terça-feira, 16 de abril de 2013

Justiça MILITAR

Amigos no Ninho. Esse Ives sabe do assunto:
15/04/2013 - 03h12

Ives Gandra da Silva Martins: Pela permanência da Justiça Militar

Tendências / Debates Há ainda de forma incipiente uma clara campanha, algumas vezes veiculada pela imprensa, para a eliminação da Justiça Militar da União, sob a alegação de que a Justiça comum poderia tratar de seus jurisdicionados com a mesma eficiência. Alicerça-se em uma boa dose de desconhecimento.
Criado o Conselho Supremo Militar e de Justiça por alvará de dom João 6º, em 1º de abril de 1808, completa a Justiça Militar no Brasil neste ano seu ducentésimo quinto aniversário. João Barbalho, em "Constituição Federal Brasileira - Comentários", em 1924, ao justificar sua existência, afirma que a infração do dever militar "por ninguém pode ser melhor apreciada que por militares mesmo".
É que, em qualquer país democrático e civilizado, as Forças Armadas têm a função de preservar a nação do inimigo externo, assim como a ordem e a lei, internamente, sempre que sua violação venha desestabilizar as instituições. É, de rigor, o que está escrito no artigo 142 da Constituição Federal.
A hierarquia e a disciplina são os fundamentos das Forças Armadas brasileiras, com minucioso elenco de obrigações na lei suprema, as quais diferem daquelas do poder civil.
Desde a sua criação, a Justiça Militar existe para julgar, exclusivamente, as infrações militares, razão pela qual, na composição do Superior Tribunal Militar, dos 15 ministros, 10 procedem da carreira militar, entre oficiais das três armas de mais alta patente (4 estrelas), e 5 são reconhecidos juristas, indicados pela presidência e aprovados pelo Senado Federal.
A predominância de oficiais de longa carreira decorre de terem vivido mais intensamente as exigências próprias do estatuto militar.
Hoje, no Brasil, as Forças Armadas são compostas de aproximadamente 330 mil cidadãos, sendo que 220 mil estão no Exército, 55 mil na Aeronáutica e 55 mil na Marinha. São, pois, os jurisdicionados da Justiça Militar da União.
Evaristo de Moraes Filho afirmou certa vez que o "o milagre brasileiro foi a Justiça Militar, porque ela funciona" e Sobral Pinto declarou: "Eu tenho confiança na Justiça Militar". Técio Lins e Silva, no livro "Os Advogados e a Ditadura de 1964", escreve, ao citar os depoimentos acima, que "a Justiça Militar ajudou a salvar muitas vidas".
Quando da prisão, em 1970, do advogado Heleno Cláudio Fragoso, o Tribunal Militar ameaçou parar se ele não fosse solto.

Alarcão/Folhapres
Num curto artigo, é difícil enumerar o que tem a Justiça Militar feito de positivo, nestes 205 anos de existência. Pessoalmente, apesar de não atuar junto a Suprema Corte Militar, estou convencido de que uma Justiça especializada para as Forças Armadas é uma necessidade que, de resto, os países civilizados reconhecem, ostentando-a entre suas cortes, alguns inclusive, intitulando-as de Cortes Marciais.
É, pois, a Justiça Militar a mais antiga do país. Sempre teve preocupação e respeito pelos direitos humanos, até por força da Convenção de Genebra e do Direito Humanitário, este para tempo de guerra. A utilização de habeas corpus e mandado de segurança é nela habitual.
A própria crítica de que são os poucos os processos que o Superior Tribunal Militar tem a julgar, não procede, lembrando-se que julga, anualmente, pelo menos o dobro de processos julgados pela Suprema Corte dos Estados Unidos.
Entendo que seria um desserviço à Justiça brasileira a extinção da Justiça Militar, que há 205 anos cumpre sua missão no exame de infrações e delitos contra as Forças Armadas, cuja estrutura difere profundamente das organizações públicas e privadas da sociedade brasileira.
IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, 78, advogado, é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra
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Senhores Oficiais do Ninho. Respeitável  moderador, Cel Ciapina
Não uso o uniforme de nossa querida Polícia Militar há mais de 25 anos, pois fui p/reserva em 1986 e até hoje estas notícias mim corroem interiormente por ver tantas injustiças exatamente em cima de quem trabalha 24 horas sem cessar. Agora mais essa. Aqui do púlpito colocado em um dos cantos do meu barraco, é  claro que não vou encontrar  eco ou pelo menos êsse eco não soará aos ouvidos das nossas Autoridades, mas, vou continuar pedindo a quem de direito, e é de direito e obrigação de nossos representantes de todas as Associações e Organizações de nossa Corporação de lutarem o bom combate. O bom combate luta-se enquanto em vida e não esperar entrar no túmulo para então quem ficar por aqui, dizer:" Êsse lutou o bom combate, mas, coitado, se foi"!!!.  Temos justiça até desportiva, justiça sindical e outras justiças, porque então acabarem com a Justiça Militar, sem que nós digamos nada e nem justifiquemos essa existência do mínimo de tranquilidade ao nosso Patrulheiro 24 horas p!dia, 12 meses do  ano!!! . Sinceramente espero não ver êste fato consumado.
Ainda penso que temos defensores, inclusive nosso Vice Presidente  Michel Temer que durante muitos anos viveu nos corredores de todos os Quarteis e Associações, nos dando tapinha nas costa e pedindo voto.  
Como diz o Cel Claret....  É isso..
Fraternal abraço, do Odilon.

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