15 de março de 2015 e a maximização de hipocrisia

A maior Manifestação que o Brasil já víu na sua História.

o povo, símbolo de nova era na distribuição de renda para os
miseráveis esquecidos por tudo e por todos deste país.

Se não fossem os locais onde esconderam tamanha quantidade de dinheiro, bem

como a necessidade de coloca-lo a salvo da “cobiça” e da curiosidade de cretinos

que só se preocupam “em cuidar da vida alheia”, “abelhudos mesmo”, seria

impossível detecta-los. Acontece que uma lesão desta grandeza exige a participação

e muitos e aí é que a coisa fica complicada. Como agradar a tantos? A vítima

principal era a Petrobrás, mas acontece que antes de 2010, sua principal executiva,

presidente do Conselho Deliberativo, era a atual Presidente da República, que tinha

obrigação de zelar pelo seu melhor desempenho e, porque se trata de uma empresa

estatal, segundo o que manda a lei brasileira, era a responsável por qualquer das mazelas,

desvios, improbidades ou crimes que lá pudessem ocorrer. Mas os crimes, os desvios

as “apropriações” se ocorreram, e ocorreram muito, eram para doações legais ao

Partido dos Trabalhadores, como doações de campanha eleitoral, tudo em obediência

a esta “arcaica” e deplorável lei eleitoral que, imaginem, permite que empresas façam doações.

Esta situação será que ilide a responsabilidade dos que pegaram sobras para guardarem

em contas secretas pessoais na Suíça ou outros paraísos bancários? E a responsabilidade

de quem tinha o dever funcional de controlar e impedir estes desvios, que se resumiam

em aumento do valor da obra, para daí se retirar gordas somas para estes parasitas

intermediários? Eram somente os tesoureiros dos partidos beneficiados que estavam

envolvidos nesta trama diabólica? As empresas beneficiadas com as obras eram honestas

na cobrança da propina e não aumentavam em demasia o valor da obra? Mais ainda,

obra orçada em menos de 5 bilhões seria aceitável ter gasto até hoje mais de 28 bilhões de

reais e ainda não estar pronta? Que falar dos estádios para a Copa do Mundo e de todas

as obras do Governo Federal?

Na melhor das hipóteses, desde o tempo dos faraós egípcios até os dias de hoje, jamais

uma desfaçatez desta magnitude teve guarida ou foi aceita pelo seu povo. Por muito

menos houve a Revolução Francesa e por muito menos aconteceu entre nós a

Inconfidência Mineira. Àquela época, o governo colonizador e explorador nos cobrava

20% em impostos e ainda assim daqueles que garimpavam ouro, o chamado “quinto dos infernos”.

Pagamos quase 40% de impostas e a sanha arrecadatória do governo federal e de sua máquina

monstruosa, chamada eufemisticamente de ajuste fiscal, nos coloca disparado como o

país com maior quantidade de impostos do mundo e, concomitantemente, como o país com

piores serviços para a população. Nem os impostos são justos, nem o sistema tributário

leva em conta quem é mais atingido, o que prejudica sempre os menos favorecidos.

Com o que se arrecada, num governo minimamente honesto, não deveríamos ter nenhuma

criança abandonada em rua, nossas escolas seriam verdadeiros palácios e nossos hospitais

teriam leitos e remédios para todos, como acontece em qualquer país civilizado, com

médicos brasileiros e não arremedos de profissionais, que sequer se submetem aos

mínimos exames inferiores aos que os nacionais não tem medo de se submeter, após

8 anos de estudos.

Ao anunciar o erro em se permitir que empresas doem para as campanhas eleitorais,
por acaso se ilide a responsabilidade de assaltar o erário público da Petrobrás?
Com tantos envolvidos, é desculpável a inação dos dirigentes? Poderiam eles alegar
ignorância? Poderiam alegar que foram traídos por quem colocaram na empresa?
Sem qualquer esforço é muito mais simples se pensar o contrário, que foram
colocados lá com carta branca para fazerem o que fizeram, pelo seu conhecimento,
por sua expertise, em favorecer suas campanhas eleitorais com o dinheiro ilicitamente
conseguido em corrupção e fraude, portanto, turbando de fé e credibilidade o próprio
processo eleitoral, se ainda outros comprometimentos não forem descobertos.

Tão claras são as intenções de nossas preces no pedido que fazemos para que se evite
sempre o pior, quanto são claras as últimas explicações do governo em não reconhecer
as mentiras de campanha, as promessas feitas e jamais cumpridas e a depravação da maior
corrupção que se tem notícia no mundo civilizado.

Parece-nos de uma hipocrisia atroz as respostas dadas à imprensa do que motivou a presença
de mais de 2 milhões de manifestantes nas ruas do país, sem a presença de políticos,
neste último 15 de março. Eles não estavam lá e não vão nunca admitir que entenderam os
refrãos tal como: “A Bandeira brasileira jamais será vermelha” e “Fora Dilma e leva com
você o PT”, tão claros e tão óbvios, cristalinos mesmo. Não era a corrupção o motivo da
manifestação, como se apressou determinado jornal em mostrar, as pessoas estavam lá
porque já temos identificados os autores do descalabro de nível mundial: é a Dilma e é o PT.

Tal como ocorreu em 2013, as manifestações foram espontâneas e, apesar da sombra da
ameaça do exército de Stédile, convocado pelo Lula, sob paga, recrutar não mais do que
100 mil camisas vermelhas em todo o país, dois dias antes, em 13 de março, não há
qualquer dúvida sobre quem levou a melhor em presença e o que significa esta adesão
sem relação qualquer político. Um fato é importante e todos nós já perdemos o suficiente,
que não será superado em gerações, mas fica o sabor de ter participado da vibração popular,
porque pude constatar que todos lá só pensavam no bem do país e na felicidade geral da nação
, livres e independentes, com amor racional, que os ministros e a própria Presidente, que já
lançou mão de armas, não vai nunca conseguir espiritualmente alcançar. Portanto, Viva o
nosso amado Brasil, e para os muitos milhões de brasileiros que foram para as ruas, só posso
repetir o sagrado canto da independência: “não temais ímpias falanges que apresentam face
hostil, pois vossos peitos e vossos braços são muralhas do Brasil!”