sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Conselho de Comandantes Gerais de PM



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Senhores.
O Conselho de Comandantes Gerais deixou de ser convocado no comando do Cel Meira. Até então, reunia- se mensalmente e funcionava muito .
CA


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Caros Amigos / Irmãos Guido de Moraes e demais participantes do debate,

Seja qual for o motivo de o "Conselho de Cmt G" não ter ido adiante (não sei se procede, pois até recentemente esse Conselho esteve reunido no comando do Cel Meira) penso que o "Conselho de Coronéis" (da ativa) tenha sido reunido seguidas vezes (ainda no recém findo Cmdo) a sugestão que vc traz de volta à baila merece prosperar.

Sugiro continuar falando nela até conseguirmos convencer os ativos a aceitá-la como caminho mais seguro, não só para a preservação da própria PM, como também para a melhor proteção de toda a sociedade.

Está no prelo um grande esforço para por frente à frente as maiores autoridades e entendidos de polícia do País para exaurir as linhas de discussão e não deixar ninguém de "fora da briga". Se conseguirmos mobilizar o Brasil, chegaremos lá. E para chegarmos lá, temos de começar por nós mesmos.Já começamos!

Rezem, orem, peçam, para dar tudo certo!

Abrs

C de Carvalho

Em 29 de janeiro de 2015 17:21,> escreveu:
SENHORES


Penso que no universo da administração pública estadual, provavelmente o exercício do cargo de COMANDANTE GERAL seja o mais complexo sob a ótica da gestão política da instituição.

Isto pelas nuances políticas e partidárias envolvidas no processo de escolha e nomeação daquele que irá ter a incumbência de zelar pelo destino da instituição. Principalmente, porque aquele que aceita esse pesado encargo deve ter como foco principal cuidar bem da vida do conjunto dos seus colaboradores. 

Vale dizer,  do público interno sem o qual nenhum programa ou política pública por melhor planejada que seja, não alcançará o seu máximo potencial se os seus executores não estiverem minimamente motivados. Há mais do que um 'contrato formal' de trabalho envolvido nisso (leis e regulamentos). Há  principalmente uma espécie de 'contrato psicológico', invisível, por meio do qual os comandados esperam que os seus dirigentes cuidem bem das questões funcionais relacionadas à sua vida profissional. É o clássico dilema que permeia a relação entre o  líder e os liderados.

A rigor, e a grosso modo, é como ocorre na relação entre pai e filho. Pois além da autoridade própria daquele que detém o poder familiar, fato não ignorado pelo filho, aquele que detém o poder deve atender às expectativas mínimas daquele que está sob a sua órbita de influência e cuidados. Além do exemplo  irretocável que se espera em todas as circunstâncias, é legítimo que o dependente sinta ao menos elevado grau de determinação e coerência na defesa dos seus interesses junto às demais instâncias, se e quando necessária.

Com raras exceções, a formação profissional e cultural dos oficiais que algum dia poderão ascender ao cargo acima referido não os prepara para liderar esse processo de gestão política da instituição. Mesmo quando o nomeado o é pelo critério meramente intelectual, de mérito, não se pode presumir que este adotara as posturas mais adequadas na defesa dos superiores interesses organizacionais quando isto depender do embate com a poder político nomeante.

Numa análise ainda que superficial, parece-me que temos uma grave e comprometedora carência nesse ponto em nossa formação. Ainda que se possa anotar que tudo dependeria em larga medida do denominado 'saco roxo', o que em tese constituiria fator primordial para a real defesa institucional,  não se pode deixar, acredito eu,  de cogitar de da necessidade de alguma preparação para o desempenho ótimo desse delicado papel.

E não havendo tempo hábil para tanto quando já está em curso uma nova gestão e ou profissionais com tal especialização para compor corpo docente a fim de, num curso ainda que expedito, aprimorar a cúpula dirigente nesse quesito fundamental, penso no potencial desperdiçado representado pelo não aproveitamento das experiências de diversos ex-comandantes gerais. 

Estes, por terem experimentando na 'pele', em diferentes períodos, a crueza do relacionamento com o governante eleito e sua equipe de auxiliares, teriam certamente uma contribuição valiosa a dar aos nossos novos dirigentes. E o fariam, creio eu, com a mais genuína boa vontade e interesse de colaborar.

Por isso, é de se lamentar que a criação do CONSELHO DE COMANDANTES GERAIS não tenha saído do papel. Mais uma boa ideia que, ao que tudo indica, ficou só no campo das bos intenções daquele que a concebeu. Assim, e num plano inferior, o conselho de ex-comandantes de unidades. Quem sabe a famosa 'fogueira das vaidades' não tenha solapado as bases de tão luminosa ideia???!!!!!!

Digo isso porque se, hipoteticamente, eu tivesse sido nomeado comandante geral, uma das primeiras providências seria recorrer aos ex-comandantes gerais para ouvi-los a respeito de suas experiências pessoais nesse campo. Pois certamente seria possível obter ganhos enormes com tais relatos, inclusive autocríticas extremamente ricas do ponto de vista da assunção de uma postura mais proativa, menos subserviente. 

Diante disso sempre me questiono: porque nenhum daqueles nomeados nos últimos tempos recorreU a tal experiência? Seria apenas por uma questão de vaidade? Ou seria porque não acreditava na possibilidade de colher lições substanciais?  Ou seria pelo receio de comprometer-se com uma lógica de ação que talvez  acabasse levando ao confronto necessário com o poder nomeante?

Enfim, se por alguma dessas razões (ou mesmo por outras)  não vemos nenhum iniciativa nessa direção, o que impediria que a iniciativa partisse de fora. 

O que impediria, por exemplo,  os ex-comandantes gerais de se reunirem com o propósito de oferecer ao atual comandante subsídios (ou estratégias apoiadas na rica experiência vivida)  de como realizar a gestão política da instituição. Na pior das hipótes, tais proposições poderiam não ser  implementadas. Nada além disso.

Ou, alternativamente, que a ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS avaliasse s possibilidade de realizar uma espécie de seminário para tratar especificamente do tema, convidando obviamente os ex-comandantes gerais como palestrantes, e tendo como público alvo a oficialidade de modo geral, e, em particular, os membros da atual cúpula da instituição bem como os alunos oficiais, estes por representarem o futuro.

E, ainda que nenhum dos membros da atual cúpula comparecesse, notadamente o atual comandante geral, ao final dos debates (todos secretariados e com os respectivos mediadores), poderia se cogitar da edição de algum compêndio no qual se reproduzisse o inteiro teor das discussões ali travadas. Seria uma espécie de literatura técnica a respeito, cujo aproveitamento mesmo que apenas futuramente terá compensado o esforço.

Saudações TOBINIANAS.

                                                                                   GÜIDO    -    Assis (SP)


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