quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Discurso do ssp/sp no 42º aniversário da ROTA

Senhores e Senhoras,
O 1º Batalhão de Polícia de Choque “Tobias Aguiar”, histórica
unidade da Polícia Militar, de inúmeras glórias, está em festa.
Em festa, também, pela assunção recente de um novo Comando,
Ten Cel PM Nivaldo Restivo, fato que por si só traz novas
esperanças, revigora o ânimo da tropa com a visão sempre
inovadora de quem chega com entusiasmo e vontade de acertar, à
sua feição e modo.
É como se fosse uma corrida de revezamento: um passa o bastão
de comando para outro. Uma rotina na vida castrense!
Uma tarefa de continuidade do trabalho iniciado, na minha gestão,
pelo coronel Telhada e que teve prosseguimento com o Ten Cel
Madia.
Esta Unidade diferencia-se das demais em razão da ROTA, que
desde sua criação, 42 anos atrás, mercê da coragem e destemor,
aliados à hierarquia e rígida disciplina de seus integrantes,
angariou o respeito da população, ante os resultados alcançados,
combatendo com denodo a criminalidade.
Quando assumi a Secretaria constatei que há muito a ROTA não
atuava em sua plenitude, a despeito do vertiginoso crescimento do
crime, em suas facetas mais violentas e ousadas.
Exemplo disso tivemos ontem, com a cinematográfica tentativa
de roubo numa empresa de Transporte de Valores, frustrado pela
pronta intervenção da ROTA, em que dois assaltantes foram
mortos e não faltarão, nos próximos dias especialistas reclamando
que com isso houve aumento da letalidade!
Como dizia, havia um marasmo que se prolongava no tempo, com
algumas poucas e isoladas exceções.
Grandes valores, Oficiais e praças, foram contagiados pelo
desanimo e pela indiferença do escalão superior.
A ousadia, o destemor e a iniciativa se dissiparam e deram lugar
ao imobilismo por culpa daqueles que se acomodaram, não
querendo, nem de longe enfrentar questões decorrentes e inerentes
de um agir enérgico, pressuposto de um Estado forte, que não
abre mão de sua autoridade, sob pena de seu povo ficar à mercê
de criminosos covardes e cruéis.
Agir com rigor no combate ao crime violento não significa
desbordar para o abuso, descambar para o mau combate,
implantar a barbárie.
Há que se ter atitude!
A ROTA voltou ao lugar que ocupava, com destaque e eficiência
no combate aos criminosos violentos, audaciosos, desafiadores e
covardes.
Tão covardes, que não titubeiam, numa desproporção numérica
e de forças, em atacar covardemente policiais militares, que não
terão, nunca, o amparo e consolo de segmentos que se dizem
defensores dos direitos humanos.
Bem por isso a ROTA se fortalece, se equipa e atua na defesa dos
direitos humanos dos cidadãos, sejam eles do bem ou do mal.
Não há distinções, na preservação desses direitos inerentes à
pessoa humana.
Ninguém, mas ninguém mesmo, tem o privilégio de desfraldar
a bandeira de defesa dos direitos humanos, que pertence a todos
nós, sem desvios ou demagogias.
Essa defesa é, também, de toda a Polícia de São Paulo e da nossa
gloriosa Polícia Civil.
Bem por isso, o Comando não está inerte ou passivo diante dos
acontecimentos.
Prova disso, que nesse período em que marginais atentam
contra a vida de policiais militares, quase sempre de folga, 43
(e não 81, como se apregoa por parte da imprensa), apresentam
características de execuções.
Outros 29 homicídios apresentam como motivação, reações
a roubos e os demais em razão de confrontos, latrocínio e
desentendimentos, além de 01 deles por motivo passional.
Por mais que se esclareça, alguns setores teimam em contabilizar
todos os homicídios como execuções, trazendo sobressaltos à
opinião pública.
Importante destacar que 54 autores desses crimes estão presos, 10
foram mortos por reação à prisão e 17, esclarecida a autoria, estão
sendo procurados.
Essa é a postura da Corporação, atuando em harmonia como
DHPP, buscando a prisão desses facínoras, preservando-lhes a
integridade física, para que as investigações possam progredir.
Neste passo, insta acentuar que os erros são punidos com rigor,
como ocorreu recentemente com a prisão em flagrante de uma
guarnição da ROTA, que até hoje está recolhida no Presídio
Militar “Romão Gomes” e que seus integrantes serão, pelas
provas existentes, demitidos das fileiras da Corporação.
A ROTA, assim como todo o aparato policial, deve agir, sempre,
no estrito cumprimento do dever legal.
Tem profissionalismo suficiente para atuar dentro da legalidade,
primado maior da segurança pública e do qual a Polícia Militar
e a Secretaria da Segurança Pública não abrem mão e não cedem
sequer milimetricamente.
Aqui só há lugar para a apologia da legalidade.
A missão é árdua, mas o resultado será uma conseqüência do
profissionalismo de todos os integrantes da Base Aguiar.
A ROTA pode ser imitada, jamais igualada.
Parabéns pelo aniversário.
Que Deus proteja a todos vocês, valorosos integrantes das Rondas
Ostensivas Tobias de Aguiar!
Obrigado a todos.
São Paulo, 15 de outubro de 2.012
Antonio Ferreira Pinto
Secretário da Segurança Pública

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