-soviéticos” que deveriam ser exterminados, foram descritas e denunciadas por Kruschev.
Mas o que ficou em evidência foi que, a partir de então, não se poderia impedir que esse discurso se convertesse no primeiro precedente de uma nova etapa na qual seria impossível atribuir somente aos “contra-revolucionários trotskistas” ou à “burguesia internacional” a denúncia da era stalinista.
O texto abaixo é irônico. Foi escrito por Jorge Semprun, membro do Comitê Central do Partido Comunista Espanhol, expulso do Partido em 1964 por ter – como ele mesmo diz –“resolvido passar a pensar com a própria cabeça”. Jorge Semprun esteve preso no campo nazista de Buchenvald, sendo libertado ao final da guerra, em 1945. Aliás, libertado não. Ele simplesmente saiu do campo, pela porta principal, pois os guardas já haviam fugido em face de aproximação das tropas aliadas.
Escreveu Jorge Semprun sobre o XX Congresso do PCUS:
“Podemos imaginar a cena:[*]
O XX Congresso foi realizado em uma grande sala do Kremlin. Podemos facilmente imaginar a média de idade dos delegados, as roupas que usavam. Aliás, para a média de idade não precisamos imaginar; temos os dados numéricos. Sabemos muito bem que o sistema político russo é um despotismo gerontocrático. Mas essa característica do sistema não resulta do fato de Stalin ou Brejnev terem lido Platão, oh, não, de modo algum! Provém de uma exigência sociológica interna. Os dados numéricos confirmam essa afirmação.
Em fevereiro de 1956, no XX Congresso do PCUS, segundo o relatório apresentado por Aristov em nome da comissão de mandatos, 79,7% dos delegados tinham mais de 40 anos, dos quais 55,7% tinham de 40 a 50 e 24% mais de 50 anos. Isso quer dizer que a imensa maioria dos comunistas presentes ao XX Congresso tinha pelo menos 20 anos no momento em que foi iniciado o terror contra o próprio partido. No momento em que Stalin colocou Iejov à frente da NKVD (já viram um retrato de Iejov? Já contemplaram o seu rosto atormentado, o olhar insano, o ar de quem saiu diretamente dos Possessos de Dostoievski?) para liquidar os termidorianos que estavam no poder e recuperar os 4 anos de atraso sofridos pelos organismos de segurança, segundo Stalin, na luta contra osinimigos do povo.
O terror, portanto, não pertence à pré-história, para esses homens e mulheres de idade madura, reunidos à noite, para uma sessão especial a portas fechadas, na grande sala do Kremlin. Eles devem recordar, sem dúvida. O terror faz parte da história deles, da sua experiência adulta. Além do mais, se acreditarmos nos números apresentados por Aristov, quase 70% deles haviam aderido ao partido a partir de 1931. A maior parte dos delegados, portanto, não só havia atingido a idade adulta, a idade do homem, no momento em que o terror de Stalin se voltava para as próprias instituições e elites da nova sociedade de exploração, entre as quais começava a despontar o horizonte do Termidor, mas essa maioria de delegados havia aderido ao PCUS precisamente nessa época.
Estavam lá, portanto, na grande sala do Kremlin, silenciosos, abatidos, alguns perdendo os sentidos, outros chorando lágrimas de sangue ao escutar o relatório atribuído a Kruschev. Estavam lá os homens e as mulheres que haviam aderido ao partido de Stalin, para preencher os vazios abertos por ele com o ferro em brasa da repressão.
Estavam lá os homens e as mulheres que haviam ajudado Stalin a estabelecer o seu poder absoluto, no sentido literal do termo, isto é, absolutamente independente de toda determinação, mesmo em última instância (oh, íntegros doutores da fé marxista), pela economia, pelas estruturas de classe da nova sociedade russa. Pois o poder pessoal de Stalin foi, sem dúvida, um dos instrumentos dados à nova classe dominante para instaurar o seu domínio – se me perdoarem esta expressão contemporânea, cortando rente os tecidos sociais, na multiplicidade heterogênea dos fatores históricos, pois é evidente que a classe é um conceito mais ou menos operacional, e que os conceitos, mesmo os mais operacionais, não se apossam de nenhum instrumento e não instauram nenhuma dominação a não ser para a necessária, não é preciso dizer, reconstrução histórica, pelos homens, de sua própria história; mas, tendo dito isso, repitamos que o poder pessoal de Stalin, instrumento da nova classe dominante, tornou-o relativamente autônomo no final dos anos 30.
E o sinal mais evidente dessa autonomia foi a capacidade de desencadear contra essa burocracia, da qual ele mesmo se originou e a qual representou durante um período histórico, a repressão pelo sistema de ondas sucessivas e ininterruptas de terror, não somente a submissão devota da burocracia mas também a mobilidade social no interior da mesma, pela destruição e reconstituição permanentes e disfuncionais da elite.
Em suma, foi o terror que assegurou, a partir de certo momento, a circulação dos postos, dos valores e das gratificações sociais dentro da burocracia. E o fim desse período, o fim do terror como motor exógeno e mortífero do desenvolvimento da burocracia, foi o que Kruschev anunciou a todos aqueles homens e a todas aquelas mulheres, na famosa noite de fevereiro de 1956, numa sessão a portas fechadas do XX Congresso. Dali em diante, anunciou ele uma nova racionalidade, que não seria aquela, aberrante e imprevisível do poder absoluto e particular de Stalin, mas a dos interesses gerais de sua classe – a palavra não seria mais pronunciada, naturalmente.
Só se falaria dos interesses do Povo, da Nação, do Estado russo -, presidiria a distribuição dos privilégios e prebendas, o estabelecimento das relações de força e de poder. Eis a mensagem desse relatório secreto, mensagem completamente compreensível para a centena de delegados vindos das profundezas glaciais da história russa.
Podemos imaginar a cena, sem dúvida.
Nikita Kruschev já estava na tribuna. Martelava suas frases. Gritava, por momentos, e sua voz tremia nos agudos. Despejava verdades monstruosas umas depois das outras. Mas essa voz aterrorizante que descobria a náusea da memória de todos, não era, desta vez, a voz didática e monótona de um Pai todo-poderoso e remoto, inacessível. Era a própria voz de todos ali. Nikita Sergheievitch era um deles, e as centenas de homens e mulheres reunidos nessa ocasião sinistra e solene podiam identificar-se com ele. Como ele, haviam contribuído para derrotar todas as oposições. Como ele, haviam derrotado o próprio partido. Como ele, haviam cantado louvores a Stalin.
Muitos deles, sem dúvida, haviam assistido ao XVII Congresso do PCUS, em março de 1939. Lembravam-se, talvez, de que Kruschev já havia subido à tribuna, no dia 13 de março de 1939, para falar nos sucessos do comunismo na Ucrânia. Talvez se lembrassem das palavras de Nikita Sergheievitch, naquele dia longínquo de 1939, no momento exato em que a guerra na Espanha terminava em sangue, derrota e confusão, por causa, principalmente, da nefasta política de Stalin, cegamente posta em prática pelos conselheiros do Komintern e pelo grupo dirigente do Partido Comunista Espanhol. “Esses sucessos não se produziram espontaneamente”, declarara Kruschev no XVIII Congresso, “foram conquistados no combate contra os inimigos da classe operária e dos camponeses, contra os inimigos de todo o nosso povo, na luta contra os agentes dos serviços de espionagem fascistas, contra os trotskistas, os bukharinistas e os nacionalistas burgueses”.
Lembravam-se, talvez, pelo menos alguns deles, da conclusão do discurso de Kruschev em março de 1939: “Viva o maior gênio da humanidade, o Mestre, o Chefe que nos conduziu vitoriosamente para o comunismo, nosso querido Stalin!”
Eles se lembravam do querido Stalin, sem dúvida. Tremiam, ainda, retrospectivamente, com um horror respeitoso e tímido”.
[*] Do livro “Um Belo Domingo”, Jorge Semprun, editora Nova Fronteira, 1980.
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