quinta-feira, 25 de junho de 2015

Marcelo Odebrecht

Marcelo Odebrecht, a eminência parda do braziu do PT

 

Claudio Humberto

 

Preso ontem na 14ª fase da Operação Lava Jato, o empreiteiro Marcelo Odebrecht foi recebido mais vezes pela presidente Dilma do que a maioria dos ministros. No início do seu governo, Dilma não escondia a repulsa ao empresário, que, no entanto, amigo do ex-presidente Lula, conseguiu neutralizar resistência e foi recebido quatro vezes por Dilma, além de duas reuniões na residência do Palácio Alvorada, em 2014.

 

Em 2012, após as reuniões no Planalto, o gasto direto do governo com a Odebrecht cresceu 10.000% ante 2011 e chegou a R$ 1,1 bilhão. A Odebrecht obteve receitas de US$ 9,5 bilhões no exterior em 2012, segundo o próprio Marcelo Odebrecht trombeteava publicamente. Os contratos da Odebrecht no exterior saltaram para US$ 22 bilhões (equivalentes a R$ 67 bilhões), boa parte financiada pelo BNDES. Marcelo Odebrecht se reuniu com Michel Temer, inclusive quando o vice virou presidente. Odebrecht foi visto também em inúmeras viagens do ex-presidente Lula a África e também o acompanhou a Cuba, onde a empresa está à frente da construção do Porto de Mariel.

 

O último encontro de Dilma com Marcelo Odebrecht foi há menos de um mês, em 26 de maio, no hotel Intercontinental, na Cidade do México. Marcelo teve deferência especial por coordenar o encontro empresarial que Dilma prestigiou. Marcelo sempre foi próximo dos petistas. Mas, pelo porte da empreiteira, mantém bom trânsito e fez doações eleitorais a outros partidos. O mesmo ocorre com a Andrade Gutierrez.

 

Por Ricardo Froes

 


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