'Muito bacana essa lei', diz pai de jovem morto em troca de tiros em Guarujá (Foto: Reprodução/TV Tribuna) Um jovem de 21 anos foi morto após troca de tiros entre policiais e três suspeitos de tráfico de entorpecentes na tarde desta sexta-feira (11) no distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá, no litoral de São Paulo. De acordo com o pai da vítima, Ailton Monteiro, o rapaz ficou cerca de 40 minutos à espera de socorro no local. Por conta de nova determinação do Governo do Estado, em vigor desde a última terça-feira (8), policiais estão proibidos de socorrer feridos em situações dessa natureza, para não se alterar a cena do crime.
Conforme informações do COE (Comandos e Operações Especiais), policiais militares faziam ronda quando identificaram três suspeitos - que, segundo a PM, praticavam o tráfico. De acordo com o relato do Comando, os três reagiram com tiros a abordagem policial. Os PMs revidaram, e acabaram alvejando um dos suspeitos - que, de acordo com a Polícia, morreu já no hospital. Com o jovem morto, foi apreendida uma pistola calibre 40, entorpecentes, dinheiro e rádio comunicador. Os outros dois rapazes fugiram.
Logo após a ocorrência, o pai do suspeito morto esteve na delegacia sede de Guarujá. Revoltado, Aílton Monteiro admitiu que o filho (que já teve passagem pela polícia) poderia até ter cometido crimes quando menor, mas disparou contra a lei que impede o socorro de policiais feridos em trocas de tiro. "O que aconteceu com meu filho é o que vai acontecer com muitas outras pessoas, devido a essa resolução em que a polícia dispara, não pode socorrer, e a pessoa fica agonizando até morrer. Perdi minha filha há um ano e sete meses no Hospital Santo Amaro, e agora meu outro filho. Fui vê-lo agora no hospital, cheio de sangue, todo machucado. Muito bom, muito bacana essa lei", reclama, em tom irônico.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo rechaçou que a morte tenha ocorrido no local da ação e disse que os policiais envolvidos agiram "em acordo com a resolução". Ainda de acordo com a nota, a Secretaria afirmou que a ocorrência, "obviamente", será investigada pela Polícia Civil e a Corregedoria da PM.
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