quarta-feira, 9 de março de 2016

ARAPONGAGEM

ARAPONGAGEM

POLICIAL QUE ENTREGOU 

DOSSIÊ DEVE SER ALVO DA 

CORREGEDORIA

FLÁVIO WERNECK LEVOU DOSSIÊ A JAQUES 

WAGNER CONTRA SÉRGIO MORO

Publicado: 06 de março de 2016 às 18:29 - 

Atualizado às 22:52

   

FLÁVIO WERNECK LEVOU DOSSIÊ A JAQUES 

WAGNER CONTRA SÉRGIO MORO. (FOTO: PDT)

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O presidente do Sindicato dos Policias Federais no 

DF, Flávio Werneck, que conforme a 

revista Veja levou um dossiê para o ministro da 

Casa Civil, Jaques Wagner, contendo informações 

contra o juiz Sérgio Moro e investigadores da 

Operação Lava Jato, é ligado ao PDT, partido aliado 

ao governo da presidente Dilma Rousseff. Em 2014, 

Werneck disputou mandato de deputado federal 

pela legenda, sem sucesso. A Coordenação de 

Assuntos Internos da Corregedoria da PF deverá 

instaurar investigação para apurar sua conduta 

nesse episódio do dossiê.

Werneck já ocupou na gestão do governador Agnelo 

Queiroz (PT) o cargo de chefe da diretoria de 

assuntos estratégicos da corregedoria de saúde. O 

petista deixou o governo em 2014 em meio a vários 

escândalos de corrupção, inclusive na área da 

saúde.

Delegados da PF já identificaram nos seu quadro 

pessoas com a intenção de produzir dossiês contra 

investigadores que atuam na Lava Jato, mas não 

tinham conhecimento do episódio envolvendo 

Werneck que também é vice-presidente da 

Federação Nacional dos Policiais Federais, que 

representa os agentes da PF. A Associação Nacional 

dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) irá divulgar 

nota nesta segunda, 7, dando apoio aos trabalhos 

dos delegados que atuam na Lava Jato e cobrando 

explicações de Werneck. "A entidade que ele dirige 

não representa os delegados", diz a nota.

À revista Veja, Werneck justificou que apresentou o 

caso ao Planalto por se tratar de uma denúncia 

grave. "Temos um problema de anacromismo na 

investigação que já tem dois anos e vem pegando 

pontos-chave de empresas e do governo. Isso afeta 

diretamente a economia", disse, segundo registrou 

a revista. No dossiê, a acusação é de que Moro e os 

outros envolvidos na Lava Jato estão a serviço de 

um grande plano do PSDB para implodir o PT e o 

governo.

Segundo a Veja, o ministro Jaques Wagner disse 

que encaminharia o dossiê para um promotor 

baiano de sua confiança dar sequência ao assunto. 

Ao jornal O Estado de S.Paulo, o ministro negou que 

tivesse recebido qualquer documento. "Desconheço 

e não me interessa conhecer."

Werneck não foi localizado neste domingo, 6. Na 

última semana, Wagner indicou o promotor 

Wellington Cesar Lima e Silva para o Ministério da 

Justiça no lugar de José Eduardo Cardozo. A 

nomeação foi cancelada por decisão da Justiça 

Federal no DF por ele ser promotor na Bahia. (AE)

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