sábado, 12 de janeiro de 2013

Essa tal Resolução inconstitucional., já tem seus resultados

Preservar o local do crime para apurar os fatos e não preservar a vida. E o FIM!
 
Já está acontecendo o previsível.
 

11/01/2013 21h21 - Atualizado em 11/01/2013 21h24

'Muito bacana essa lei', diz pai de jovem morto em troca

 

 de tiros

 

Nova determinação proíbe policiais de socorrer feridos em troca de tiros.
Homem de 21 anos foi baleado em Guarujá, no litoral de São Paulo.

Do G1 Santos

92 comentários
'Muito bacana essa lei', diz pai de jovem morto em troca de tiros em Guarujá (Foto: Reprodução/TV Tribuna)'Muito bacana essa lei', diz pai de jovem morto em troca de tiros em Guarujá (Foto: Reprodução/TV Tribuna)

Um jovem de 21 anos foi morto após troca de tiros entre policiais e três suspeitos de tráfico de entorpecentes na tarde desta sexta-feira (11) no distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá, no litoral de São Paulo. De acordo com o pai da vítima, Ailton Monteiro, o rapaz ficou cerca de 40 minutos à espera de socorro no local. Por conta de nova determinação do Governo do Estado, em vigor desde a última terça-feira (8), policiais estão proibidos de socorrer feridos em situações dessa natureza, para não se alterar a cena do crime.

Conforme informações do COE (Comandos e Operações Especiais), policiais militares faziam ronda quando identificaram três suspeitos - que, segundo a PM, praticavam o tráfico. De acordo com o relato do Comando, os três reagiram com tiros a abordagem policial. Os PMs revidaram, e acabaram alvejando um dos suspeitos - que, de acordo com a Polícia, morreu já no hospital. Com o jovem morto, foi apreendida uma pistola calibre 40, entorpecentes, dinheiro e rádio comunicador. Os outros dois rapazes fugiram.

Logo após a ocorrência, o pai do suspeito morto esteve na delegacia sede de Guarujá. Revoltado, Aílton Monteiro admitiu que o filho (que já teve passagem pela polícia) poderia até ter cometido crimes quando menor, mas disparou contra a lei que impede o socorro de policiais feridos em trocas de tiro. "O que aconteceu com meu filho é o que vai acontecer com muitas outras pessoas, devido a essa resolução em que a polícia dispara, não pode socorrer, e a pessoa fica agonizando até morrer. Perdi minha filha há um ano e sete meses no Hospital Santo Amaro, e agora meu outro filho. Fui vê-lo agora no hospital, cheio de sangue, todo machucado. Muito bom, muito bacana essa lei", reclama, em tom irônico.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo rechaçou que a morte tenha ocorrido no local da ação e disse que os policiais envolvidos agiram "em acordo com a resolução". Ainda de acordo com a nota, a Secretaria afirmou que a ocorrência, "obviamente", será investigada pela Polícia Civil e a Corregedoria da PM.

Para ler mais notícias do G1 Santos e Região, clique em g1.globo.com/santos. Siga também o G1 Santos e Região no Twitter e por RSS.

tópicos:

Nenhum comentário:

Postar um comentário