quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A Presidenta-candidata Dilma Rousseff reza (ou apenas torce)


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A Presidenta-candidata Dilma Rousseff reza e seus assessores articulam para que o Tribunal de Contas da União volte atrás na decisão de bloquear o patrimônio de diretores e ex-diretores da Petrobras envolvidos diretamente no prejuízo de US$ 792,3 milhões com a compra da refinaria Pasadena, no Texas (EUA). Caso o TCU confirme a decisão, e ainda incluía no rol de afetados Jorge Zelada (homem de confiança do PMDB) e Maria das Graças Foster, a amiga de Dilma ficará insustentável na presidência da Petrobras.

No governo, ainda corre uma aposta de que o ministro-conselheiro José Jorge possa aliviar a barra de Graça Foster, fazendo o malabarismo de voltar atrás. Basta que ele e a maioria do plenário do TCU acatem os embargos de declaração feitos pela Petrobras contra a indisponibilidade dos bens de José Sérgio Gabrielli (homem de confiança do Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva) e demais dirigentes da petrolífera. O caso mais desesperador é o de Paulo Roberto Costa – preso e investigado na Operação Lava Jato. Mais delicado que o caso deles só o de Graça que, se for obrigada a “tomar no TCU” (como ironizam deputados da oposição petista no congresso), perde automaticamente o cargo.

José Jorge e demais conselheiros podem se basear no pedido feito pelo Advogado Geral da União, Luis Inácio Adams, para que o TCU “dissocie os diretores envolvidos para efeito de indisponibilidade de bens”. A grande preocupação de Adams é com Graça Foster e o poderoso diretor Financeiro, Almir Barbassa. Se os dois forem colocados sob suspeita pelo TCU, ficam obrigados a deixar seus cargos. A queda de ambos poderia ser fatal para o governo Dilma Rousseff. Por isso, a pizza já está assando no forno do TCU.

O “Tribunal” de Contas da União, que não é órgão do Judiciário, mas auxiliar do poder Legislativo, já tinha pisado na bola na decisão anterior de excluir, ao menos temporariamente, Dilma Rousseff e demais integrantes do Conselho de Administração da Petrobras do processo que apura responsabilidades sobre o caso Pasadena. O TCU tomou uma decisão flagrantemente política e contrária ao próprio estatuto da Petrobras – que torna os diretores executivos e os membros do conselho responsáveis pelas decisões da empresa.

Por isso, é grande o risco de o TCU, novamente, “revogar a gravidade” dos fatos para preservar o poder de Graça Foster e Almir Barbassa – os poderosos comandantes da Petrobras. Se Pasadena for adiante, o Passadilma (previsto para as urnas) vira uma realidade antecipada...

Estamos fritos...

A marketagem reeleitoreira petista comprovou mesmo que seu conteúdo é indigesto.

Apresentar a Dilma, na propaganda de TV, como “mulher que gosta de cozinhar”, preparando uma “dificílima” macarronada, é uma piada macarrônica...

E o fato de Dilma alegar que, em sua rotina de trabalho, tem de “matar um leão por dia” vai parecer que ela é candidata à presidência de algum país africano ou, então do Jardim Zoológico... 

Pior que isto é ela ter usado a imagem de que é obrigada a “subir e descer o monte Everest” – em pleno Planalto...

Tá de sacanagem...

No mesmo programa releeitoral do PT, o Presidentro Lula apareceu, rapidinho, para soltar uma indagação em cima da qual a oposição deveria surfar:

“Já imaginou o prejuízo que o país teria se eu não tivesse um segundo mandato?”.

$talinácio deve ter razão, pois sem o seu segundo mandado não teríamos todos aqueles escândalos, de desvio e lavagem de US$ 10 milhões, que é investigado pela Operação Lava Jato, e aquele monte de escândalo, devidamente abafado e em segredinho judiciário na Operação Porto Seguro, contra a amiga Rosemary Noronha...

Triste Memória



Falecido Lula...

Lula deve ter ficado PT da vida com o programa do PSB, que evocou a memória do recém-falecido Eduardo Campos.

Os marketeiros socialistas usaram o áudio do enterro dele, domingo passado, quando o povão gritou: “Eduardo, Guerreiro do Povo Brasileiro”.

Lula, que chegou a ser vaiado no velório, é quem usava este título de “Guerreiro do Povo Brasileiro” – agora roubado pela propaganda adversária.

Deve ter sido o troco da História nos marketeiros petistas que, em eleições passadas, roubaram de Leonel Brizola o slogan “A Força do Povo” (que agora volta a ser usado pela eterna brizolista Dilma).

Guerra contra a Rede Globo



Má influenza...


Nelson Couto, o Xerife da Confraria do Garoto, faz uma grave denúncia via facebook.

Torcedores da Costa do marfim, que vieram curtir a Copa do Mundo no Brasil, podem ter trazido o terrível vírus da Influenza.

Médicos já avaliam o risco de uma epidemia da gripe – que se pensava extinta -, a partir do Rio de Janeiro...

Dia do Maçom

Perguntinha que se faz lá pelos lados do Paraná por maçons:

Como é que o ex-petista, deputado federal André Vargas, vai comemorar o Dia do Maçom, neste dia 20 de agosto?

O “irmão” André Vargas teve seu nome citado nas investigações da Operação Lava Jato, por suas ligações com o doleiro Alberto Youssef, que por sua vez é parceiro de Paulo Roberto Costa, que comandou o “abastecimento” e controlou 1382 contas correntes da Petrobras.

Dicas para o Abdelmassih



Cuidado: daqui pouco, na campanha, os petistas vão dizer que o Roger Abdelmassih é o Pai do Plano Real...

Que reforma, Dunga?

O técnico Dunga convocou 10 jogadores da Era Felipão para a "nova" seleção brasileira.

Ainda bem que não chamou Alberto Yousseff para o lugar do Guido Mantega.

Paulo Roberto Costa jamais o perdoaria...

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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. 


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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 20 de Agosto de 2014.

Pesquisa Eleitoreira

Posted: 20 Aug 2014 04:00 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

Um cão de raça peluda escapa de seu dono, corre e pula numa piscina.

Provavelmente o seu dono estava respondendo a uma pesquisa eleitoral e se distraiu.

Sempre tive fascinação por pesquisas; se assemelham muito aos horóscopos.

A maioria dos entrevistados não entende as perguntas. Respondem procurando agradar o entrevistador como num programa de televisão.

Quem são os clientes das empresas de pesquisas eleitorais? Os marqueteiros que querem vender gato por lebre! Os órgãos da mídia (que dependem da publicidade de empresas estatais)! Os militantes partidários que transformam os eleitores em meras torcidas organizadas, como as de times de futebol.

Pagam pelas pesquisas e não tem 110% (cento e dez por cento) de aprovação para o seu candidato?!? Que incompetência!

A vantagem da pesquisa é induzir os idiotas a votarem no “vencedor” (antecipado pela numerologia).

A barbaridade da pesquisa é coonestar um resultado que será moldado pelas urnas fraudáveis e por um dogmático sistema de apuração de votos, sem possibilidade de recontagem e auditoria independente.

Por tudo isso, em vez de pesquisas de araque, prefiro o palmômetro ou atualmente, o vaiômetro com ou sem TCU.


Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

Getúlio Vargas e a Independência

Posted: 20 Aug 2014 03:58 AM PDT


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Adriano Benayon

Aproxima-se o 60º aniversário do golpe de Estado com o  qual a oligarquia angloamericana derrubou o presidente Vargas, em 24 de agosto de 1954.

Esse acontecimento teve efeitos tão desastrosos como importantes. Trata-se, nada menos, que da cassação da independência do Brasil.

A soberania do País nunca foi plenamente exercida, mas, se houve governante que tomou iniciativas para alcançá-la, esse foi Getúlio Vargas.

Exatamente por isso, a oligarquia imperial angloamericana sempre conspirou contra ele, com a ajuda de pseudo-elites e de agentes locais da política e da mídia, amiúde recrutados por meio de corrupção.

Em 1932, a oligarquia paulista promovera o fracassado movimento de 9 de julho, movida pelos interesses britânicos. Intitularam-no constitucionalista, conquanto Getúlio organizara as eleições para a Constituinte que votou a Constituição de 1934, a qual instituiu significativos avanços econômicos e sociais.

Tão profunda como a estima dos verdadeiros industriais e a veneração dos trabalhadores brasileiros a Getúlio, foi a ojeriza da minoria desorientada pelos preconceitos da “democracia” liberal e dos contrários à industrialização, alimentada pela hostilidade da mídia,  caluniosa e falsificadora dos fatos.

Vargas fora forçado, durante a Segunda Guerra Mundial,  a ceder bases militares no Nordeste aos EUA, e cometeu o erro de insistir em enviar a Força Expedicionária Brasileira à Itália. A FEB foi equipada e armada pelos EUA e combateu sob comando norte-americano.

Daí se criaram laços entre os comandantes e oficiais de ligação estadunidenses e os oficiais brasileiros que conspiraram nos quatro golpes pró-EUA (1945, 1954, 1961 e 1964.

Em outubro de 1945, o pretexto foi derrubar um ditador, o que não tinha sentido, pois o presidente viabilizara eleições, já marcadas para o início de dezembro,  e não era candidato. Após o golpe, recomendou votar no marechal Dutra, pois o brigadeiro Eduardo Gomes representava os que sempre se haviam oposto a Vargas.

Quando Vargas,  eleito em 1950, voltou à presidência, nos braços do povo, já estava em marcha a desestabilização de seu governo, a qual culminou com o crime da rua Toneleros, já em agosto de 1954.

O crime foi dirigido  pelo chefe da delegacia de ordem política e social (DOPS), famosa por seus métodos desumanos de repressão aos comunistas, desde a época do Estado Novo, instituído por golpe militar, em 1937.

Esse golpe proveio de oficiais do exército, que colocaram Felinto Muller na chefia da polícia.  Vargas, presidente constitucional desde 1934,  permaneceu à frente do governo, mas não teve poder e/ou vontade suficiente para  limitar significativamente as violências.

Ele sempre foi contemporizador, negociava com pessoas de diferentes tendências e, por vezes,  as colocava ou mantinha no governo. Ao voltar Vargas, em 1951, continuou na DOPS o filonazista Cecil Borer,  que vinha da administração do marechal Dutra. Como tantos pró-nazistas, mundo afora, movido pelo anticomunismo, Dutra subordinou-se aos interesses dos EUA.

Apesar de seus erros, Vargas merece lugar de honra na história do Brasil, por ter dado o indispensável apoio do Estado ao desenvolvimento industrial, que despontava desde o início do século XX e ganhou força, de 1914 a 1945, graças também à redução dos vínculos comerciais e financeiros com os centros mundiais, propiciada pelas duas guerras e a longa depressão dos anos 30.

Antes do fim da Segunda  Guerra Mundial, o império já planejava fazer abortar esse processo. Mais tarde, diria o notório Henry Kissinger: “para os EUA seria intolerável o surgimento de uma nova potência industrial no hemisfério sul.”

Os serviços secretos dos EUA e do Reino Unido vinham, de há muito, operando na desestabilização do presidente. Em 1954, Borer envolveu informantes da polícia e pistoleiros no crime da Toneleros, que matou o major Vaz, da aeronáutica, simulando que o alvo seria o  virulento adversário de Vargas, Carlos Lacerda. 

Na armação policial-jornalistica-militar, Vaz, casado e pai de filhos pequenos, substituiu, na ocasião, o solteiro major Gustavo Borges. Lacerda engessou o pé dizendo ter tomado um tiro de revólver,  mas, se isso fosse verdade, o pé teria sido destroçado.  Nunca se encontrou um prontuário de atendimento em hospital.

A conspiração enredou a guarda pessoal do presidente e o fiel guarda-costas Gregório Fortunato, que foi torturado e ameaçado para confessar o que não fez. Condenado a 15 anos de detenção, foi assassinado na prisão, em operação de queima de arquivo.

O golpe de 1954 é o maior marco negativo da história do Brasil,  pois o governo udenista-militar, dele egresso, criou vantagens incríveis para as empresas transnacionais dominarem por completo a produção industrial do País. Fez os brasileiros pagar caríssimo para serem explorados.

Foi, assim,  inviabilizado o desenvolvimento de tecnologias nacionais, a não ser por grandes empresas estatais ou apenas em nichos menores, no caso de indústrias privadas  nacionais, ainda assim, fadadas a ser desnacionalizadas.
Tanto o golpe de 1964, que instituiu os governos militares, como a falsa democratização, a partir de 1985, intensificaram as políticas pró-capital estrangeiro em detrimento do País. 

Os governos de 1954-1955 e 1956-1960 (JK) foram motores da desnacionalização da economia. Os de Collor e FHC os mais monoliticamente entreguistas. Nenhum operou reversões nessa marcha infeliz.

A herança hoje é a desindustrialização e a colossal dívida pública, tendo a União já  gastado nela, desde 1988, quase 20 trilhões de reais. Além disso, recorrentes crises devidas aos déficits de comércio exterior.

As  realizações do presidente Vargas fazem dele o principal herói nacional e exemplo para futuros líderes. Mas não sem reservas, porque  lhe faltou combatividade e espírito revolucionário.

Não me parece verdade que o nobre sacrifício de sua vida tenha frustrado os objetivos dos imperialistas. Preservaram-se as estatais, mas a própria Petrobrás - que já nascera sem o monopólio na distribuição, o segmento mais lucrativo – acabou, em parte, arrancada da propriedade estatal. Além disso, nos anos 90, ocorreram as doações-privatizações de dezenas de fabulosas estatais, algumas  criadas durante governos militares.

A grande derrota estratégica deu-se com a entrega dos mercados e da produção industrial privada às transnacionais. Sem isso, a dívida externa não teria explodido em 1982, nem sido torradas as estatais, a pretexto de liquidar  dívidas públicas, as quais, depois disso, ao contrário, se avolumaram como nunca.

O momento para evitar esse lastimável destino, era com Vargas,  amado pelo povo, que foi às ruas, em massa nunca vista, pronto a tudo, quando de sua morte. Aí não havia liderança, nem plano.

Getúlio precisava ter cortado, no nascedouro, os lances que minaram suas bases de poder.  Entre estes, o acordo militar Brasil-Estados Unidos, de 1952, negociado por Neves da Fontoura, ministro das Relações Exteriores, e por  Góes Monteiro, chefe do Estado-Maior das FFAA,  sem o conhecimento do ministro do Exército, Estillac Leal.

Este se demitiu, pois Vargas assinou o acordo, e, com isso, cedeu aos que, mais uma vez, o traíam, e perdeu seu ministro nacionalista.

Fraquejou novamente em 1953, quando, embora mantendo o correto reajuste do salário mínimo, demitiu João Goulart do ministério do Trabalho, medida exigida em memorial assinado por 82 coroneis do Exército. Nesse episódio, caiu o ministro do Exército, Cyro do Espírito Santo Cardoso.

Não era tarefa simples sustentar-se sob constante e intensa pressão contrária da alta finança angloamericana, a qual não economiza recursos nem hesita em recorrer à corrupção e a práticas celeradas. Entretanto, a pior maneira de reagir a essa pressão é fazer concessões, em vez de cortar a crista dos golpistas.

Deixando de coibir aquelas práticas,  Vargas facilitou o caminho dos inimigos. Sobraram-lhe escrúpulos, ao exagerar em sua tolerância, para não ser acoimado de ditador. Faltaram bons serviços de inteligência e  a compreensão de que seria derrotado, se não mobilizasse o povo e  a oficialidade nacionalista.

Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

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