quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Processo contra Cmt da PM de SP

Ação da PM na noite de 13 de junho foi considerada a mais violenta durante os protestos em São Paulo, com ataques até mesmo a membros da imprensa

O Movimento Passe Livre anunciou nesta terça-feira que moverá, junto com outras 16 organizações populares, uma ação coletiva contra o governo de São Paulo devido à atuação da Polícia Militar em repressão aos protestos contra o reajuste das tarifas de ônibus, ocorridos em junho. Entre as medidas pleiteadas pelos movimentos está a abertura de investigação contra o comandante da PM responsável pelas ações do dia 13 de junho, a quem o MPL acusa de abuso de poder, "uma vez que o mesmo admitiu publicamente ser responsável pela repressão e pela inconstitucional prisão para averiguação".

O MPL pretende divulgar o inteiro teor da ação na próxima quinta-feira, em evento em São Paulo. "Foram evidentes – sendo inclusive amplamente noticiadas pela mídia – as violações dos direitos constitucionais empreendidas pela Polícia Militar", acusa o movimento. Segundo o MPL, os episódios do dia 13 de junho "mostraram a violência com a qual a Polícia Militar historicamente lida com a população que se organiza para se manifestar e reivindicar seus direitos".

Além do pedido de investigação do comandante da PM, os movimentos sociais também apresentarão uma representação para a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadã, "já que há muitos indícios de que as ações de repressão foram coordenadas por órgãos como o Governo do Estado de São Paulo, a Secretaria de Segurança Pública e o Comando Geral da PM". O objetivo, informa o MPL, é apurar as responsabilidades desses órgãos pela ação policial, "assim como a responsabilização dos que violaram direitos da população".

Terra


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