domingo, 3 de agosto de 2014

Aluno processa professor por ter tomado celular em sala de aula e Justiça nega pedido

Aluno processa professor por ter tomado celular em sala de aula e  Justiça nega pedido


     Um aluno que teve seu celular tomado pelo professor não será  indenizado. O juiz Eliezer Siqueira de Sousa Junior, da 1ª Vara Cível e  Criminal de Tobias Barreto, no interior do Sergipe, julgou improcedente  um pedido de indenização que um aluno pleiteava contra o professor que  tomou seu celular em sala de aula.

     De acordo com os autos, o educador  tomou o celular do aluno, pois este estava ouvindo música com os fones  de ouvido durante a aula. Segundo o site Migalhas, o estudante foi  representado por sua mãe, que pleiteou reparação por danos  morais  diante do "sentimento de  impotência, revolta, além de um enorme desgaste físico e emocional".

      Na negativa, o juiz afirmou que "o professor é o indivíduo vocacionado  a tirar outro indivíduo das trevas da ignorância, da escuridão, para as  luzes do conhecimento, dignificando-o como pessoa que pensa e existe”.

      O magistrado se solidarizou com o professor e disse que "ensinar era um sacerdócio e uma recompensa. Hoje, parece um carma". Eliezer Siqueira  ainda considerou que o aluno descumpriu uma norma do Conselho Municipal  de Educação, que impede a utilização de celular durante o horário de  aula, além de desobedecer, reiteradamente, o comando do professor.

      Ainda se considerou que não houve abalo moral, já que o estudante não  utiliza o celular para trabalhar, estudar ou qualquer outra atividade.

      "Julgar procedente esta demanda é desferir uma bofetada na reserva  moral e educacional deste país, privilegiando a alienação e a contra  educação, as novelas, os ‘realitys shows’, a ostentação, o ‘bullying’  intelectivo, o ócio improdutivo, enfim, toda a massa intelectivamente  improdutiva que vem assolando os lares do país, fazendo às vezes de  educadores, ensinando falsos valores e implodindo a educação brasileira”, declarou.

      Por fim, o juiz ainda faz uma homenagem ao professor. "No país que  virou as costas para a Educação e que faz apologia ao hedonismo  inconsequente, através de tantos expedientes alienantes, reverencio o  verdadeiro herói nacional, que enfrenta todas as intempéries para  exercer seu ‘múnus’ com altivez de caráter e senso sacerdotal: o
 Professor".

Nenhum comentário:

Postar um comentário