sexta-feira, 20 de março de 2015

Família de Lula interpela judicialmente deputado do PSDB

Família de Lula interpela judicialmente deputado do PSDB

Cristiane Agostine, Valor, 2015 0318  17h24

O filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luis Lula da Silva, o “Lulinha”, ingressou nesta quarta-feira com interpelação judicial contra o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) no Supremo Tribunal Federal (STF) para “desmentir ou esclarecer” a afirmação feita pelo tucano de que Lulinha ficou rico“ do dia para a noite”, “fruto da roubalheira que virou este país”. A ação movida pelo filho do ex-presidente é para averiguar se houve a prática de “injúria, calúnia e difamação”.

Ligado ao senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, o deputado tucano afirmou, em entrevista no dia 9 de fevereiro à Rádio Minas, da cidade de Divinópolis, que  “Lulinha é um dos homens mais ricos do Brasil”. “É uma bandalheira. O homem tá comprando fazendas de milhares e milhares de hectares, é toda semana. É um dos homens mais ricos do Brasil. E ficou rico do dia para a noite, assim como num passe de mágica. Rico, fruto da roubalheira que virou este país, tá cheio de rico que se enriquece ai do dia para a noite fruto da roubalheira que tá existindo no Brasil. E não pode dizer que não vai investigar o Lula, o Lulinha, tem que investigar o Lula, tem que investigar o Lulinha", declarou Sávio, na entrevista à rádio, ao programa “Bom dia Divinópolis”.

Na petição de interpelação criminal, os advogados de Lulinha afirmam que a acusação é “um ataque à honra” e que o filho do ex-presidente “não é nem jamais foi sócio de empresas relacionadas à agroindústria, também não é nem nunca foi proprietário de fazendas ou de propriedades rurais”. No documento, assinado pelos advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, a defesa de Lulinha afirma ainda que “as afirmações [de Sávio] são inverídicas, já que não recebeu qualquer valor produto de crime, não comprou fazendas”. Segundo a assessoria do ex-presidente, a declaração do tucano foi para “atingir Lula”. 

“As afirmações, além de ofensivas, são mentirosas, pois Fábio Luis Lula da Silva não e proprietário de nenhuma fazenda  e não participa de nenhum negócio relacionado à agroindústria. Fábio também jamais se beneficiou de qualquer ato irregular ou ilegal e tampouco tornou-se um dos ‘homens mais ricos do Brasil’”, afirmou a assessoria de Lula, por meio de nota. “Espera-se, em razão disso, que o deputado Domingos Sávio possa se retratar e contribuir para o restabelecimento da verdade dos fatos.”

Sávio foi procurado pela reportagem, mas a assessoria de imprensa do parlamentar afirmou que o tucano vai se pronunciar no plenário da Câmara.
<<< Tá ferrado: não vai conseguir provar nada. Faz lembrar o motorista fechado por outro que gritou - "Viado!" O primeiro atravessou o carro na frente, e saiu com um treisoitão. Enfiou o cano da arma na boca do destemperado e perguntou: - "Você disse o quê???" Com dificuldade veio a resposta: - "Disse que sou seu criado!"

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Lulinha - Tudo certo com a empresa do filho de Fanfarrão Minésio


Reinaldo Azevedo, 2012 1110  06h35

1) Fanfarrão Minésio tinha um filho, Minesiozinho, que não havia demonstrado qualquer tino empresarial até o pai chegar à Presidência da RepúblicaNo segundo ano de mandato do genitor, o filhote já era um empresário de relativo sucesso. A empresa que criara recebeu um aporte de R$ 5 milhões de uma operadora de telefonia - uma concessionária de serviço público da qual é sócio um banco estatal de investimento.  <<<  BNDES - aquele do Porto de Mariel, em Cuba

2) A empresa de telefonia em questão queria comprar outra empresa do setor, mas a lei proibia. Fanfarrão Minésio não hesitou:mudou a lei para permitir que o negócio se realizasse. Fez mais do que isso: antes mesmo que houvesse o novo marco (i)legal, autorizou aquele mesmo banco público a financiar a operação.

Refiro-me, é óbvio!, a Lula, o pai; a Lulinha, o filho; à Oi (antiga Telemar), que investiu dinheiro na Gamecorp (a empresa do Primeiro Filho) e comprou a Brasil Telecom. O “Fanfarrão Minésio” é uma homenagem às “Cartas Chilenas” de Tomás Antônio Gonzaga, que assim se referia ao então governador de Minas, Luís da Cunha Meneses, notório por sua truculência e arrogância. Como não podia dizer o nome do tiranete, inventou uma personagem. O desmando é a nossa mais acalentada tradição…

Ontem, a Procuradoria da República do Distrito Federal divulgou uma nota na qual afirma que dois inquéritos que apuravam eventuais irregularidades nos negócios de Lulinha foram arquivadosFalta de provas.

[Segue nota da procuradoria ipsis litteris - ver http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/tag/lulinha]

Dou até de barato que o Ministério Público tenha feito direito o seu trabalho, não encontrando provas de irregularidade. Meu ponto nem é esse.

Revejam lá os fatos. É aceitável que uma concessionária de serviço público, da qual é sócio o BNDES, injete R$ 5 milhões numa empresa que acabara de ser criada, tendo como sócio o filho do presidente? Não é ainda mais espantoso saber que o Pai do Filho alterou a legislação com o propósito específico de beneficiar justamente aquela empresa que apostara no talento de seu rebento?

Parece-me impensável que esse fato não vá ser, um dia, exumado como expressão de um tempo. Se o Brasil não dispõe de leis que coíbam essa farra, isso só nos diz quão longe estamos de um país decente.

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Não existe corruPTo sem PT. Cláudio Tognelle



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