Guido Moraes
O CNMP autorizou, como não poderia deixar de ser, a posse hoje cedo do procurador de Justiça WC no ministério da Justiça. Sem entrar no mérito da questiúncula jurídica debatida, a qual se alega haver incompatibilidade com o cargo, o fato é que o MP está exultante e empavonado com a novidade de ver um dos seus no comando do ministério. Todavia, para quem está de fora, e vê com admiração o trabalho do parquet, trata-se de um legítimo tiro no pé. Integrar o governo é jogar o jogo político de seus
interesses. Algo incompatível, às escâncaras, com a independência que se conquistou. Ter o parquet flertando com o poder em troca de cargo é o começo do fim da instituição. E, por isso, seus próprios integrantes deveriam ser os primeiros a criticar a manutenção do vínculo. Mas é compreensível que não façam isso, pois a vaidade é inerente ao ser humano.
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