quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Investidores acham que Lula e Dilma podem responder, judicialmente, pelos crimes da Lava Jato na Petrobras - Alerta Total




Alerta Total


Posted: 16 Sep 2014 07:31 AM PDT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Luiz Inácio Lula da Silva acredita 100% na impunidade ou está ficando louco ao ter vociferado ontem o demagógico pedido para que o ladrão da Petrobrás vá para cadeia: “Os milhares de trabalhadores dessa empresa não podem ser confundidos com alguém que porventura possa ter cometido um erro qualquer. Se alguém praticou erro, se alguém roubou, esse alguém tem mais é que ser investigado, ser julgado. Se for culpado, tem que ir para a cadeia, e o povo da Petrobras tem que ter orgulho de vestir essa camisa”.

Como ex-Presidente da República, que comanda a União, controladora majoritária da Petrobras, Lula deveria saber que corre o risco de responder, judicialmente, por atos de corrupção praticados por diretores executivos e membros dos conselhos de administração e fiscal. Situação pior ainda é a da companheira-Presidenta Dilma Rousseff, que presidiu o conselhão da Petrobras e ainda indicou, pessoalmente, sua amiga Maria das Graças Foster para comandar a empresa.

A tese do “não sabia de nada” na Petrobras não cola... Lula, Dilma, diretores e conselheiros da Petrobras serão processados, no Brasil e no exterior, por investidores da Petrobras, no mínimo, por abuso do poder controlador, conflitos de interesses e violação de dispositivos legais e estatutários da Petrobras. BNDES, BNDESpar e os fundos de pensão (Previ, Petros e Funcef) devem entrar na mesma dança. As empresas e empreiteiras que formam “Sociedades de Propósito Específico” com a Petrobras – algumas já investigadas nos EUA e na Holanda – também serão alvo de uma devassa que pode se transformar em bilionários processos judiciais movidos por grupos de acionistas minoritários.

Um diretor de “abastecimento” como Paulo Roberto Costa não teria, de graça e sem apoio político superior, tanto poder dentro de uma empresa. Ele não poderia ter ficado responsável pela movimentação de 1.832 contas bancárias da empresa, sem a permissão e conhecimento dos superiores José Sérgio Gabrielli e Graça Foster, além de Almir Guilherme Barbassa, diretor financeiro que, estranhamente, nunca é citado, mas que sabe de todas as operações contratuais com a grana da Petrobras. Barbassa cuida da rolagem diária das dívidas da estatal com os maiores bancos internacionais.

No abraço de tamanduá dado ontem pelos petistas no suntuoso edifício-sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, o eterno apedeuta Lula conseguiu levantar suspeitas para mais uma picaretagem de alto nível contra a estatal de economia mista. Ao criticar as Comissões Parlamentares de Inquérito que investigam irregularidades na petrolífera, Lula esculachou: “No pré-sal, já houve três pedidos de CPI só na Petrobras. Eu tenho a impressão que essas pessoas (parlamentares) pedem CPI para depois os empresários correrem atrás delas e achacarem esses empresários para ganhar dinheiro”.

Aparentemente, Lula repete a tática de sempre: aposta na ofensiva do discurso para se defender, previamente, de broncas prestes a estourar contra ele e aliados próximos. A CPI deveria convocar Lula para apresentar provas da suspeita que lançou no ar... Certamente, no Congresso, ele alegaria que “não sabe de nada”. A única coisa que Lula parece saber é que o sistema de poder político e econômico no Brasil garante a impunidade. A governança do crime organizado tem capacidade para intimidar o Judiciário e usar os melhores escritórios de advocacia para infindáveis recursos judiciais que levam séculos até chegar a uma sentença transitada em julgado.

Vai entregar tudo?


Nada a declarar

Será uma surpresa impressionante se Paulo Roberto Costa falar alguma coisa em seu depoimento desta quarta-feira na CPMI da Petrobras.

A aposta é que o delator premiado alegue que tem o direito de ficar calado e só responder em juízo o que lhe for perguntado.

Paulo Roberto sabe que, se falar o que não deve, pode acabar prejudicado na estratégia de defesa, que pode estar prestes a libertá-lo, com todas as garantias de um sistema de proteção à testemunha.

Inferno de Eike

Providencialmente sumido do noticiário, graças aos grandes amigos que tem na mídia, o ricaço Eike Batista começa a sentir o peso do judiciário sobre seus negócios que causaram prejuízos bilionários a investidores.

A promotora federal Karen Louise Jeanette Kahn, de São Paulo, denunciou ontem Eike por uso de informações privilegiadas (insider Trading) para obtenção de vantagens ilícitas no mercado financeiro.

O MPF pede que Eike seja condenado a pagar uma multa de cerca de R$ 26 milhões por irregularidades na venda de ações da OSX.

Lula teme que tudo de ruim que acontecer com o amigo Eike possa sobrar, de algum jeito, para seu próprio lado...

Aprendizado


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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.


A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 16 de Setembro de 2014.
Posted: 16 Sep 2014 03:30 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

Uma das consequências da corrupção instalada no país é o desleixo dos funcionários públicos no atendimento ao cidadão.

Alguém compra um automóvel O Km e a autoridade de trânsito preenche o documento do veículo, por desídia ou má-fé, com dados divergentes da nota  fiscal.

Anos depois o proprietário quer vender seu carro, mas um tal de laudo de verificação, aponta a falha.

Gentis despachantes se oferecem para corrigi-la  por uma quantia vultuosa. Usam o sutil argumento: “sem a correção dos dados você não vai conseguir vender para ninguém.”

Parece uma forma politicamente correta de extorsão.

País civilizado é país sem burocracia, sem despachante e sem corruptos no poder.


Precisamos “despachar” todos para o bem do Brasil.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Posted: 16 Sep 2014 03:29 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Marco Antonio Felício da Silva

“Contribuir para a defesa da Democracia e da liberdade, traduzindo um País com projeção de poder e soberano, deve ser o nosso NORTE"
                                                       
O último artigo que representa o pensamento do Clube Militar tornou-se, por seu controverso conteúdo, já bastante difundido, fonte que permite a uns e outros, mal intencionados ou não, afirmarem que os militares, de forma geral, estejam apoiando a candidata Marina Silva, apresentada como “um fio de esperança”, e, também, motivo para análises outras do possível desfecho eleitoral em outubro vindouro. A começar, ouso dizer que se Marina é um “fio de esperança”, é a esperança de que a desgraça continue a solapar e a destruir a Nação brasileira, já tão martirizada pelos governos do PT.

Marina é, sem dúvida, por seu passado e por suas posições atuais, uma verdadeira fraude em matéria de democracia, de ideologia e de capacidade para dirigir o País e tirá-lo do atoleiro em que o meteu o apedeuta Lula, atoleiro agravado pelo desgoverno Dilma.

Marina Silva começou sua militância política, no Acre, como militante do Partido Comunista Revolucionário (PCR), com o codinome de Sara, sob a liderança de José Genoino, lutando contra os governos militares, fazendo agitação e propaganda entre os trabalhadores rurais na Região de Xapuri, apoiada e protegida pelo então Bispo local, D. Moacyr Grechi, adepto da Teologia da libertação, fundador da Comissão Pastoral da Terra, berço do MST. Marina foi a fundadora da CUT no Acre e tornou-se militante do PT onde abrigou-se com o núcleo do PCR. Rompeu com a Igreja Católica para tornar-se evangélica e ambientalista radical.

Após sair do PT, filiou-se ao PV e, para viabilizar sua candidatura, fundou a Rede, estruturada em “sovietes”, visando a chamada “democracia direta”, um passo para o autoritarismo. Não o conseguindo, filiou-se ao PSB, partido que também integra o FORO DE SÃO PAULO, organização criada por Lula e Fidel Castro e que reune o rebotalho do atraso marxista e revolucionário na América Latina. Seu marido é secretário do atual governo petista do Acre e acusado de envolvimento em contrabando de toras de madeiras, segundo notícias da Imprensa.

Após a publicação do clube Militar, tenho visto mensagens, estupefato, até de militares, que aprovam Marina como o tal “fio de esperança”.

Não serão “fio de esperança” os vários candidatos militares ao Congresso e sobre os quais não se pronunciou o Clube Militar em apoio aos mesmos?

“Fio de esperança”, sem dúvida, é o candidato Aécio Neves. Não há outro! É nele que devemos concentrar os nossos votos, não influenciados por pesquisas induzidas que não sabemos se são fiéis à realidade. Há que levar-se em conta, também e principalmente, a mudança de humor dos eleitores com a explosão do super escândalo da Petrobras.

Caso haja segundo turno e se a Dilma for reeleita, dando continuidade a sua desastrosa Política Econômica, à atual Política Externa com viés ideológico e que não preza o interesse nacional, e à comunização do País, buscando uma nova correlação de forças entre a  buguersia e o propletariado (fato previsto pelo Foro de São Paulo por meio da manipulação dos movimentos sociais urbanos e rurais, uma das ferramentas para a instauração da ditadura do proletariado), em meio a ampla corrupção e o descalabro administrativo e moral já existentes, caminharemos, provavelmente, para uma convulsão social, com obrigatória intervenção das Forças Armadas.

Se a messiânica Marina for a escolhida, teremos mais do mesmo com ênfase no radicalismo ambientalista, governando, Ela,  com o aparelhamento do Estado e do Governo, implantado pelo PT.  Deste aparelhamento não conseguirá se livrar pelos laços que tem com o PT, criados por mais de 20 anos de militância no mesmo e para não inviabilizar o seu governo por uma reação dos milhares de petistas infiltrados na máquina administrativa governamental, orientados e manipulados pelo partido respectivo.

Após a equivocada polêmica provocada pelo Clube Militar, e disso é prova a repercussão havida, O Clube Militar deve, de imediato e não aguardando um segundo turno, posicionar-se de maneira explícita e pública, não deixando margem a dúvidas quanto ao seu pensamento a respeito do tema em tela, isto é, quanto ao pensamento da maioria de seus sócios militares, em momento tão grave e decisivo para o futuro do País e quando ainda nos resta um “fio de esperança”.


Marco Antonio Felício da Silva é General na reserva.
Posted: 16 Sep 2014 03:28 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva

Eis que as condicionantes para o desencadeamento de mais uma guerra revolucionária no país já estão caindo de maduras e as hienas vermelhas partem para o ataque. A vitória de uma candidata de extrema esquerda nas últimas eleições foi o sinal verde para que se desse cabo da nacionalidade brasileira. A outra candidata derrotada entende que é chegado o momento de apoiar a facção vermelha que levou a melhor. Afinal de contas, nada a surpreender na medida em que, PT e PSB, ambos são   “farinha do mesmo saco escarlate”.

Mas, e daí? É claro que não se vai entregar o ouro de graça ao bandido. Nesta hora, que já é por demais tardia, uma parte da população (não mais aquela unida e coesa dos idos de 1964) está torcendo (não mais implorando porque de nada adiantou) pelas FFAA, aquelas dos ouvidos absolutamente moucos, já faz bastante tempo, perdidamente ultrapassadas pelos acontecimentos, atônitas frente à onda vermelha que se avoluma ensandecida, não é de hoje.  A lavagem cerebral, amadurecida desde 1985, havia submetido grande parte do povo brasileiro.  

Ditadura! Militares torturadores! DOPS! DOI-CODI! Anos de chumbo! etc., etc., etc.! Vocifera então uma multidão inebriada! Os centros de comunicação social das FFAA apáticos, mudos, tiranicamente inoperantes, não tinham cumprido a missão para a qual foram criados, qual seja à defesa diuturna de nossas Instituições. Vilipêndios de toda ordem, os mais torpes, provocativos, humilhantes, tiveram seu espaço, sem que ninguém, absolutamente ninguém, de dever e direito, ousasse emitir um único e gutural protesto público de indignação.

Alerta! Quem assiste TV, quem lê jornal, atualmente só está vendo a “verdade” do outro lado! Quem pode garantir que a maior parte da população vai apoiar as FFAA numa nova guerra civil? Até Rubens Paiva já ganhou busto de bronze, faceando a entrada do recentemente invadido 1º BPE-BATALHÃO MARECHAL ZENÓBIO DA COSTA, e ficou por isso mesmo. Literalmente, “o camelo conseguiu passar pelo buraco da agulha”, só faltando mesmo se rebatizar a unidade com outro nome mais em conta. E se virar moda? Daqui a pouco vão querer inaugurar um busto do traidor Carlos Lamarca de frente para os portões da nossa Academia Militar das Agulhas Negras!

Que não se duvide, a guerra revolucionária que estamos vivendo hoje é um “tsunami”, se comparada à “luta armada” dos idos 1960/1970. Aparelhos, regiões de homizio, locais de treinamento, doutrinação constante, depósitos clandestinos de armamento e de explosivos, apenas quem quer tampar o sol com a peneira ignora que estas realidades não estejam sendo vivenciadas hoje por todo o país. Só do PT, são em torno de 600.000 militantes espalhados pelo território nacional. A proporção ideal para fazer frente a um efetivo de guerrilha é de 10 (dez) militares para cada guerrilheiro e o Exército, que se saiba, possui em torno de 200.000 homens. Dessa terça parte, quantos já foram cooptados? Os soldados incorporados, quantos já foram inoculados pela cizânia “gramscista”? Sim porque no meu tempo de tenente/capitão existia carga horária de instrução de título “Guerra Revolucionária” para desintoxicar nossa juventude!

Mas, atualmente, comemorar a “ Revolução de 1964” está proibido, virou tabu! Atenção! Como está a cabeça do nosso recruta? Quem já contou para eles quem foi realmente o Capitão Carlos Lamarca? E o nosso Major José Júlio Toja Martinez, o nosso Soldado Mário Kozel Filho, alguma unidade já entrou em forma e desfilou em homenagem aos companheiros nas datas em que foram covardemente assassinados pelos “marighelas“ da vida?

Deus me livre! Nossa presidenta, a comandanta-em-chefa das FFAA entraria em transe! Perigo! A hora do tal “tranco forte” já passou. Vamos enfrentar, sim, um mega choque vermelho brutal, uma guerra de desgaste, de longa duração, uma verdadeira sangueira, cruel e sem limites. Uma reserva “raivosa”, nesta hora, para variar, vai ombrear com a ativa até a morte!

Enfim, que Deus nos proteja!


Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de infantaria e Estado-Maior na reserva.
Posted: 16 Sep 2014 03:27 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jacornélio M. Gonzaga

Como vocês devem se lembrar, desgostoso da vida e da política brasiliana, refugiei-me em Mumbai, Índia, a fim de dar continuidade aos meus estudos de Sânscrito. Já me encontro nesta terra há trinta dias, sentindo falta do feijão preto, da batata frita e do bife (carne de vaca impura) acebolado.  

Meditava sobre essas saudades, degustando um legítimo “Café do Brazil”, no Leopold Café, bar / restaurante grande e popular, situado em Colaba Causeway, bem em frente à Delegacia local, quando reparei num indivíduo barbudo, vestindo um hábito marrom, que conversava com o garçom que me atendia. Eu estava com a nítida impressão de ter visto uma estrela vermelha na gola da roupa daquele homem, que mais parecia um terrorista religioso, do que um Frei Franciscano. Apavorei-me, pois lembrei-me que, em 26 de novembro de 2008, naquele local, teve início o terrível ataque perpetrado por extremistas, que além de pulverizar o Leopold Café, causou uma quantidade enorme de vítimas (195 mortos) e destruiu grande parte do Taj Hotel, local onde estou hospedado.  

De imediato, chamei o garçom e pedi a conta. Para minha surpresa ele me informou que o “frei” havia pagado meu lanchinho da tarde. Procurei o cidadão no recinto para saber o “que coisa é essa?” e ele havia sumido.  

Chegando ao Taj, minha primeira preocupação foi saber se havia algum recado para mim.  

Surpresa!!!!!!!!!!  

Havia um convite formal da Comissão Nacional da verdade me convidando para realizar um depoimento sobre minhas atividades na época da ditamole. Pensei, são uns brincantes! Será que acham que vou interromper meus estudos para enxugar gelo, fazendo parte do circo que a eles garante o brioche de cada dia? 

Decidido a nem responder ao “convite”, subi aos meus aposentos, tomei um bom banho, vesti-me com um traje formal e, como se aproximava das vinte horas, dirigi-me ao The Zodiac Grill, localizado no Lobby do Taj. Sentei-me, ia chamar o garçom e, qual não é minha outra surpresa, o tal “frei”, de pé à minha frente, descaradamente pedia para sentar-se à minha mesa. Não houve tempo nem para responder negativamente. O espaçoso puxou a fina e confortável cadeira e refestelou-se, indo direto ao assunto, que passo a resumir: 

- Sr Jacornélio, estamos cooptando alguns bons e arrependidos brasileiros que militaram na repressão e oferecendo a eles uma irrisória compensação pecuniária. Já conversamos com vários, dentre eles, o Dr Cláudio Antônio Guerra e o TC Paulo Malhães (Dr Pablo). Dependendo do caso de necessidade do contrito, por exemplo: se ele for viúvo, solteiro, militar, com fama de maluco, em adiantado estado de putrefação mental, etc, a ajuda pode superar os cem mil reais. 

- No seu caso, um bom brasileiro que militou tanto nos porões aquáticos, quanto nos terrestres, com várias incursões aéreas, estamos dispostos a assumir suas despesas no Taj Hotel, dando-lhe como cortesia uma passagem de primeira classe até o Aeroporto do Galeão e uma ajuda de custos de cem mil reais, a mesma recebida por alguns de seus antigos chefes.  

Todo homem tem seu preço e aquele “frei” estava me tentando. Era a minha oportunidade de acertar as finanças, desequilibradas desde a minha saída da direção-geral do FUNPAPOL (Fundo Nacional de Pensão dos Anistiados Políticos). Sem delongas, aceitei e, dias depois, aportei no Galeão, sentindo-me um verdadeiro exilado anistiado, que voltava à terrinha. O mais comovente foi ser saudado pelo Samba do Avião, de autoria de Dilma Rousseff, ícone do retorno à pátria-mãe.  

No dia e hora marcados, lá estava eu, vestindo a minha camisa do Flamengo, para ser interrogado por aquele isento “tribunal”. Reparei que Pedro Bohomoletz de Abreu Dallari, Gilson Langaro Dipp, José Paulo Cavalcanti Filho e José Carlos Dias estavam com camisas do Vasco e que Rosa Maria Cardoso da Cunha, Maria Rita Kehl e Paulo Sérgio Pinheiro estavam com as do Fluminense (com muito pó-de-arroz). Simples coincidência, pensei! Nada a temer, afinal, eles estão à cata da verdade. 

Deu-se início ao ritual de qualificação: Nome: Jacornélio Manso Gonzaga, Nascido na cidade de Fortaleza/CE, em tanto do tanto de mil novecentos e tanto. Residente à Rua Arthur Barbosa, 668 - Bairro Caxambu – Petrópolis/RJ. Profissão: fitoterapeuta, especializado em cannabis sativa, formado pela Faculdade Alternativa da Universidade Federal de Santa Catarina; maquiador de pesquisas diversas, formado pelo IBOPE; doutor e professor titular de Ciência Politicamente Correta da Universidade de São Paulo. Codinome utilizado nos porões: Dr Cornélio.  
P: Em quais órgãos da repressão o senhor “trabalhou”, Dr Cornélio? 

R: No Rio de Janeiro: Destacamento de Operações de Informações do I Exército (DOI/I Ex); 1ª Companhia de Polícia do Exército da Vila Militar; Base Naval da Ilha das Flores;e, Base Aérea do Galeão. Em São Paulo: OBAN e Destacamento de Operações de Informações do II Exército (DOI/II Ex). No Recife: Destacamento de Operações de Informações do IV Exército (DOI/IV Ex); e, em Belo Horizonte: no Quartel do 12º Regimento de Infantaria do Exército.  

P: O probo, íntegro e reto Governador de Sergipe, Jackson Barreto (PDT, PMDB, PSDB, PMN, PTB, PMDB – de novo), que responde a cinco ações penais, incluindo peculato e crime contra a administração em geral; que foi impugnado pelo ministério público, com base na Lei da Ficha Limpa; que, em 2009, apresentou uma PEC que previa a possibilidade de duas reeleições para membros do Executivo, a fim de permitir que Ignácio pudesse concorrer a um terceiro mandato; e, que foi eleito como o quarto maior ficha suja do Brasil pelo programa CQC da rede Bandeirantes, solicitou a esta Comissão que investigasse também o quartel do 28º BC, pois há relatos de estupro e um preso que ficou cego em razão do uso de uma venda de borracha. O que o Sr tem a relatar sobre o fato? 

R: Nunca usei essas coisas de borracha. Aliás, sempre pensei que esses emborrachados, embora vedassem, não fossem colocados nos olhos da cara. 

P: Além da Casa do terror, em Petrópolis, o Sr tem conhecimento de outros endereços clandestinos de prática de tortura? 

R: Sim, três: um em São Paulo (capital), situado na Rua Abolição, 297, Bela Vista (#); outro, na cidade do Rio de Janeiro, à Rua do Carmo, 38 - 3º andar – Centro (#); e, um dos mais atuantes, sito à Rua Antonio Cardoso Franco , 501 , Bairro Casa Branca, Santo André/SP (#), por onde passou um certo Prefeito da cidade. Inclusive, lá prestei assessoria aos agentes residentes, no período de 1º de dezembro de 2001 a 18 de janeiro de 2002.      
         (#)Diretórios do PT        

Por favor, Dr Cornélio, limite-se ao período de investigação compreendido por esta Comissão. Caso Celso Daniel (16/04/1951 – 18/01/2002) não é alvo de apuração. 

P: O Sr é acusado de usar a “roda de despedaçamento”, o “tubo de crocodilo” e a “manivela intestinal” quando do interrogatório, na OBAN, do combatente da liberdade: Diógenes José Carvalho de Oliveira. Procede? 

R: Não é verdade. O que eu fiz, na realidade, foi uma entrevista com o Diógenes, também conhecido à época pelos codinomes de “Leandro", "Leonardo", "Luiz" e "Pedro". Posteriormente, foi alcunhado de Diógenes do PT, quando, dizendo falar em nome do governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, solicitou que o então chefe da Polícia Civil, delegado Luiz Fernando Tubino, "aliviasse" a repressão aos bicheiros. 

Grande sujeito, arrependido, confessou-me que, em 1964, por insistência de Brizola, foi fazer um curso de guerrilha em Cuba, onde ficou um ano, tendo se “formado” como especialista em explosivos. 

Contra sua vontade, mas em nome da causa, foi obrigado, na madrugada de 20 de março de 1968, a deixar uma bomba-relógio na biblioteca da USIS, no consulado dos EUA, localizado no térreo do Conjunto Nacional da Avenida Paulista. Segundo ele, três estudantes que deviam estar gazeteando aula, foram feridos: Edmundo Ribeiro de Mendonça Neto, Vitor Fernando Sicurella Varella e Orlando Lovecchio Filho, que perdeu o terço inferior da perna esquerda.  

Sem sono e nada adepto da leitura de jornais, na madrugada de 20 de abril de 1968, Diógenes deixou mais uma bomba, desta vez nas instalações do "O Estado de São Paulo". Mais três inocentes feridos.  

Sofrendo de uma inexplicável dor de barriga e precisando de atendimento médico, o interrogado fardou-se de tenente e foi ao Hospital do Exército em São Paulo, em 22 de junho de 1968. Irritado com a demora do atendimento espinafrou o pessoal (sujou as calças por três vezes), mandou chamar o médico-de-dia e, preocupado com a reação dos enfermeiros, determinou a seus acompanhantes - 10 militantes da VPR – que tomassem os nove FAL, três sabres e 15 cartuchos 7,62 mm da aguerrida, letal e preparadíssima guarda daquele nosocômio.  

Quatro dias depois, 26 de junho de 1968, o perseguido, ainda agastado com o mau atendimento do Hospital Militar, resolveu queixar-se diretamente ao Comandante do II Exército. Para não chegar atrasado, foi de madrugada ao Quartel-General do Ibirapuera. Chegando próximo ao aquartelamento, o carro-bomba que dirigia, perdeu o controle, parece que foi o “burrinho de freio” que deu problema. Mais uma explosão, que, desta feita, matou uma das sentinelas, o soldado Mario Kosel Filho, e feriu mais seis militares.  

Viver na clandestinidade é um trabalho pouco remunerado e, em 1º de agosto de 1968, nosso amigo “completamente duro”, assaltou a módica quantia de NCr$ 46 mil do Banco Mercantil de São Paulo, Agência Itaim, na capital paulista. 

Em 20 de setembro de 1968, participou do assalto ao quartel da Força Pública, no Barro Branco. Na ocasião, uma “bala perdida” matou o soldado Antonio Carlos Jeffery, que estava de serviço.  

Diógenes, no dia da criança do ano de 1968, resolveu comemorar a data com a esposa e os filhos do Capitão Chandler, do Exército dos EUA, que fazia um Curso de Sociologia e Política na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. Esperou o militar tirar o carro da garagem e descarregou para o alto os seis tiros de seu revólver Taurus calibre.38. Infelizmente o cano estava torto e o capitão foi atingido pelos seis disparos, “justiçado” na frente de sua família.  

 “Didi” continuou, em São Paulo, seu profícuo trabalho pela democracia, realizando, em 27 de outubro de 1968, um atentado a bomba contra a loja Sears da Água Branca; em 06 de dezembro de 1968, um assalto à agência do Banco do Estado de São Paulo (BANESPA) da Rua Iguatemi, levando NCr$ 80 mil e ferindo, a coronhadas, o civil José Bonifácio Guercio; em 11 de dezembro de 1968, outro assalto - Casa de Armas Diana, na Rua do Seminário, de onde foram roubadas cerca de meia centena de armas, além de munição - para variar, um civil, Bonifácio Signori, que não tinha nada a ver com a situação, foi ferido a tiros; e, em 24 de janeiro de 1969, coordenou o roubo de armas e munição no 4º RI, Quitaúna. 

Diógenes foi preso, em 02 de março de 1969, na Praça da Árvore, em Vila Mariana, São Paulo capital e, um ano depois, em 14 de março de 1970, foi um dos cinco militantes comunistas banidos para o México, em troca da vida do cônsul do Japão em São Paulo, Nobuo Okuchi. Pelo democrático trabalho realizado, Didi foi anistiado e indenizado.   

Quinze terroristas da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT) e da Resistência Democrática (REDE). participaram do seqüestro. Plínio Petersen Pereira, do MRT, e Denise Peres Crispim, da REDE, nunca foram presos. A CNV tem como ouvi-los, hoje?  

Não confundam as redes, a da Marina é REDE de sustentabilidade. É só COINCIDÊNCIA!   

P: A CNV tomou conhecimento que, em instalações da Rua Tutóia, o Sr preparou, para ouvir Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz (“Clemente”), o último dos “comandantes” da Ação Libertadora Nacional, os seguintes instrumentos de entrevista: “Forquilha do Herege”, ”Aranha Espanhola”, “Banco de Tortura”, “Cadeira Inquisitória” e “Cadeira do Dragão”. O que tem de verdade nessa acusação? 

R: Nada, pois o “da Paz”, embora se gabe de ter assassinado dez pessoas, inclusive um “capitão que nunca existiu”, nunca foi preso. Hoje ele se vangloria da execução de seus atos e, friamente, justifica as mortes, alegando que “guerra é guerra”. “Clemente” foi autor de vários assaltos a bancos, estabelecimentos comerciais, assassinatos e “justiçamentos” - ou planejamento deles - como o do seu próprio companheiro Márcio Leite Toledo, em 23 de março de 1971 e do presidente da Ultragaz em São Paulo, Henning Albert Boilesen, em 15 de abril de 1971.  

Eis aí, senhores membros da CNV, um excelente material para investigação por parte desta egrégia comissão, pois o “da Paz”, que dizia estar combatendo uma ditadura: 

- realizou treinamento militar na “demoniacracia” cubana; 

- recebeu de um general cubano (fuzilado, posteriormente) uma proposta de envio de médicos, ou melhor, de terroristas para ajudá-lo na derrubada de um Governo constituído e reconhecido por toda a comunidade internacional; 

- foi o último comandante da ALN, organização terrorista criada por Carlos Marighella; 

- não demonstrou nenhum momento, arrependimento ou lamentou por suas vítimas, demonstrando uma frieza impressionante diante dos crimes que cometeu; 

- mentiu, descaradamente, inventando uma fantasiosa e hollydiana ação contra do Gen Humberto de Souza Melo, comandante do então II Exército; 

- tem a “cara-de-pau”, como a dos senhores, de cobrar o julgamento daqueles que o combateram; e, 

- nunca cumpriu pena por seus crimes assumidos. 

Hoje, gozando de generosas indenizações concedidas a título de anistia, “da Paz” vive em paz no Rio de Janeiro. Veja seus depoimentos: 

Sr, Jacornélio, o senhor em vez de esclarecer fatos envolvendo a tortura, fica relembrando somente as ações praticadas pelos combatentes da liberdade, portanto, está encerrado este depoimento.  

 “Data Vênia”, Sr coordenador! Antes de encerrar, quero que me tirem uma dúvida. Acabei de ler o livro “mulheres que foram a luta”, por que a esmagadora maioria delas é composta por dragões? Tinha a finalidade de espantar a repressão? 

Esclarecimentos: 

- Este escrito, assinado no dia de São Jorge, o matador de dragões, é uma homenagem a todas as barangas que foram à luta. Salve Jorge! 

- A inserção do tal frei barbudo, que coopta Jacornélio, é um preito e um ato de galanteria dirigido ao agente “Barba”, que continua realizando seu trabalho “republicano” de aliciamento, com descaramento total e sem-vergonhice a toda prova. Salve Ignácio!  

Jacornélio é mau, despótico e cruel. Sádico, se deleita em ver e fazer os outros sofrerem. Empresário do ramo da inquisição, ascendeu nas últimas décadas à condição de principal fornecedor de instrumentos de tortura para as delegacias de polícia e afins. 
Revisão: Paul Essence e Paul Word Spin (in memoriam).   
Brasília, 23 de abril de 2014.   

Posted: 16 Sep 2014 03:24 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Merval Pereira

O sociólogo Manuel Castells, um dos maiores especialistas em redes sociais, diz que o medo é a emoção primária fundamental, a mais importante de nossa vida a influenciar as informações que alguém recebe. Os recursos da moderna propaganda estão sendo usados à exaustão nesta campanha para explorar as descobertas mais recentes da neurociência, que já definiu que o eleitor vota mais com a emoção do que com a razão.

Mais uma vez o PT apela para um esquerdismo canhestro para tentar barrar a caminhada da hoje adversária Marina Silva, assim como fez com os candidatos do PSDB em pleitos anteriores. A privatização já foi o argumento da vez, mas como o próprio governo petista teve que privatizar portos, rodovias e aeroportos para destravar os investimentos, achou-se outro bode expiatório contra Marina, como o Banco Central autônomo ou o petróleo do pré-sal.

Sempre aparentando uma estratégia de esquerda, uma suposta defesa dos desvalidos, o que o PT faz é explorar o medo das camadas menos informadas da população criando fantasmas contra seus adversários. O fenômeno mais interessante desta eleição é a troca de posições entre os candidatos do PSDB e do PSB, com Marina Silva concretizando todos os projetos estratégicos previstos por Aécio Neves quando da campanha ainda participava o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Contando com o esquema partidário do PSDB, bem mais capilarizado que o do PSB, Aécio pretendia neutralizar a força do PT no nordeste com boas votações em Estados daquela região onde a oposição se fortalecera depois da eleição de 2010, como Bahia e Ceará, além de contar com a vitória natural de Campos em Pernambuco.

Se em 2010 a presidente Dilma elegera-se com uma votação espetacular no Norte e no Nordeste, onde tirara mais de 11 milhões de votos de diferença para o candidato tucano no segundo turno, este ano alterações importantes indicavam que a votação naquelas regiões poderia ser diluída entre os três principais adversários, mesmo que Dilma continuasse com vantagens.

A entrada de Marina Silva na disputa, devido à morte trágica de Eduardo Campos, fez com que se concretizasse a mudança de quadro nas votações, mas a favor dela. Dilma, que teve uma média de 70% dos votos do nordeste em 2010, neste momento está com 47%, enquanto Marina tem 31%. Aécio está com a mesma votação que Serra teve em 2010: 8% dos votos nordestinos.

Em Pernambuco, Marina manteve a maioria dos votos de Campos e lidera com 45%, enquanto Dilma tem apenas 38%. Na Bahia, Dilma está à frente com 50%, mas na eleição de 2010 teve 67%. Em nenhum dos dois Estados, que reúnem 43% do eleitorado do nordeste, Aécio Neves está à frente, embora a coligação do DEM com o PSDB esteja vencendo a eleição para o governo na Bahia.

Na região sudeste, a presidente está com 28%, em contraponto aos 46% de votos que teve na última eleição, pois venceu em Minas. Marina hoje tem 36% dos votos do sudeste, mais que Serra em 2010, mesmo este tendo vencido em São Paulo. Marina no momento vence em São Paulo e disputa o segundo lugar em Minas com Aécio.

Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin pode vencer no primeiro turno. O PSDB tem vencido regularmente a eleição para presidente em São Paulo, mas desta vez quem está à frente é Marina. No Rio, onde a presidente teve uma vitória com 3,7 milhões (43,8%) no primeiro turno, e 4,9 milhões (60,5%) no segundo, a candidata Marina Silva lidera as pesquisas, impossibilitando que a presidente Dilma repita sua performance.

O esquema partidário paralelo que o candidato Aécio Neves montou com dissidentes da base aliada do governo do Estado, que rejeitaram o apoio do PT a Lindbergh Farias, não está funcionando a seu favor. No Sul, a presidente Dilma caiu de 43% para 35%, e tem a mesma votação que Serra teve em 2010. Marina tem 28%, enquanto Aécio mantém 20%.

Mais um exemplo de que as alianças feitas não estão alavancando Aécio: no Rio Grande do Sul, a senadora do PP Ana Amélia vence para o governo do Estado, mas Aécio está em terceiro lugar. Marina atualizou seu programa de governo, em especial na parte econômica, e encontrou semelhanças com o eleitorado do PSDB, o que facilitará uma transferência de votos no segundo turno.

O PT, por seu lado, conseguiu dar à campanha o tom de confrontação radicalizada que lhe propício. Marina terá que contar com a organização partidária dos aliados da oposição para fazer frente à máquina partidária petista no segundo turno.

Merval Pereira é Jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras. Originalmente publicado em O Globo em 15 de setembro de 2014.
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