quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Segurança pública


Amigos,
Nem que seja só para esquentar os neurônios, todo esse debate sobre a resolução do SSP pede a ampliação do foco.
Há poucos dias, o amigo Di Sessa informou que o COPOM, em recente levantamento, constatou que apenas 20% das chamadas recebidas têm natureza policial. Apenas para raciocinar, sem considerarmos o tratamento que é dado às chamadas e ao tempo consumido para as respostas dadas, a grosso modo podemos deduzir que 80% do tempo da organização que se move pelo acionamento do COPOM é consumido com coisas que não lhe dizem respeito. Ou ainda: sob a ótica da produtividade, 80% do tempo/homem/trabalhado é desperdício. Qual organização pode ser produtiva desperdiçando 80% de seu tempo/trabalho? Essa disfuncionalidade se torna mais grave na medida em que a própria organização silencia e aceita o fardo. Sem falar que alguns até acham desejável, sob o pretexto de que a ACISO é importante.
Olhando para o outro lado, e também de forma superficial, recente relatório do CNMP (compartilhei em outra mensagem), informa que apenas 25% dos inquéritos instaurados na região Sudeste (SP incluído) chegam a um desfecho satisfatório. Ou ainda: 75% da produção da PM estão parados nas entranhas da burocracia da polícia judiciária.
Resumo da ópera: dos 20% de tempo empregados na atividade policial pela PM, a PC aproveita 25%, o que nos leva a este maravilhoso resultado: apenas 5% do tempo da PM é proveitoso para a segurança pública.
Com a palavra os matemáticos, porque devo estar errado.
A segurança pública com esse modelo tem futuro? Ou o povo (afinal é para quem existe) tem motivos para se preocupar com ela?
Como escrevi: são colocações superficiais, sem muita análise, mas suficientes para alguns ficarem com raiva de mim. 
Abraço,
Albuquerque



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