Oposição fraca e covarde
O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), mais uma vez demonstrou que é um homem pouco afeito às lides políticas. Quando disputou a presidência da república quase apanhou ao vivo e a cores no palco onde se desenrolava o debate entre ele e o candidato Luiz Inácio Lula da Silva. O petista no seu estilo de arruaceiro de porta de fábrica gingou o corpo diante do oponente, e o manteve encurralado em um canto.
Acredito que a força de um indivíduo não esteja na sua compleição física e nem no grito, mas em seu moral. Duvido que o candidato Lula teria uma postura de valentão à frente de um Fernando Henrique Cardoso, ou de um Joaquim Barbosa. Ele é macho diante de um indivíduo inseguro, que não diz a que veio.
Um estado ser governado por um cidadão fraco, que limita a ação da polícia, só poderia resultar neste vexame porque está passando a segurança do estado de São Paulo. A população em pânico e a polícia intimidada diante de criminosos que transformaram os policiais em alvos preferenciais de suas ações criminosas, ceifando vidas como não se tem registro na história.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, pediu exoneração do cargo, face à impossibilidade de agir como autoridade policial. O governador do estado e organizações de direitos humanos, inclusive estrangeiras, defendem os marginais. Não se viu até o momento uma atitude de solidariedade aos policiais brutalmente assassinados. Mais de noventa policiais mortos em menos de doze meses!
Este quadro de pânico é típico de um projeto de poder, que vai minando as instituições, para, finalmente, tomar de assalto em definitivo o país.
Reação? Nenhuma. O ministério público leva à justiça cobrança de pesada multa ao ex presidente da república, Lula, por desvio de conduta em ações assistencialistas que facilita o acesso ao crédito consignado e favorecimento de determinada instituição bancária, e um juiz inocenta o acusado. O voto de cabresto é implantado através de distribuição de 'cotas', que dão acesso a analfabetos funcionais ao ingresso de universidades e distribuição de 'bolsas família' para enganar o estômago de infelizes, que vivem à margem da pobreza absoluta. Não se pensa em proporcionar ensino de qualidade e emprego. A assistência médica fica restrita aos que podem pagar um plano de saúde, reservando aos miseráveis as portas de hospitais, onde são tratados como cachorros, quase sempre vindos ao óbito antes de um atendimento médico.
Esse descaso com a população, acompanhado de intensa propaganda enganosa, vai corrompendo as mentes e corações dos mais fracos, transformando uma massa de indigentes em exército de coação que amedronta as autoridades, e ganha terreno no avanço ao domínio da nação.
As Forças Armadas sofrem pressões de todas as partes, resultando em que os comandantes militares transformaram-se em figurantes de escola de samba do terceiro grupo, que desfilam, mas não brilham; agindo como uma marionetes, submissos, bajuladores; confundindo covardia com disciplina militar.
Salvação? Tem, sim. Em primeiro lugar deve-se partir para que os comandantes militares sejam substituídos por oficiais de pulso, capazes de restaurar a dignidade das FFAA. Juízes e promotores públicos devem afastar dos seus quadros os membros que vêem denegrindo as imagens dessas instituições.
É preciso dar um basta nos que chegam ao poder e passam a se julgar os donos do país.
José Geraldo Pimentel
Cap Ref EB
Rio de Janeiro, 21 de novembro de 2012.
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