Aumenta a campanha difamatória contra Joaquim Barbosa. Só falta ser comparado ao juiz Nicolau, digo, Lalau.
Carlos Newton
É impressionante. Ele não é político nem se diz candidato, mas todos os presidenciáveis o temem. Enquanto a imagem dos políticos tradicionais vem descendo a ladeira, os protestos nas ruas tiveram o efeito colateral de aumentar a popularidade dele. E ninguém sabe o que fará o ministro Joaquim Barbosa. Se sairá candidato ou não.
Daqui para frente, porém, toda pesquisa eleitoral terá de incluir o nome dele, caso contrário os resultados vão parecer mais falsos do que uma nota de três dólares. Mesmo sem se lançar, já conta com a intenção de voto de significativa parcela do eleitorado. E o resultado do crescimento de seu prestígio já provoca fortes reações na internet, onde floresce uma sólida campanha contra Barbosa.
APARTAMENTO EM MIAMI
Como todos os presidenciáveis o temem, ninguém sabe de onde está surgindo essa onda de ataques à probidade do ministro Joaquim Barbosa. Aqui no Blog da Tribuna, por exemplo, é um verdadeiro festival. Todo dia são postados ácidos comentários denegrindo a honorabilidade dele. Os mais recentes dão conta de que Joaquim Barbosa comprou "um apartamento luxuoso em Miami", segundo uma matéria da Folha.
Assinada por Matheus Leitão e Rubens Valente, a reportagem dá conta de que Barbosa realmente comprou um apartamento em Miami, avaliado em R$ 1 milhão. O que causa estranheza é que essa matéria está sendo reproduzida na web como se fosse um grande escândalo. Tal repercussão -mais do que exagerada – mostra a que ponto chegamos, porque apartamento por R$ 1 milhão, em Miami, só pode ser um quarto e sala.
O fato é que a campanha contra Barbosa é implacável. O pente fino que estão passando em sua viva/carreira é de um rigor raramento visto na mídia brasileira. Está sendo pior do que a situação vivida por Leonel Brizola no início do regime militar, quando teve sua trajetória política e pessoal vasculhada de alto a baixo, sem que nada encontrassem de desabonador.
Detalhe importantíssimo: essa perseguição a Barbosa está tendo efeito contrário. Ao invés de desestimulá-lo a disputar a eleição, está motivando-o a concorrer. E não faltam partidos a assediá-lo. Mas ele tem tempo. A legislação permite que magistrado somente se desincompatilize e se filie a algum partido quatro meses antes da eleição. Ou seja, até o dia 4 de junho de 2014.
Até lá, Joaquim Barbosa pode continuar presidindo o Supremo e mostrando serviço, fora da disputa, enquanto os outros presidenciáveis se digladiam, abrindo caminho para sua atropelada por fora, como se diz na linguagem turfista.
18 comentários paraAumenta a campanha difamatória contra Joaquim Barbosa. Só falta ser comparado ao juiz Nicolau, digo, Lalau.
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Li a noticia da Folha. Não vejo ilegalidade que um cidadão que disponha de bens legalizados possa dispor deles da forma que bem desejar. O problema é que o personagem é ministro do STF, a mais alta corte de justiça do Brasil, os interesses do Brasil nem sempre são afinados e dóceis a sanções políticas e comerciais unilaterais impostas pelos EUA mundo afora, o STF é o último recurso em questões de litígios internacionais, todos nos sabemos que os EUA podem negar vistos a quem contrarie SEUS INTERESSES sem a obrigação de dar satisfação, assim como CONGELAR bens e dinheiro de pessoas jurídicas e físicas estrangeiras que CONTRARIEM SEUS INTERESSES. Espero que o articulista tenha entendido minha preocupação com os interesses nacionais.
- Theo Fernandes
Sr. Newton, O Ministro JB, até o momento, tem apresentado atitudes que honram a Srª Justiça, tão desacreditada pela Nação, por sua lentidão nos processos dos Cidadãos, e acusações a Exmºs Juízes.
Infelizmente a politicagem praticada no Brasil, não aceita, quem cumpre seu DEVER com Ética e Moral, é o que acontecerá ao Ministro JB, será denegrido com boatos e infâmias, pelos corruptos de nosso País.
Só nos resta apelar a DEUS, que ilumine os Homens de Bem, e que esses, lembrem-se de Luther King: o que preocupa não é o barulho e corrupção dos maus, mas o silêncio dos bons, acrescento: omissão.
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