JB

Sou STF com muito orgulho, com muito amor

Por Jornalismo Wando | Jornalismo Wando – qua, 10 de jul de 2013

Dentre os inúmeros recados que o povo brasileiro mandou nas ruas, teve um que passou desapercebido pela maioria dos meus colegas da grande mídia: o carinho que o brasileiro adquiriu pelos juízes do STF hoje é quase tão grande quanto o ódio que nutre pela classe política. Ou seja, odiamos os políticos em quem votamos, mas amamos os carrascos que punem os ingratos. Sim, porque o povo se levantou contra toda a classe política, sem exceção, e exaltou os novos heróis brasileiros que desfilam seus superpoderes éticos no Judiciário e na televisão. Na prática, vivemos uma luta entre mocinhos (Judiciário) e bandidos (Legislativo e Executivo).

Graças a essa casta de homens bem servidos de dotes morais, o Brasil viu o maior caso de corrupção da história ser desmantelado no Julgamento do Século™. Não é de se estranhar portanto, que, segundo o Datafolha, Joaquim Barbosa seja o favorito para a presidência da república entre os manifestantes , com 30% das intenções de voto.

Apesar de tudo, é sabido que, vez ou outra, nossos heróis descem do olimpo pra virar gente da gente e curtir um momento de celebridade, o que foge - só um pouquinho - à liturgia do cargo. Primeiro foiFux tocando guitarra na baladinha, depois passamos pelas fofocas de Gilmar e acabamos com Tóffoli xingando muito na night. Para nossa surpresa, agora é a vez de Barbosa tietar Luciano Huck em seu camarote no Maracanã e, de quebra, descolar um trampo pro filhão no Caldeirão.

Celebridades no camarote da Família Huck

Enquanto uns e outros consideram haver conflito ético nessa relação, eu não vejo nada além de uma bela amizade. Está claro que "Huck & Barbosa" nutrem admiração mútua e se identificam nos gostos, hobbys e conversas. Aquele tipo de relação que nem mesmo a força do tempo irá destruir.

E daí que justamente agora a Globo está sendo questionada pela blogosfera por conta deprobleminha fiscais com a Receita Federal?

E daí que o pai de Luciano é uma das partes interessadas num julgamento no STF cujo relator é Barbosinha?

E daí, gente? Não comecem com zunzunzum. Não se mede pessoas do bem pela régua da maldade.

Peço, portanto, aos poucos colegas jornalistas que teimam em furar essa blindagem do bem, mais respeito com Joaquim. Se o presidente do STF trata bem um animador de TV e mal os colegas da imprensa, chegou a hora da gente fazer uma autocrítica e não iniciar uma sequência revanchista de insinuações baratas. Ou vocês querem queimar o único herói político brasileiro depois de Dom Pedro e Princesa Isabel?