segunda-feira, 25 de junho de 2012

Estamos em guerra



Em 2012, 40 policiais foram mortos fora do horário de trabalho

Em menos de quatro horas, dois ônibus foram incendiados na Grande São Paulo. Por volta das 23h30 deste domingo (24), um coletivo foi incendiado, na avenida dos Funcionários Públicos, altura do número 369, bairro do Capão Redondo, zona sul de São Paulo. Segundo informações da Polícia Militar, criminosos ordenaram que o motorista encostasse o veículo. Depois que todos os passageiros foram retirados, os bandidos atearam fogo ao ônibus.

Mais cedo, por volta das 20h, outro coletivo foi incendiado em Guarulhos, na região metropolitana. O ataque foi na esquina da avenida Salgado Filho com a rua Benjamim Hunnicutt, bairro Vila Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar, quatro homens, fortemente armados, pararam o ônibus e mandaram os 15 passageiros e o motorista descerem. Eles então atravessaram o veículo na pista e o incendiaram. Ninguém ficou ferido.

Diadema 

E na sexta-feira (22), outro coletivo foi incendiado por três criminosos na avenida Lico Maia, altura do número 100, em Conceição, Diadema, na Grande São Paulo. Segundo a polícia, por volta das 23h45, os bandidos incendiaram o coletivo e fugiram. Ninguém ficou ferido.

Já no sábado (23), bandidos atearam fogo a um carro roubado, na avenida dos Signos, altura do número 569, Jardim Taboão, também em Diadema, Grande São Paulo, e empurraram na rua. O veículo só parou ao bater em um poste. A base da PM fica a 300 metros do local.

Outras duas bases haviam sido atacadas por criminosos desde o começo da semana, as duas na zona leste, uma em São Mateus e outra em Itaquera.


Ataques à polícia

Desde quinta-feira (21), seis policiais foram executados na Grande São Paulo fora do horário de serviço. A polícia não descarta a possibilidade das mortes de policiais serem retaliação às ações da polícia contra a criminalidade. 

Dos 40 PMs assassinados em São Paulo neste ano, 10 foram vítimas de execução, segundo o comandante geral da Polícia Militar, coronel Roberval Ferreira França. Mas este número pode subir, já que outros sete casos ainda não tiveram a motivação esclarecida.

França informou ainda que mais seis policiais morreram quando realizavam trabalho fora da corporação, os chamados "bicos"; 14 acabaram assassinados por reagirem a roubos; dois foram alvos de crimes passionais e um foi morto ao se envolver em uma briga.

Em todos os casos, as vítimas foram assassinadas fora do horário de trabalho, conforme afirmou o coronel. Só de quarta-feira (20) até sábado (23), cinco PMs foram mortos. 

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