sábado, 25 de outubro de 2014

Delação de doleiro, sobre Lula e Dilma saberem de tudo na Petrobras, abre espaço para impeachment

A cara de pau dessa cínica é impressionante. Dizer que a Veja não tem provas é uma piada.



Alerta Total


Posted: 24 Oct 2014 06:24 AM PDT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Não importa se é verdadeiro ou falso o teor do depoimento do doleiro Alberto Youssef, feito na terça-feira passada e repercutido pela revista Veja, revelando que Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sabiam de tudo sobre os esquemas de corrupção na Petrobras. Qualquer bebê de colo sabe que nada é decidido de importante na estatal de economia mista sem passar pelo crivo do acionista majoritário, a União, cujo representante máximo é o Presidente da República.

O raciocínio é simples e objetivo. Se Dilma realmente não sabia de nada (o que parece improvável), merece ser punida como gestora omissa e ”incompetenta”. Se sabia (o que é mais verossímil), deve ser financeiramente responsabilizada pelos prejuízos à Petrobras. Caso perca seu emprego no domingo, o destino lhe será fatal. Caso vença a reeleição, não terá condições de continuar governando sob suspeita. Dilma já é passível de Impeachment (processo que depende do Congresso). Seu mentor – agora apelidado nas redes sociais de $talinácio ou Luiz Hitler da Silva – também deve acertar as contas com a Justiça.

O fato objetivo é que a revelação de Youssef (que rima com Rousseff) fatalmente será usada contra a Presidente em duas etapas. Logo mais à noite, no debate final da Rede Globo, e, com ela vencendo ou ganhando, em processos judiciais no Brasil e nos Estados Unidos. Antes de ser presidenta, Dilma presidiu o Conselho de Administração da Petrobras na época em que as safadezas reveladas pela Operação Lava Jato prosperaram. Investidores internacionais da Petrobras – e autoridades judiciais e fiscalizadoras do mercado de capitais nos EUA – levarão diretores e conselheiros (autuais e passados) da empresa às barras dos tribunais. Condenações podem gerar multas milionárias e até cadeia.

Sabiam de tudo


Tudo pode acontecer. As pesquisas devem errar novamente – a não ser que a numerologia delas sirva para coincidir com alguma conta de chegada montada na base da fraude eleitoral. Na realidade, o jogo continua aberto. Um fenômeno inesperado, sob a qual as máquinas partidárias não têm controle, pode decidir o segundo turno da eleição presidencial no domingo que vem. Eleitores que votariam em branco ou anulariam o voto, porque não aprovam nenhum dos candidatos, ensaiam uma ação pragmática de protesto: votar em Aécio (na cabeça deles o menos pior) para derrotar a corrupção, a incompetência administrativa e o autoritarismo - características cristalizadas na imagem de Dilma Rousseff. A tal voz rouca das ruas já começa a urrar mais alto contra o PT.

Não resta dúvida: a maior obra do desgoverno nazicomunopetralha foi a degradação moral das instituições brasileiras. Estamos próximos da Perda Total. O resultado eleitoral de domingo pode agravar a situação que já é péssima. Dilma não tem mais condições morais de continuar governando. O problema é que o eleitorado, rachado, pode cometer a besteira de reelegê-la. O prejuízo da decisão errada será socializado entre esclarecidos e idiotas. Os canalhas, sempre se locupletando, se divertem.

Enfim, o azar está lançado. Se o Brasil tiver sorte, Dilma perde. Do contrário, é só aguardar a tempestade. Depois dela, com certeza, não vem a bonança, mas sim a ambulância...

Revelação-Bomba


A reportagem da Veja inviabiliza a governabilidade e tem tudo para comprometer a reeleição de Dilma.

Perguntado sobre o nível de comprometimento de autoridades no esquema de corrupção na Petrobras, o doleiro Youssef teria afirmado:

— O Planalto sabia de tudo!

Indagado pelo delegado que colhia o depoimento a quem ele se referia, no fato de saber de tudo, Youssef teria respondido, sem poupar nomes:

— Lula e Dilma.

Sentando na vara


Dilma ainda tem direito a foro privilegiado e só pode ser denunciada pelo Procurador Geral da República.

Já Luiz Inácio Lula da Silva não tem foro privilegiado, e tem tudo para acabar enrolado em um dos processos do juiz Sérgio Fernando Moro, conhecido como “o Homem de Gelo”.

Lula tem grandes chances de sentar na 13ª Vara Federal de Curitiba como futuro réu, caso o depoimento de Youssef se confirme.

Antecedente

O doleiro Youssef já tinha citado Lula em depoimento prestado à Justiça Federal no dia 8 deste mês.

Revelou que Lula teve que ceder aos políticos de partidos acusados de participar das fraudes na Petrobras e empossou Paulo Roberto Costa na diretoria de Abastecimento:

"Tenho conhecimento que, para que o Paulo Roberto Costa assumisse o posto, esses agentes trancaram a pauta no Congresso por 90 dias. Na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou louco e teve de ceder e empossar Paulo Costa na diretoria de Abastecimento".

Youssef também enrolou nos escândalos o tesoureiro petista João Vaccari Neto.

Programa de ricaço

Luiz Inácio Lula da Silva vive seus momentos de altos e baixos.

Ontem, xingou e detonou Aécio Neves em comício pró-Dilma no calçadão de Alcântara, em São Gonçalo.

Mas a noite foi glamourosa, dormindo na suíte “penthouse”, apelido da cobertura luxuosa, de 300 metros quadrados, no sexto andar do Copacabana Palace – um dos hotéis mais luxuosos do mundo.

Neste espaço, Lula deve fazer um "treinamento" hoje à noite com Dilma, para o debate desta sexta-feira, na Rede Globo.

Pesquisas duvidosas


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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.


A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Segunda Edição do Blog Alerta Total de 22 de Outubro de 2014.
Posted: 24 Oct 2014 02:36 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

A gorda pode se fazer de muito inteligente e esperta, mas lhe falta educação.

Fala mal o português, não conhece as palavras mágicas (por favor e  muito obrigada) e tem ódio da burguesia.

Assim, em proposital ignorância, segue a cartilha do mal que seus assessores recebem da oligarquia financeira mundial, chamada de Nova Ordem Mundial.

Derrotado Napoleão, a Inglaterra entrou num período de hegemonia inconteste no mundo. Passados mais de sessenta anos, as elites começaram a estudar uma forma de perpetuar o seu domínio ao menor custo possível.

Inspiradas no general romano Fábio, chamado o contemporizador (Cunctator), extraordinário estrategista que obtinha seus triunfos com mínimas perdas, fundaram a Sociedade  Fabiana para altos estudos geopolíticos.

Esta gerou centenas de braços operacionais. O mais perigoso é o Instituto Tavistock destinado a estudos psicossociais de manipulação da opinião pública.

O estabelecimento é que prepara a cartilha do mal, que a gorda implementa – fingindo não saber ou sabendo de tudo.

Aos interessados sugiro a leitura do livro O Instituto Tavistock de autoria de Daniel Estulin . A edição em português tem o ISBN  978 972 1 06186 6.

Guerra Civil

A gorda se acha invulnerável. Ledo engano. Não passa de um balão cheio de  gás sulfídrico. Uma espetadinha e Pum! Ficará um cheiro horrível por  algum tempo.

Se for escolhida a rainha do circo de cavalinhos, terá de montar um potro xucro chamado Dragão da Inflação.

Muitos assistentes do respeitável público abandonarão seus lugares.

Outros, em desespero, reagirão a todo transe.

Teremos um banho de sangue. A gorda não estará apenas naqueles dias. Meses e anos  trarão a desgraça para milhões de famílias. Não haverá Bolsa Funeral que aguente.

Os bolivarianos, como os juízes, são todos covardes. Não aguentam o primeiro tapa.

Para quem está farto de desmandos de todo o tipo, uma boa opção é morrer lutando.


Como no gueto de Varsóvia, talvez saiba que vai morrer. Se não for possível salvar mais nada, salvará ao menos sua honra.

“Oh, siate entrambi voi maledetti! “ disse Monterone. (Rigoletto, ato I,  cena I)

Façamos nossa esta maldição à gorda e ao molusco.

Carlos Maurício Mantiqueira é Livre Pensador.
Posted: 24 Oct 2014 02:33 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ênio Mainardi

É que nem um pedaço de pau, do qual vão-se tirando lascas, com a lâmina de uma faca. Ou com um caco de silex. Aos poucos vai-se formando uma ponta naquele inocente toco de madeira até que ele vira finalmente uma lança.
Sempre foi assim, desde milhões de anos, com o homem se armando para caçar um bicho ou acabar com o inimigo. E com a lança já pontuda pode-se ter a esperança de imaginar que naquele dia, ou no próximo, vai ter carne para comer, com um pouco de sorte. Ou ver o inimigo estrebuchar no chão.
Estou-me sentindo assim, nestes dias que nos separam do ritual do voto. E enquanto me preparo para abater um animal ou liquidar o rival, vou ficando cada hora mais disposto à batalha, como um soldado prestes a entrar na linha de fogo. Percebo que vou-me radicalizando, não mais consigo ver o meu contrário como alguém, uma pessoa que apenas pensa diferente de mim. O outro é agora mais do nunca um inimigo a ser vencido.
Acho que todas as guerras, todas elas, desumanizam o homem. No fuzil, na baioneta ou golpeando selvagemente, quer-se arrebentar a cabeça do inimigo. Nunca  – repito –  nunca me senti assim, na batalha política, tão disposto à luta como agora.
A quadrilha do PT conseguiu me levar a essa exasperação que faz de mim uma ovelha transformada em leão. Não mais balidos, só rugidos, dentes arreganhados e raiva. Não mais posso me imaginar vivendo sob um regime tão ávido, tão corrompido, cínico, tão primário.
Quanta vilania! Os do PT precisam cair. E vão cair.
Vitória é um estado de espírito, de vontade. Então só mais alguns dias afinando a ponta na lança, preparando a arma. Do voto.
Quem fugir desta batalha, votar branco, anular o voto, quem desertar, não merece nunca mais ser chamado de brasileiro.

Ênio Mainardi é Jornalista.
Posted: 24 Oct 2014 02:32 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Arthur Jorge Costa Pinto

As urnas, no primeiro turno, deixaram outra mensagem reflexiva à Nação. Confirmaram o clamor pelas mudanças de milhões de brasileiros descontentes, aqueles que foram às ruas, em junho do ano passado, bradar contra o desgoverno da atual presidente, o que na época foi interpretado, pelo próprio governo, como um recado extremamente preocupante. O resultado da eleição que veremos nos próximos dias impõe uma ampla revisão em diversos cenários para 2015, seja lá quem for o novo mandatário.

A administração Dilma aproxima-se do seu final com um elenco de metas não cumpridas na economia, além de apresentar uma perigosa deterioração nas contas públicas.

Iniciamos o ano com uma grande promessa do ministro da Fazenda para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 3,8%, mas vamos terminar o exercício com algo em torno de 0,3%, segundo relatório recente do FMI (Fundo Monetário internacional). Este resultado encontra-se bem abaixo da média de 1,8% prevista para os países desenvolvidos e, mais grave ainda, que a média de 4,4% estimada para os países emergentes. O nosso PIB em 2014 só será maior que o da Rússia que, em função dos conflitos com a Ucrânia, tem uma previsão de crescimento bem próximo ao nosso, de 0,2%.

Esse vergonhoso desempenho deve-se à fraca competitividade, à confiança empresarial em baixa e às estreitas condições financeiras que limitaram o investimento; o que tem salvado o consumo é a moderação contínua no emprego e o incremento ao crédito. Caso se confirme neste patamar, podemos dizer que a média desses últimos quatro anos, possivelmente, não deverá alcançar 1,5% (positivo).

Dilma, em termos de crescimento econômico, foi a terceira pior presidente da história do nosso país republicano. Perdeu somente para Floriano Peixoto, que enfrentou, no seu triênio presidencial, duas guerras civis e para Fernando Collor, que recebeu um legado de inflação anual de quatro dígitos.


Estamos diante de um crescimento econômico pífio, que por sua vez, frustra a receita do setor público, em função da ausência de produção e, consequentemente de vendas, sem produzir um volume satisfatório de renda para aumentar a arrecadação de impostos.

É total o fracasso das metas fiscais, o que mais me lembra uma horripilante peça de ficção. O governo praticamente abandonou-as neste exercício, ao aumentar seus gastos em programas sociais exclusivamente eleitoreiros e em projetos de interesse plenamente limitados.

Algumas delas, desde 2012, têm sido formalmente atingidas em função de existir algumas brechas na legislação, por manobras contábeis com notável ímpeto de criatividade e adiamentos inescrupulosos de gastos para o ano subsequente. Pelo visto, se continuarmos neste ritmo, o buraco a ser tapado futuramente poderá ser recorde na história econômica do País.



O déficit nominal de 2014, de acordo com o FMI, deverá ficar em 3,9% do PIB. A última estimativa foi feita em abril, sinalizando um déficit de 3,3%. Com relação à dívida bruta, houve um crescimento de 53,35% do PIB em 2010 para 60,1% em agosto deste ano, representando um aumento de sete pontos percentuais. Neste indicador, é bom salientar que o Brasil tem um resultado bem pior que outros países emergentes, que devem chegar ao final de 2014 com índice médio de 33,7%, a metade do nosso.

O famigerado superávit primário (economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida) está mais um ano sem cumprir a meta que foi estabelecida de 1,9% do PIB (R$ 80,8 bilhões) e, segundo o recente relatório do FMI, a projeção atual é de que o indicador fique próximo a 1,3% do PIB.

Esta situação de descumprimento poderá ser fatal para a perda do grau de investimento que está relacionada à qualidade dos títulos brasileiros. Acontecendo o rebaixamento, isso provocará uma elevação das despesas com juros na rolagem de suas dívidas em moeda estrangeira e, além disso, o índice de confiança na economia ficará mais abalado ainda.

Apesar das mágicas contábeis, que com voraz açodamento protelaram as execuções de despesas a partir de julho do corrente, no que tange às receitas extraordinárias, essas reservas estão declinantes e o governo procurou logo se justificar, afirmando que ao menos encerraria o mandato com 1,9% do PIB. Acontece que a realidade é outra e o resultado final, segundo analistas, ficará próximo a zero, com possibilidades de se apresentar negativo. Iludir é uma das ferramentas na estratégia da seita petista.

Outra meta preocupante é a da inflação, que se encontra resistente e disseminada. O compromisso assumido era de convergência para o centro da meta (4,5% a.a.). Não obstante, os juros básicos da economia encontram-se atualmente em 11% a.a, apesar da demora nos reajustes dos preços controlados (gasolina com 20% de defasagem frente ao exterior), o que equivale a 25% da cesta de consumo, com a finalidade de reter a escalada inflacionária e o câmbio administrado, com a mesma finalidade.

No final, o que vemos, é a inflação neste mês em 6,75% (acumulada 12 meses), suplantando o teto superior da meta (6,5%).

Ao menos, os investimentos deveriam ter crescido alguma coisa, em função do péssimo resultado apresentado em 2013. Infelizmente, hoje, acham-se pendendo para o infinito (16,5% do PIB).

O “inusitado” PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) encontra-se literalmente empacado, gerando um prejuízo pelo atraso de R$ 28 bilhões (somente em 6 projetos) e com seus orçamentos praticamente estourados. As concessões feitas através de leilões públicos, em serviços de infraestrutura como aeroportos, rodovias, portos e ferrovias foram esquecidos nas gavetas dos burocratas.

O Banco Central, no início de 2014, projetou o superávit comercial (exportação menos importação) para US$ 10 bilhões. Hoje, os analistas estimam que fique inferior a US$ 2 bilhões.


O setor mais importante, o do trabalho formal (registro em carteira), tem metas que provavelmente não serão atingidas. Esperava-se criar, neste ano, 1,5 milhão de empregos e, possivelmente, não deveremos atingir 1 milhão. Segundo dados publicados na semana passada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, a diferença entre contratações e demissões alcançou, em setembro, o pior nível para o mês em 13 anos.

Existe uma ressalva: pelo menos este segmento tem apresentado uma situação aparentemente tranquila, mas polêmica quanto ao desemprego, em torno de 5% da força de trabalho, que é um patamar apreciado pelos países desenvolvidos.

Apesar de tudo isso, a economista Dilma Rousseff, se por acaso emplacar sua reeleição, já deixou nas entrelinhas de seus depoimentos, que não estaria propensa a fazer as grandes correções que são necessárias no redirecionamento da nossa economia. Deixa transparecer que ela será conduzida de forma branda, evitando ajustes robustos que requeiram profundidade nas intervenções estruturais. Portanto, fica subentendido que é possível que ela continue apostando na sua inovadora “nova matriz econômica”, apoiada na indução do crescimento pela expansão das despesas públicas.

Parece-me que a presidente sofre de uma grave miopia econômica, porque demonstra que ainda não sentiu a necessidade de promover uma guinada estratégica no atual modelo da economia brasileira. Continua resistente, ancorada no seu diagnóstico de que o ambiente externo é o responsável pela geração de baixo crescimento econômico e inflação elevada no País.

Adota um comportamento autoritário, natural de sua personalidade centralizadora, associado a um acentuado desequilíbrio emocional, baseando-se em que uma liderança política não pode aceitar que errou e que toda crítica formulada à sua gestão tem que ser repudiada impetuosamente, no estilo que lhe é peculiar, “do bateu, levou”.

A grande questão é que o governo petista ainda não acordou para entender a realidade externa, que após cinco anos já se encontra em mutação gradativa e esta, nada tem a ver com o diagnóstico de base. O rali das commodities já faz parte do passado, e, também, está terminando a oferta generosa em moeda estrangeira proporcionada pelo FED (Banco Central dos Estados Unidos), que planeja para breve a retirada de dólares da sua economia, devendo aumentar a volatilidade no mercado financeiro internacional. São fatores concretos que, por si sós, determinam mudanças pouco comuns na economia brasileira.

O panorama da crise é indiscutível, ela está muito mais séria dentro do nosso ambiente interno do que no externo e vem piorando cada vez mais. O Brasil encontra-se fragilizado e, consequentemente, inseguro, registrando índices de confiança extremamente baixos.

Caso Dilma seja reeleita, diante dessas condições inconsequentes, temos pouco a fazer; resta-nos apenas, aumentar a nossa dose de paciência e aguardar que a conjuntura econômica realmente se modifique, pela “mão invisível” citada pelo economista clássico escocês Adam Smith (1723 – 1790).

Nos primeiros dias de setembro deste ano, Dilma, numa atitude vista como tentativa de afagar o setor privado, anunciou que irá substituir Guido Mantega, o titular da Fazenda, num eventual segundo mandato seu, ainda que a sua demissão já fosse esperada juntamente com outras cabeças coroadas da sua atual equipe econômica. O ministro, sempre insensível e subserviente, apegado ao cargo, após uma passagem que só trouxe incalculáveis transtornos à Nação, mantém-se tranquilamente, liderando as decisões econômicas do País.

Em torno disso tudo, lembro-me que, a poucos dias do primeiro turno das eleições, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando entrevistado, fazia uma avaliação sobre o desempenho econômico do governo Dilma; em determinado momento, disparou:“Ela merece o Prêmio Nobel da Economia, pois conseguiu arrebentar tudo ao mesmo tempo. Isso é muito difícil de fazer em Economia”.

Infelizmente, para os brasileiros, os grandes erros que foram praticados pelo atual governo petista ao assumir uma política macroeconômica incoerente e uma gestão pública travada, irão se refletir negativamente na economia e na vida da sociedade brasileira nos próximos anos.


Arthur Jorge Costa Pinto é Administrador, com MBA em Finanças pela UNIFACS (Universidade Salvador)
Posted: 24 Oct 2014 02:30 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja

Embora os atuais dirigentes chineses afirmem que a Revolução Cultural foi um dos piores erros de Mao, o sistema amarelo de campos de concentração foi (e continua sendo) o maior do mundo. Até meados dos anos 80, mais de 50 milhões de infelizes passaram por ele. A média de ingresso nesse sistema é de 1 a 2 milhões de pessoas por ano e a população carcerária atinge, em média, a cifra de 5 milhões. Os presos-escravos vivem psiquicamente infantilizados, num sistema de autocríticas e delações mútuas. Esses cárceres, disfarçados emUnidades Industriais do Estado, desempenham até hoje importante papel nas exportações chinesas. Pense nisso o leitor quando lhe oferecerem um produto chinês a preço ínfimo.
Impressionante é que não foram poucos os intelectuais ocidentais que simpatizaram com as barbaridades de Mao e que buscaram a sabedoria em seus escritos insípidos.

Isso, no entanto, cedo ou tarde iria trazer conseqüências. Agora, em janeiro de 2005, matéria divulgada pelo jornal “Beijing Morning Post”, transcrita pelo “O Globo” de 4 de janeiro, nos dá conta de uma pesquisa realizada pela Universidade Normal de Pequim indicou que 70% dos adolescentes da China odeiam seu país e não suportam a pressão por maior competitividade. Segundo o estudo realizado com 3 mil estudantes secundaristas de Pequim, 6,6% têm medo de seus pais, 13% os detestam e 58,3% os odeiam. É esse o homem-novo criado por Mao-Tsetung.

Desde que em 2004 o presidente Hu Jintao assumiu o controle total do poder na China, o Departamento de Propaganda do Partido Comunista Chinês vem aumentando a monitoração do que é dito e exibido não apenas na Internet (agora, as empresas são obrigadas a manter um arquivo, por tempo indeterminado, de todo o conteúdo das mensagens enviadas pelos assinantes, bem como mantê-lo disponível para consulta governamental), celulares, no rádio, na TV, em quadros de avisos de universidades, em manifestações populares, e – pasmem – também na imprensa estatal.

O Ministério da Segurança Pública definiu também um novo tipo de crime, que chama de “contradições em meio à população”. “Contradições” é a palavra usada pelo governo para se referir aos distúrbios sociais cada vez mais freqüentes no país. Como escreveu Olavo de Carvalho em um recente artigo, durante o ano de 2005 eclodiram na China 87 mil rebeliões protestos (“contradições”) e nenhum deles foi noticiado pela mídia nacional, ao passo que qualquer passeata anti-Bush em Nova York ou na Califórnia é alardeada como sinal de queda iminente do “império americano”.

E para que esse homem-novo não envelheça, o diretor de Publicidade do Comitê Central do Partido Comunista Chinês proibiu no ano passado a circulação de 79 jornais e 169 revistas, como parte de uma campanha parapurificar o mercado cultural. O pretexto para essas medidas stalinistas foi a luta contra a pornografia e a pirataria. E os expurgos não cessaram: recentemente, Li Datong, editor do popular “Bingdian Weekly”,suplemento semanal que circula há 11 anos com o jornal “China Youth Daily”, foi demitido e o suplemento fechado, por ter publicado um artigo de um professor chinês criticando a abordagem dos livros didáticos sobre a História da China.

De forma surpreendente, no entanto, ocorreu uma reação. Conforme informam as agências internacionais de notícias, um grupo composto por veteranos integrantes do partido, acadêmicos e ex-editores dos maiores jornais do país, divulgaram uma carta-aberta à população condenando a decisão do governo de ter fechado o suplemento “Bingdian”. Eles consideram que o fechamento do “Bingdian” não é um caso individual, mas “a continuação de práticas de uma administração maligna”, e concluem: “Somos todos antigos revolucionários inspirados por nosso senso de liberdade, apesar de já estarmos envelhecendo (...) mas, revendo as lições que aprendemos nos últimos 70 anos, sabemos que, uma vez perdida a liberdade de expressão, as autoridades só conseguem ouvir uma só voz”.

Recentemente, o escritor francês Guy Sorman, que passou todo o ano de 2005 percorrendo a “China de baixo”, ou seja, aquela das províncias e das aldeias onde vive cerca de 80% da população, constatou que os chineses não têm nenhum direito: nada de propriedade privada, nada de liberdade de expressão. Eles são oprimidos pelos chefetes do Partido Comunista e escapar dessa miséria é quase impossível, pois as antigas redes de solidariedade, a família, os templos foram aniquilados pelas revoluções. Para as crianças o futuro é desesperador; as escolas são miseráveis e custam caro aos pais. Resta o êxodo: 200 milhões de chineses vagam de um canteiro de obras para outro, o desemprego atinge 20% da população e as doenças estão por toda parte – aids, malária, tuberculose. E não há rede de saúde pública. A saúde é sempre paga (livro “O Ano do Galo, Chineses e Rebeldes”, editora Fayard, Paris).

Tudo isso demonstra, como afirmou Stéphane Courtois, um ex-maoísta convertido em crítico feroz do socialismo real, organizador do “Livro Negro do Comunismo”, que o crime é intrínseco à doutrina científica e não apenas um instrumento de Estado ou um desvio stalinista de uma ideologia de princípios humanitários. A escritora chinesa Jang Chung, autora de uma devastadora biografia de Mao, termina o livro com a melancólica observação de que o retrato do tirano continua pendurado na Praça da Paz Celestial, em Pequim.

Um telegrama da BBC, de 20 de abril de 2006, dá conta de que a China executou oficialmente 1.770 prisioneiros no ano passado, o equivalente a mais de 80% das aplicações da pena de morte realizadas em todo o mundo no ano passado, de acordo com um relatório divulgado nesse mesmo dia 20 pela Anistia Internacional.

Para se ter uma idéia, apesar da China ter oficialmente executado 1.770 prisioneiros, o relatório da Anistia Internacional diz que segundo um perito chinês esse número estaria por volta de 8.000 execuções. Considerando que uma pessoa pode ser condenada à pena de morte na China por 68 delitos diferentes, incluindo crimes não-violentos como sonegação de impostos, enriquecimento ilícito e tráfico de drogas, esse número pode ser considerado possivelmente verdadeiro.

Finalmente, cliquem em http://falunhr.org/te/para terem uma idéia da situação atual dos direitos humanos na China.

No entanto, parece que o mundo está interessado não nos 65 milhões de vítimas do regime que se apoderou da China em 1949 e nos campos de concentração atuais, onde são retirados e vendidos órgãos de pessoas presas ainda vivas! Isso não interessa. O que interessa são as... taxas de câmbio, como demonstra o Comunicado divulgado dia 21 de abril de 2006 pelo G-7. Segundo o Comunicado, é desejável que a China tenha “maior flexibilidade na taxa de câmbio, a fim de que os ajustes necessários ocorram...”. As miseráveis vítimas foram solenemente ignoradas pelos ilustres representantes da França, Alemanha, Canadá, EUA, Itália, Japão e Reino Unido, os sete países mais desenvolvidos.


Carlos I. S. Azambuja é Historiador.
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