quinta-feira, 2 de abril de 2015

CARF - Ainda tem gente que defende a canalhada....


Os "Zelotes"
Barrabás era um zelote.
Vamos ter que mudar o slogan:
"Brasil - Um país para todos" para "Brasil - Um país para todos os corruptos"


1) Mensalão
2) Petrobrás
3) BNDS
4) CARF
5) INSS






Que coisa, não?
Daqui a pouco falta Polícia Federal para tanto crime…
A Operação Lava Jato mal começou o seu trabalho de faxina,
e uma outra já foi deflagrada,
a tal “Zelotes”,
que investiga nada menos do que lavagem de dinheiro,
advocacia administrativa, corrupção,
tráfico de influência, associação criminosa…
E vai por aí. 

E tudo acontecendo, ora vejam!,
no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

O Carf, meus caros, é uma espécie, assim,
 de “Poder Judiciário” da Receita Federal.

É lá que os recursos de empresas e pessoas físicas são julgados.

É formado por funcionários do Ministério da Fazenda
e por representantes da sociedade.

A PF estima que a fraude chegue a R$ 19 bilhões
em 70 processos que foram analisados,
o que superaria, em volume, as safadezas do… petrolão.

Em matéria de corrupção,
batemos recordes com espantosa facilidade.

Segundo a PF,
o esquema articula escritórios de advocacia,
de assessoria e de consultoria para atuar junto a conselheiros
 com o objetivo de diminuir o valor das multas —
algumas dessas empresas pertencem aos próprios conselheiros,
que se dividem em três Câmaras de análise:
a primeira
se encarrega do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)
 e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
a segunda,
do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF)
e contribuições previdenciárias, e
 a terceira,
das questões relativas a PIS/Cofins,
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI),
 Imposto de Importação (II) e
Imposto de Exportação (IE).

O que é um tanto surpreendente nesse caso?

Embora em país nenhum do mundo o Fisco seja admirado
 — nem deve ser mesmo; quem paga imposto com prazer? —,
 a Receita era tida como uma área profissionalizada, moralmente respeitável.

 O escândalo deixa claro que não é bem assim.

A Polícia Federal recolheu, só nesta quinta, R$ 2 milhões em dinheiro.

Desse total,
R$ 800 mil estavam num único cofre na casa Leonardo Manzan,
genro do ex-secretário da Receita Otacílio Cartaxo e um dos
ex-conselheiros do Carf investigados.

Outros assessores de Cartaxo,
que já presidiu o Carf,
e ex-conselheiros
também são suspeitos de participação no golpe.

Só para lembrar:
Cartaxo substituiu, em agosto de 2009, a então secretária Lina Vieira,
aquela que disse numa entrevista que Dilma,
ministra da Casa Civil à época,
 havia lhe pedido que aliviasse uma
investigação que envolvia a família Sarney.

Foi na gestão Cartaxo
que se deu o vazamento de dados das
declarações de renda de pessoas ligadas
 ao candidato presidencial do PSDB à época, José Serra.

Um vazamento criminoso e que nunca foi esclarecido.

O então corregedor da Receita,
Antônio Carlos D’Ávila, e Cartaxo
vieram a público para negar o caráter político do vazamento
— que era óbvio —,
apontando, para espanto de todos, que
“nas investigações, que poderão ser ratificadas pela Polícia Federal,
há indícios de um balcão de compra e venda de dados sigilosos”.

O curioso é que os dois falaram isso e não pediram demissão.

Tudo indica que a outrora nunca amada, mas respeitada, Receita Federal
 não resistiu à degradação dos costumes, dos valores, da ética e da moral.

Ah, sim!
A operação se chama “Zelotes”
 para indicar o falso zelo, a falsa moralidade.

Convém não fazer ilações de outra natureza,
que podem remeter até à história de resistência dos judeus.

Estou entre aqueles que acham que a Polícia Federal
poderia escolher nomes mais simples para suas operações.

Essa poderia se chamar “Caça-Safados”.

Por Reinaldo Azevedo








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