terça-feira, 19 de agosto de 2014

Justiça! Justiça?

Justiça! Justiça?

                      Mais a mais, não quero nunca mais esperar por você!
                      Você é muito lenta e, nos “finalmentes”, muito complicada!
                     Cada vez mais, liberto-me dessa eterna esperança; talvez ainda possa viver para ver você no lugar onde nunca deveria ter deixado: depois de Deus! Somente você poderia me ajudar! E foi da sua vontade voltar-se de costas para mim.
                      Cercou-me de tantas expectativas, tantas ilusões e em seguida deixou-me num “buraco negro” entre tantas estrelas e, com elas, tantas alegrias e outros tantos êxitos, os quais não fizeram parte da minha vida. E assim, permaneci untado das esperanças que são próprias em sua vida, e entre as puras comicidades e as pífias questiúnculas geradas por entre as mazelas intrínsecas das lides do mundo.
                    Você quis outros destinos, outras estradas, outros olhares e pensamentos, bifurcando outros tantos caminhos e perdeu-se por entre as reticências inacabadas da imaginação, porém as minhas esperanças foram e ainda são moldadas para que você volte e repense nestas suas divagações pelo tempo em que ficou “fora de controle”, olhando-me sempre de costas, como se isso fosse possível!
                    Figurava como a importância fundamental de um seio materno que, pela fome do recém nascido, é levado à sua boca e é saciada ali aquela fome advinda das conseqüentes ansiedades gastronômicas existentes em um ser vivo, além de ostentar as verdades preponderantes da fisiologia que é blindada por outros tantos estudos e/ou conhecimentos empíricos ou, ainda, uma importância tal que separa a vida da morte. Melhor; você ultrapassava todos os limites da importância que eu tinha diante da imagem e do lastro que a envolvia em sua “história”. Talvez nem saibas o quanto foi querida, respeitada e almejada por diversas circunstâncias, notadamente quando meu coração e minhas razões inspiravam desconfianças nos eventuais destinos que, por ventura  estava por vir. E eu corria rapidamente para os seus “braços”!
                    Claro! Pelo sintagma da tautologia, doença que havia lhe penetrado através de variantes colossais que eram “protocoladas” diariamente na sua “consciência” e, ainda, considerando a soberba que fez de ti um porto seguro dos ímpios ou dos ímprobos – ou ainda; os dois, concomitantemente - dentro de outros conjuntos excluídos dos Juízos de Valores; e por haver certo desprezo seu, jamais senti o “calor” destes seus braços que, aparentemente, permaneciam imóveis e frios nas minhas costas. Por seqüência, diante da sua insistência em caminhar para outros ares, endeusaram-na a ponto de classificá-la como se fosse a imagem de Temis, sim, aquela deusa grega que passou a ser conhecida junto aos Romanos como Dice, equivalendo-se a Deusa da Justiça, mas que na Grécia Antiga foi convenientemente protegida pelo seu pai Gaia para que ela (Temis-voce) não contraísse os enlouquecimentos de Urano. Enfim, quantos apelidos você teve, até chegar a mim e envolver-me desse jeito! Deixando-me aos píncaros da pusilanimidade... Como se isto fosse possível imaginar, assim como ainda me imagino!
                    Por diversas vezes clamei por você! Segui os seus destinos, e escrevi apaixonadamente por causas de seus profundos e alargados meios jurisdicionais.  Quis ir mais fundo; estudei todas as suas formas e todos os seus sabores quando se tratava de vitórias, mas você aparentemente fria e com olhos vendados, permanecia intacta e incólume, longe das minhas alegrias. E nem mesmo em minhas derrotas você apresentava o devido valor do conforto, ladeado da solidariedade de que deveria, por força da razão, ter-me consolado. Ao contrário. Foi cada vez mais, afastando-se de mim!
                    Mesmo enganado, segui acreditando que você era a peça fundamental e única em minha vida. Mesmo sendo desprezado, vi suas nuanças e suas benesses salpicadas de aprazimentos serem erguidas por entre meus ombros e, ali, todo o peso da responsabilidade não representou um grama sequer, uma vez que, o amor que outrora tinha por você era o Grande Alicerce que suportava as mazelas do mundo. Nada me regia, a não ser você!
                    Enfim, você era tudo para mim!
                    Meu ar, meu sono, meu alimento, quiçá, meu perfume favorito!
                    Entrementes, mesmo com minhas rugas crescendo em meu rosto, percebi que a arrogância e a desfaçatez eram os pingentes da sua coroa e isto, você jamais arrancou de sua cabeça e, num tropeço –porque as estradas são desconhecidas; numa delas, as pedras eram por demais, não havendo “ferramentas” adequadas para evitar a abrupta “colisão” – caiu por terra, todo o aparato que envolvia a sua vida, a qual, naquelas oportunidades, nada tinha a ver com a minha. Felizmente!
                    Depois de suas andanças e depois de seu derradeiro tropeço, me aparece assim, toda “doente” e arrependida. Nem percebe as minhas cicatrizes provenientes de tantas “agressões” vinda de você, sendo que, nem por um instante tentou efetuar um “curativo” – mesmo que fosse um paliativo, nem assim – a fim de amenizar as minhas “dores” e com todas as máculas do mundo, tenta saciar sua sede viciada dos conhecimentos humanos. Como se eu fosse um poço e, agora, tenta tirar a água para matar a sua “sede”. Saiba querida que infelizmente, a corda do balde do meu poço não suportará retirar uma gota d’água dentro desse balde, pois o tempo de sua espera findou-se quando ainda estava nas “alturas” de seu grande mandado e não sabia (ou não queria, agora não importa mais) olhar para baixo e, assim, não observou (por circunstâncias que não atenuarão seus arrependimentos) quão sofrimento existe no bojo e nas entranhas de pessoas (como eu) sedentos por você, porque a minha “corda” apodreceu de tanto ficar nas intempéries aguardando por sua volta. Agora, meu amor,  morrerá de sede!
                    Ainda assim, meus pensamentos te seguirão e pedirei ao Supremo que, por misericórdia, te perdoe!
                    Seu nome estará gravado entre meus pulsares e no interior de meu cérebro e, isso já é muito para lhe dizer o quanto esperava por você!
                     Justa e dedicada! Na medida certa e exemplo a ser seguido por outras infinitas gerações!
                    Pedirei, finalmente, em minhas orações que os seus seguidores não mantenham seus parcos lastros, donde você conseguiu enganar a si mesmo, esquecendo-se da sua real importância no meio do Direito, e, an passan, configure seus destinos noutros pilares de Seres Humanos, tracejando os parâmetros necessários para o bem viver, sem nenhum tipo de egocentrismo, nem utopia e, você, Justiça: vá de encontro com Deus. Ele está te esperando! Você não me pertence mais!
                    Sinceramente, gostaria de ser uma “ejaculação precoce” não havendo – naquele preciso instante – um “combustível” para que fosse “residir” por nove meses no útero de minha amada mãe e, somente assim, não estaria pedindo que Deus “ilumine” com sua Divina Luz uma “pessoa” que, escondida por entre a pele do Lobo, prejudicou por uma porção de vezes, não apenas a mim, mas toma a minha geração...
                    Mais a mais, talvez mais que menos!
                    Justiça! Justiça? Quando?

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