Exército em retiradapor Ney Vilela*Uma das manobras mais difíceis de se executar, por parte de um grande exército, é a retirada. Ceder território é desmoralizante e passa o sentimento psicológico de que a derrota se aproxima. Mas, independentemente dessa situação ser constrangedora, um bom general precisa garantir que seus exércitos consigam se reagrupar, ganhando condições operacionais para enfrentar as próximas batalhas.Ao realizar a manobra de retirada, é costumeiro que o exército em recuo deixe, no caminho, uma parcela de suas tropas com a função de obrigar o inimigo a perder algum tempo enfrentando-as. Assim, quem se retira troca espaço por tempo, conseguindo as condições para se reorganizar e melhor poder defender suas posições, a seguir.Observe-se o que aconteceu com Graça Foster, presidente da PETROBRAS: ela foi submetida a um desgaste desumano, nesse último ano. Enquanto ficava evidente que a PETROBRAS teve seus recursos dilapidados e foi literalmente implodida em nome dos interesses do partido que se apoderou da máquina de governo, Graça Foster atraiu o fogo da bateria do exército da oposição, enquanto o ex-presidente da empresa, o ex-presidente da República e a liderança partidária do PT ganharam um tempo precioso que lhes permitiu vencer a eleição presidencial e se organizarem para o grande embate judicial que se aproxima.Como "tropa retardadora", Graça Foster (além de um grupo de diretores da PETROBRAS), deu o melhor de si, sacrificando-se com ardor missionário – sabe-se lá por que – em benefício de Lula da Silva e de Dilma Rousseff.Diante desses fatos, observa-se que o exército da oposição não pode esquecer que é necessário levar à rendição quem assinou o contrato que levou a PETROBRAS a perder mais de um bilhão de reais com a Refinaria de Pasadena. E quem assinou esse contrato foi o Conselho da empresa, dirigido – na época – por Dilma Rousseff. Deve ser levado ao tribunal de crimes de guerra o camarada que fez o acordo com a Venezuela para se construir a Refinaria Abreu e Lima, o que levou a um prejuízo de aproximadamente 20 bilhões de dólares. E quem realizou esse acordo foi Lula da Silva.Deve ser levado à rendição quem doou petróleo para a Venezuela (!) no período da crise que quase derrubou Hugo Chávez. E quem fez isso foi Lula da Silva.Precisa ser derrotado quem alterou o contrato de exploração das jazidas de petróleo, criando o sistema de partilha que exaure os recursos da PETROBRAS. É necessário levar à rendição quem resolveu combater a inflação mantendo congelado os preços dos combustíveis fósseis, destruindo o equilíbrio financeiro da PETROBRAS.E, para não perder a viagem, a oposição deve levar às barras dos tribunais, quem destruiu o equilíbrio das empresas que produzem energia elétrica. E também quem entregou os recursos do BNDES – com juros subsidiados – para algumas empresas que, posteriormente, faliram. A oposição também precisa punir (sempre dentro da lei) quem doou dinheiro para se construir um porto, em Cuba, e uma linha de metrô, na Venezuela, com os recursos do contribuinte brasileiro, enquanto há tantas deficiências de infraestrutura em nosso próprio país.Graça Foster é desimportante: o que interessa é penalizar os mandantes. Trata-se de capturar os generais desse exército em retirada.*Ney Vilela
Coordenador Regional do Instituto Teotônio Vilela de Estudos Políticos
Membro da Academia Jahuense de Letras
Membro da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
Membro do Instituto Cultural de Artes Cênicas do Estado de São Paulo
Membro dos Estudos Pós-Graduados em História (Cultura e Representação) da PUC-SP
Professor de Teorias da Comunicação e de História do Brasil Contemporâneo da Fundação Raul Bauab - Jahu
Rua Acácio Izar, 167 – Jardim Campos Prado
CEP – 17.208-753
Jaú - SP
14 3624 1237
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Exército em retirada
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