segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Novas e velhas - Vinho Novo - Odres Velhos!



Vinho Novo ‒ Odres Velhos!

Por Jim Mathis

 

Recebi uma ligação telefônica interessante de um fotógrafo de outra cidade, reclamando que meus preços eram muito baixos. Depois de descobrir que ele não estava brincando, percebi que ele usava um modelo de negócios muito em voga entre os anos 1950 e 90. 

 

Na época, muitos fotógrafos tiravam fotos com um filme colorido e o enviavam a um laboratório para processamento e impressão. As taxas cobradas dos clientes nem sempre cobriam esses custos. Os fotógrafos ganhavam dinheiro vendendo ampliações caras, impressas pelo laboratório fotográfico. Tentavam aumentar seus ganhos vendendo cópias, mas quem mais lucrava com isso era o laboratório. Por esta razão, tornei-me proprietário de um laboratório fotográfico durante a maior parte daquele período. 

 

A fotografia digital fez mais do que eliminar filmes e revelação. Pela primeira vez desde a década de 50 ela recolocou o controle da imagem de volta às mãos do fotógrafo. Foi uma mudança de paradigma na forma como eram feitas as fotos, exigindo um conjunto diferente de habilidades, como experiência com softwares de aperfeiçoamento de fotos, habilidade com impressão a jato de tinta e novas fórmulas de remuneração dos custos.

 

Muitos fotógrafos deixaram de compreender essas mudanças e ainda enviam seus arquivos digitais para serem impressos em laboratórios fotográficos, eliminando o controle da tecnologia digital. Como resultado, eles têm despesas maiores e menos controle. 

 

A importância de se ajustar a mudanças que ocorrem dentro de um ramo de atividade tem aplicação extensa e vai além da foto digital. Algumas tecnologias têm a habilidade de mudar completamente o modo como vivemos ou conduzimos nosso negócio. Simplesmente tentar adaptar novas capacitações a práticas antigas significa perder seu propósito. Seria como comprar um celular e pendurá-lo num suporte na parede da cozinha, como o antigo aparelho de telefone fixo. 

 

Embora com séculos de vida, a Bíblia fala dessa necessidade de responder corretamente às mudanças. Jesus Cristo lembra aos Seus seguidores: “Ninguém põe vinho novo em vasilha de couro velha; se o fizer, o vinho rebentará a vasilha, e tanto o vinho como a vasilha se estragarão. Ao contrário, põe-se vinho novo em vasilha de couro nova” (Marcos 2.22). Embora Jesus estivesse falando de uma verdade espiritual, o princípio se aplica a estratégias do mundo empresarial e profissional. 

 

Em outra parte, a Bíblia ressalta as pessoas da tribo de Issacar “que sabiam como Israel deveria agir em qualquer circunstância” (1Crônicas 12.32)Ocorriam mudanças significativas naqueles dias e aqueles indivíduos sábios observavam e reconheciam como precisavam reagir. 

 

Com o compasso acelerado das mudanças do século XXI, não importa que tipo de trabalho ou empresa estamos envolvidos: necessitamos estar constantemente avaliando e reavaliando como fazer as coisas. Isso pode envolver tecnologia, que vai da mídia social a atualizações na capacidade dos computadores, ou compreender a mudança de disposição mental de nossos clientes em relação aos produtos e serviços que fornecemos. 

 

Precisamos considerar se não estamos falhando ao tentar forçar velhos hábitos a um ambiente totalmente novo, ou se estamos verdadeiramente tirando proveito de novos recursos que surgem e estão disponíveis, alavancando e elevando a produtividade e o atendimento ao cliente.  

 

Próxima semana tem mais!


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