sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Recordações de um "Sordado"


olá, gente booooaaaa... tudo certinho? ótimo e se a cabeça doer, melhorar ou sonrisar
 o importante é aproveitar os bons momentos. Muitas vezes estamos num ambiente altamente de felicidade, paz, de  repente começamos a pensar no amanhã, ansiosos, como será o amanhã.... Pensemos no momento bonito, amanhã what will be will be

MA RAPÁ, CÁ ESTAMOS COM AS LEMBRANÇAS ATUALIZADAS
BOM FIM DE SEMANA A VOCÊS MUNDÃO DE GENTE BOOOA



ASSOVÉIA
Quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Eram tempos difíceis do regime militar, confrontos, roubos, invasões, ataques surpresa, faziam parte do cotidiano, em especial da POLÍCIA, que rondava em lugares perigosos, focos de marginais, violência também campeava, como sempre houve na vida do Homem.
A ordem geral era patrulhar e abordar veículos suspeitos, ou pedestres, a revista deveria ser minuciosa, porque os chamados inimigos costumavam esconder seus armamentos em lugares onde pensavam que o policial não pensaria procurar (gostaram da aliteração?), ora, isso demandava tempo, conversas, perguntas, interrogatórios, porque havia a possibilidade maior de tratar-se de cidadão sem nenhum perigo.
Naquela noite o clima de lua cheia favorecia sobremaneira a violência, alguns explicam que isso se deve ao aumento da pressão sanguínea, fazendo com que a agressividade fique mais exposta. A proximidade da Lua atrai com maior força os líquidos, marés sobem, inquietação das pessoas, quem tiver melhor explicação que o diga.
As guarnições se portavam de maneira indócil, triscou levou, somando-se a isso o volume de ataques às instalações militares.
O rádio das viaturas não se calava, a cada instante alguém berrava:
- Brevidade, brevidade, tiroteio na rua tal, brevidade, são muitos.
A palavra chave representava o sinal de perigo grave e, de imediato, todas as equipes em serviço na área do Batalhão e nos adjacentes, se deslocavam em fúria de titã a fim de reforçar o poder de fogo e auxiliar os companheiros.
Como expliquei, o momento histórico era de total perigo.
Nessa ocasião de lua cheia o Tenente Fidélis era o Cmt do policiamento da área do Btl.  O auxiliar, o Sgt Sergivanio (nome do pai e da mãe), praça velho, vinte e oito anos de serviço e sempre na rua, o que lhe conferia muitos prêmios pelas atuações, detenções perigosas, atos de salvamento, o homem e a enciclopédia policial formavam casal perfeito.
Sergivanio era severo, enquadrado ao extremo, ruim no trato com bandidos, pouco falava, mas sabia o momento certo de agir.
O serviço começa com o chamado para uma ocorrência de roubo, furto, homicídio, praticados por um indivíduo de alta periculosidade.
Em velocidade de patrulhamento, vinte quilômetros, o Tenente, o Sargento e Sd condutor, seguiam para reforço e possível prisão do meliante. Ao subirem uma avenida, diga-se de passagem bem íngreme, o motorista acelerou um pouco e foi nesse átimo que o Sgt abriu a porta lateral da viatura, deu um salto felino, num movimento incrível fez rodar um homem forte pra cacete, ao mesmo tempo Sergivanio o derrubou e já estava com um trezoitão numa das mãos, arma do bandido. Impossível descrer a ação, mas era o tal premiado.
As providências adotadas e prossegue o serviço, quase madrugada, quando fazem a abordagem de um auto, cujo motorista tentou se evadir.
Revista, revista e aparecem pacotes de maconha.
- Meu Deus, eu não sei nada disso ai meu sinhô
- Ara, mas tu é folgado mermo, tá rilhando comigo? Õ xente, essa cabra tem coisa escondida seo tenente.
- Calma Sergivanio, pode ser verdade; Cuidado para não cometermos uma cagada sonora e ai já viu...
O Tenente Fidélis, novato de tudo, ainda não se habituara às sujeiras da rua, às manhas de bandido.
- Seo Tenente vô mostra que esse safado tá mentindo. Vamo vê ai cabrão, canta mulé rendera...
- Sim sô .... “Olé mulé rendeeeeraaaa olé muléee rendáá´
- Agora... agora... ASUUUVÉIA  disgraçado
- Eu num sei não sinhô
-To mandando, agora asssuvéa ai cabra da mulésta
- Eu juro que não sei não
Prá encurtar, o tal foi encaminhado ao DP e lá novamente o Sergivanio insistiu:
- Assuvéia assuvéia
- Eu num sei seo dotô, eu confesso, a muamba é minha mesmo, mas essa tal de assuveia eu num sei de quem é nem o que é....
- O Delegado pensou e disse
- Assobia, assobia a mulher rendeira;
- Ah, assobiar eu sei….
-Num falei? Num falei que era mentiroso?


Cá prá nós, como saber que alguém é suspeito? Ainda bem que mudou o sistema.
                            

Cmt Horácio







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