sábado, 18 de outubro de 2014

Dilma pode fugir do debate da Globo, indo só à Record, depois da derrota “sob pressão” no SBT




Alerta Total


Posted: 17 Oct 2014 08:37 AM PDT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Quem foi a responsável pela nomeação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para receber polpudos jetons como membro do Conselho de Administração da “estatal” Itaipu Binacional? Vaccari, que cuida das finanças da campanha de Dilma, foi denunciado na “colaboração premiada” de Paulo Roberto Costa como o sujeito que recebia os repasses das comissões de 2% que sobravam das negociatas de corrupção com empreiteiras que prestam serviços à Petrobras. Vaccari é o mesmo processado por fraudes na gestão da Cooperativa Habitacional dos Bancários do Estado de São Paulo (Bancoop), na qual fora diretor financeiro entre 2003 e 2004 e presidente de 2005 até fevereiro de 2009. O Ministério Público denunciou que a Bancoop bancava campanhas petistas...

Dilma Rousseff não teve ética, sinceridade ou competência suficientes para responder a estas e outras indagações graves feitas pelo rival Aécio Neves, no começo da noite de ontem, no (de)bate-boca promovido pelo SBT, Rádio Jovem Pan e UOL. Dilma também não deu explicações concretas sobre as denúncias de superfaturamento no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – o Comperj de Itaboraí. E ainda caiu na armadilha de repercutir uma notícia (certamente plantada por sua assessoria nazicomunopetralha) no UOL, segundo a qual Paulo Roberto Costa teria delatado que o falecido presidente do PSDB, Sérgio Guerra, teria recebido propina, em 2009, para esvaziar as investigações de uma CPI sobre irregularidades na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A comissão, instalada em julho e acabou em novembro, porque os votos majoritários do governo impediam qualquer investigação. A pizza interessava às grandes empreiteiras – que bancam campanhas de todos: no céu, na terra e no inferno...

Aécio Neves aproveitou bem a deixa de Dilma no debate para deixá-la sem condições morais de responder: “Não importa de qual partido, tem que se investigar a todos, doa a quem doer. Tem algo positivo aí, a senhora, pela primeira vez, deu credibilidade à denúncia do Paulo Roberto. É esse que diz que 2% da propina ia para o seu partido, para o tesoureiro do seu partido. E o que a senhora fez nesse período? Nada. Agora, se a senhora diz que quer ir a fundo, por que o seu partido impediu que o senhor Vaccari fosse depor, que fosse explicar? E digo mais, ele ainda é tesoureiro do seu partido. Pelo menos R$ 4 milhões foram transferidos pelo senhor Vaccari para a sua conta de campanha. Acho que os brasileiros tem que saber, antes das eleições, de onde veio esse dinheiro”.


Derrotada no debate, Dilma sentiu a pressão. No final de 1h 20min de (de)bate-boca contra Aécio, Dilma precisou ser amparada até uma cadeira próxima, pela repórter Simone Queiroz, do SBT, depois que alegou “um problema de pressão baixa”, ao se enrolar na resposta a uma pergunta, que pensava ser gravada, e não ao vivo. Dilma repetiu: “Eu estou me sentindo mal, minha pressão caiu”. Em seguida, já refeita, tentou armar: “Eu tive uma queda de pressão, agora consigo concluir a entrevista com você”.  A repórter alegou que o tempo havia estourado e que, em respeito à isonomia de tratamento prevista na Lei Eleitoral, não poderia prosseguir. Voltando a sua costumeira ira, Dilma foi mal educada: “Se você decidiu assim...”. A candidata virou a cara para a câmera e saiu, contrariada, de cena. Minutos depois, ao deixar do estúdio, novamente indagada pelos repórteres acerca de seu estado presente de saúde, Dilma proclamou: “Estou ótima”.

Quem realmente se sentiu “ótimo”, no final do confronto, foi Aécio Neves. Ao contrário do debate anterior, na Band, no qual perdeu a chance de triturar Dilma com o tema corrupção, o tucano conseguiu ser ofensivo sem parecer agressivo. Aécio, antes de deixar a emissora, recebeu um telefonema da aliada Marina Silva, parabenizando-o por sua performance no debate. Já Dilma deve estar experimentando a ira de seu Presidentro Lula – que deve ter ficado PT da vida com a péssima performance dela.

De blusa azul (em vez da roupinha vermelha-comunista do primeiro turno), Dilma se mostrou sempre nervosa, mentindo como de costume e baixando o nível nas provocações contra o adversário que ontem a venceu, literalmente, por “pressão”. Por ironia, Dilma foi acalmada por um copo d´água (coisa em falta em São Paulo, e que será o novo tema explorado pela propaganda petralha contra os tucanos). Dilma só não matou a sede de vingança por sua derrota imagética no SBT.

Ninguém se surpreenda se os marketeiros de Dilma Rousseff recomendarem que ela não compareça, na noite de quinta-feira que vem, ao debate final na Rede Globo. Algum suposto problema de saúde de última hora pode levar Dilma a fugir da raia no encontro que pode ser fatal para sua desgastada imagem, quase na véspera da eleição do domingo seguinte, dia 26. Se Dilma não for, quem vai gostar são os fãs do The Voice Brasil (programa que a emissora tira do ar para botar o debate, depois da novela Império). Não ser obrigado a ouvir a voz de Dilma mentindo e agredindo o adversário será um agradável programa de fim de noite. Será que Dilma vai fugir do debate da Globo?

Domingo que vem, ela deve comparecer ao debate na Rede Record – cujo proprietário é seu aliado Edir Macedo Bezerra, líder máximo da Igreja Universal do Reino de Deus. Marketeiros de Dilma avaliam que o programa, depois das 22 horas, logo após o “Domingo Espetacular”, tem pouco impacto sobre o eleitorado petista – que dorme àquela hora para acordar cedo na segunda-feira. Acontece que, depois da derrota de ontem, o encontro de domingo que vem servirá para Dilma tentar uma contra-ofensiva para impedir o crescimento da candidatura de Aécio. Se for bem domingo, Dilma pode até alegar algum problema e correr o risco de escapar do debate na Globo (que pode lhe ser fatal).

De toda forma, uma coisa ficou bem clara. Sem a ajuda de um ponto eletrônico no ouvido, para receber dicas de assessores ou frases que ela não consegue articular sozinha, Dilma Rousseff é uma fraude gerencial ambulante. Assim que for finalmente derrotada nas urnas, poderá até reclamar de que seu governo foi mal porque Luiz Inácio Lula da Silva ficava em seus ouvidos, teleguiando as ações dele e dos ministros que enfiou goela abaixo da sucessora... No entanto, antes disto, quem não lhe dará mais ouvidos é o eleitorado, PT da vida com tanta corrupção e incompetência.

Cumprindo ordens


Guerra da água

O presidente do PT, Rui Falcão, mostrou, nos bastidores do debate no SBT, o panfleto que o partido vai usar contra Aécio à partir de hoje.

Os petistas jogam nele e na gestão do PSDB a culpa pela falta de água em São Paulo.

Tomara que a turma do Chapolim Colorado não prometa um “Bolsa Água” como solução temporária do problema da falta de estiagem e de investimentos concretos para melhor aproveitamento hídrico...

Guerra das drogas

A desesperada Dilma também baixou demais o nível do debate ao provocar Aécio neves com a pergunta da Lei Seca.

Ao questionar Aécio sobre a obrigatoriedade do teste do bafômetro, recusado por ele ao ser parado em uma blitz no Rio de Janeiro, em 2011, Dilma tentou induzir o leviano raciocínio de que Aécio estaria sob influência de álcool ou droga:

“Acho muito importante a Lei Seca para o Brasil, e o senhor está tentando diminuí-la. Todo dia tem gente morrendo quando o motorista dirige embriagado. Ninguém pode ficar sem sofrer as consequências de dirigir drogado ou bêbado. Eu não dirijo sob efeito de álcool e drogas, candidato”.

Ainda bem que Aécio colocou a leviandade de Dilma no devido lugar.

Guerra de família

Cansado de ouvir de Dilma insinuações sobre a participação da família Neves no governo de Minas Gerais, Aécio pegou Dilma pelo pé.
Acusou o irmão da presidente de ter sido funcionário fantasma nomeado na gestão do petista Fernando Pimentel na prefeitura de Belo Horizonte:

“Candidata, a senhora conhece o senhor Igor Rousseff? Seu irmão, candidata. Não queria chegar nesse ponto. O seu irmão foi nomeado pelo prefeito Fernando Pimentel no dia 20 de setembro de 2003 e nunca apareceu para trabalhar. Essa é a grande verdade. Lamento ter que trazer esse tema aqui. A diferença entre nós é que minha irmã trabalha muito e não recebe nada. Seu irmão recebe e não trabalha nada. Infelizmente, agora, nós sabemos porque a senhora diz que não nomeou parentes no seu governo. A senhora pediu que seus aliados o fizessem”.


Dilma ainda tentou retrucar, mas o estrago já estava feito: “A sua irmã e meu irmão, eles têm que ser regidos pela mesma lei. Eles não podem estar no governo que nós estamos. O nepotismo eu não criei”.

Vendedores de anjos

Muito legal e humana a quadrilha presa pelo milionário negócio do aborto ilegal que agia no Rio de Janeiro há mais de 30 anos.

Nas interrupções de gravidez aos sete meses, os bandidos cobraram a tarifa que chegava a R$ 7.500 reais.

Mas, em vez de matar a criança, os benfeitores criavam saudavelmente e, depois, vendiam no tráfico internacional de adoções.

É Bola...

Nos aeroportos internacionais brasileiros já opera a paranoia para barrar eventuais portadores do mortal vírus ebola.

Mas, até agora, tem sido grande a dificuldade de encontrar algum doente.

Mais quem quiser achar os portadores do mal de “É Bola” é só dar uma passadinha no Congresso e outras repartições públicas menos votadas...

Poder do inimigo


A capa da revista inglesa britânica “The Economist”, com a manchete “Por que o Brasil precisa de mudança” deixou Dilma Rousseff mais PT da vida que nunca.

Respondendo à publicação, que escreveu que Aécio merece ganhar as eleições "porque promete colocar o Brasil de volta no caminho do crescimento econômico", Dilma apontou o dedo para a Oligarquia Financeira Transnacional que a abandonou e investe para derrotá-la:

“Acho que as revistas do mundo inteiro, assim como as brasileiras, podem tomar as suas posições políticas e levar isso aos seus leitores. Mas sei qual é a filiação da The Economist, todo mundo sabe. Ela é ligada ao sistema financeiro internacional”.

Futuro do Brasil


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© Jorge Serrão. Segunda Edição do Blog Alerta Total de 17 de Outubro de 2014.
Posted: 17 Oct 2014 03:28 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

A gorda é chinfrim.

Parece um blimp usado na segunda guerra mundial.

Ultimamente tem evitado a roupa vermelha.

Engana trouxa.

Está preocupada às pampas. Parece que o genro de uma amiga vai virar nora. Uma tal de Maria já rezou um rosário mas foi em vão.

O traseiro já está esperando o pezão. Não se salva nem o protegido do tempo de Salomão ?

Só resta assustar criancinhas dizendo que o bicho papão vai tomar os brinquedos.

Chama às pressas um marqueteiro português. Pede um milagre mas ouve um “Ai Jesus !” Pensa que é um novo modelo de tablet e manda comprar três  no estilo do velho pregão dos cobradores de bonde: “ Tim, Tim, dois pra Light e um pra mim”.

Este saudosismo vem quando lembra que os carris vermelhos eram chamados de “camarões”.

Sempre teve predileção por frutos do mar; mas agora lula lhe dá ânsias.

Deve estar contaminada por vazamentos no pré sal.


Carlos Maurício Mantiqueira é Livre Pensador e torcedor emérito do Ibis Sport Club.
Posted: 17 Oct 2014 03:26 AM PDT

“(...) Um grupo de bilionários criou o plano estratégico mais maquiavélico da história econômica mundial - inventaram a fórmula assim resumida ironicamente pela colunista Edith Kermit Roosevelt (neta de Theodore Roosevelt): ‘A melhor maneira de combater o comunismo seria uma Nova Ordem socialista governada por ‘especialistas como eles próprios’. Essa idéia espalhou-se como fogo entre os membros do CFR, Council on Foreign Relations, o poderoso think tank novaiorquino” (“Quem foi que inventou o Brasil?” Olavo de Carvalho, Zero Hora, 11 de junho de 2006).

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja

O jornalista Daniel Estulin, em seu livro A Verdadeira História do Clube Bilderberg referiu-se também às atividades do CFR-Council of Foreign Relations (Conselho de Relações Internacionais) americano, que possui diversas sucursais: o Royal Institute of International Affairs do Reino Unido, os Institute of International Affairs do Canadá, Austrália, África do Sul, Índia e Holanda, e os Institute of Pacific Relations da China, Rússia e Japão.
Segundo Estulin, o CFRtem sua sede em Nova York, na Harold Pratt House, uma mansão de quatro andares na esquina da Park Avenue com a rua 68, que foi doada pela viúva do senhor Pratt, herdeira da fortuna da Standart Oil Rockefeller. O CFR compõe-se aproximadamente de três mil membros da elite do Poder americano. Seus maiores aportes financeiros são provenientes da Fundação Rockefeller, da Corporação Carnegie e da Fundação Ford.

Durante seus primeiros 50 anos de existência, o CFR praticamente não foi citado pelos meios de comunicação, embora entre os membros do CFR figurem os mais importantes executivos do The New York Times, doWashington Post, do Los Angeles Times, do Wall Street Journal, da NBC, da CBS, da ABC, da FOX, da Time, da Fortune, da Business Week, da US News World Report, e muitos outros. Dessa forma, o anonimato do CFRnão é acidental. É deliberado.
No início da década de 60, 12 dos 20 membros do Conselho da Fundação Rockefeller, 10 dos 15 membros da Fundação Ford e 10 dos 14 membros da Fundação Carnegie para a Paz Internacional eram membros do CFR.

Para avaliar as dimensões do poder que manejam as organizações secretas mais importantes do mundo – oClube Bilderberg, o CFR e a Comissão Trilateral – é suficiente recordar que elas controlam todos os candidatos à presidência dos EUA, de ambos os partidos, a maior parte dos senadores e congressistas, a maioria dos postos relevantes para a política do país, especialmente no campo de assuntos internacionais, a maior parte da imprensa, todos os membros da CIA, FBI e IRS (Departamento do Tesouro), e a maioria do restante das organizações governamentais de Washington. Quase todos os postos de trabalho da Casa Branca são ocupados por membros do CFR. Todos os diretores da CIA têm sido membros do CFR, com exceção de James R. Schlesinger, que ocupou brevemente o cargo em 1973. Esses dados provêm de um relatório de 1987, publicado pelo próprio CFR em sua página na Internet.

Obviamente as pessoas se perguntarão: como é possível que uma organização secreta tão poderosa, que em tese controla a política internacional dos EUA, publique abertamente seus relatórios? Mas o leitor deve estar consciente de que essa informação é a que eles querem que você conheça para reduzir a importância do assunto. As decisões realmente diabólicas evidentemente não são publicadas.
Todos os que formam a equipe de Bush – Condolezza Rice, Dick Cheney, Richard Perle, Paulo Wolfowitz, Lewis Libby, Colin Powell e Robert Zoellick, são membros do CFR. O democrata John Kerry, candidato à presidência derrotado por Bush, é membro do CFR e do Clube Bilderberg. Embora mudem as administrações, sejam elas democratas ou republicanas, os postos são sempre ocupados por membros do CFR.

O presidente Bill Clinton, membro do CFR, do Clube Bilderberg e da Comissão Trilateral, empregou cerca de cem membros do CFR em sua administração. George Bush pai tinha 387 membros do CFR e da Comissão Trilateral em sua administração. Ronald Reagan, 313. Nixon, no início de sua administração, colocou 115 membros do CFR em posições-chave de sua equipe executiva. Dos 82 primeiros nomes que fizerem parte do gabinete do presidente Kennedy, 63 pertenciam ao CFR, segundo um relatório de 1 de setembro de 1961, de Arnold Beichman, para o Christian Science Monitor. Como se observa, o CFR tem sido uma autêntica agência de empregos para os governos democratas e republicanos.
Os presidentes dos governos vão e vêm, mas o poder do CFR e seus objetivos permanecem.

O que o presidente do CFR, David Rockefeller, estará querendo conseguir com o "seu" CFR? Veremos que o círculo do poder do CFR não mudou desde a sua fundação em 1921 no Hotel Majestic, em Paris. No número comemorativo do 50º aniversário da Foreign Affairs, publicação trimestral oficial do CFR, Kingman Brewester Jr., embaixador americano no Reino Unido e reitor da Universidade de Yale, escreveu um artigo com o título"Reflexões sobre o nosso propósito nacional". E definiu qual é esse propósito: "Nosso propósito nacional deveria ser abolir a nacionalidade americana e, ao mesmo tempo, correr o risco convidando outros países para compartilhar sua nacionalidade conosco...".

Também na revista Foreign Affairs, em abril de 1974, Richard N. Gardner, ex-assistente da Secretaria de Estado, escreveu: "em breve a Casa da Ordem Mundial terá que se constituir de baixo para cima e não ao contrário (...) uma erosão da soberania nacional dará muito mais frutos do que o típico assalto à moda antiga".James Warburg, filho de Paul Warburg, fundador do CFR e membro da Equipe de Pensadores de Franklin Delano Roosevelt, declarou, diante do Comitê de Assuntos Internacionais do Senado, em 17 de fevereiro de 1950, que "teremos um Governo Mundial, querendo ou não, com o nosso consentimento ou sem ele".

No livro The Future of Federalism, Nelson Rockefeller proclamou: "Nenhuma nação pode defender hoje a sua liberdade ou satisfazer as necessidades e aspirações de seu próprio povo de dentro de suas fronteiras ou por meio apenas de seus próprios recursos (...). E, assim, a Nação-Estado, sozinha, ameaçada de tantas formas, nos parece tão anacrônica agora como as cidades-Estado gregas dos tempos antigos".
Desde antes de 1942 o CFR vem planificando a Nova Ordem Mundial. Um editorial, publicado na página dois do Baltimore News-Post de 7 de dezembro de 1941 (dia do ataque a Pearl-Harbour), mostra como os pensamentos do CFR eram insinuados nas mentes das multidões antes que, explicitamente, se falasse dos temas que se desejava abordar.

Quincy Wright, professor de Direito Internacional da Universidade de Chicago, fez a mais clara e precoce declaração sobre a Nova Ordem Mundial quando em 1941 a descreveu, deixando claro que a soberania nacional e a independência das nações seriam limitadas por um Governo Mundial. Em 25 de outubro de 1998, Terry Boardman, em um discurso sobre a Nova Ordem Mundial na Rudolf Steiner House de Londres, explicou a um auditório de 1.500 pessoas que Quincy Wright referia-se, em seu tempo, aos três sistemas continentais: os "Estados Unidos da Europa", o Sistema Asiático e a União Pan-Americana. Wright também predisse que cada sistema continental teria uma força militar comum e que os exércitos nacionais seriam drasticamente reduzidos ou diretamente proibidos!

Com o advento de um Governo Mundial, um Exército Mundial, uma Religião Universal e uma Moeda Única, por que desejaria a família Rockefeller submeter uma soberania, um poder governativo e uma riqueza americana, que já controla, em benefício de um Governo Mundial? Esse Governo Mundial não ameaçaria seu poder financeiro? A não ser, naturalmente, que os Rockefeller, o Clube Bilderberg e o CFR esperem controlar também o Governo Mundial! Seria o objetivo final do Governo Mundial criar um único Mercado Global, controlado por um Governo Mundial que controlaria também, por sua vez, os tribunais, as escolas, os hábitos de leitura e os pensamentos das pessoas, vigiado por um Exército Mundial, regulado financeiramente por um Banco Mundial através de uma única moeda global e povoado por uma população conectada a um Computador Global por meio de microchips? A liberdade não é gratuita. Custa tempo, dinheiro e esforço. A escravidão, sim, é.

É importante entender que as conferências e encontros do CFR, do Conselho das Américas, do RIIA-Royal Institute of International Affairs – atual Chatham House, do Instituto de Relações Pacíficas, da Comissão Trilateral e, mais recentemente, da Fundação Gorbachev, da Fundação Bill Gates e – acrescenta o autor deste artigo - do Foro de São Paulo, não são os lugares onde se tomam as decisões mais importantes ou se definem as novas estratégias. Esses encontros sociais apenas capitalizam o trabalho dos grupos de trabalho e estudo. Em dezembro de 2005, em uma reunião realizada em Montevidéu, o Foro de São Paulo"decidiu" que na Cúpula do Mercosul, a ser realizada no ano seguinte, em 20/21 de julho de 2006, a Venezuela deveria ser incorporada ao Mercosul como membro pleno, como de fato ocorreu![*]

Recorde-se que o assessor do presidente Roosevelt, o espião soviético Alger Hiss, que em 1945 participou da Conferência de Yalta, onde trabalhou na negociação do que viria a ser a ONU e ocupou temporariamente o cargo de Secretário-Geral dessa organização e de presidente da Fundação Carnegie para a Paz Internacional, uma entidade que tem estado presente em todos os encontros do Bilderberg, em novembro de 1954, depois de cumprir 44 meses de cadeia por suas atividades de espionagem, montou, com seus ex-companheiros do Departamento de Estado dos EUA, o Departamento de Assuntos de Segurança e Política da ONU.

Durante os últimos 60 anos, uma intensa propaganda em favor da ONU convenceu muitas pessoas de que as palavras "Paz" e "Nações Unidas" são intercambiáveis. O paradoxal, no entanto, é que entre essas leis e regulamentos encontra-se a norma de que o chefe desse Departamento de Assuntos de Segurança e Política da ONU será sempre um cidadão soviético, militar ou pessoa designada pelos russos. E assim tem sido. Desde 24 de outubro de 1946, quando foi escolhido Arkady Sobolev, em um levantamento realizado até 1997, 14 comunistas – todos cidadãos soviéticos, com exceção de Kieran Prendergast, membro do Clube Bilderberg - presidiram esse posto vital na ONU.

Isso, todavia, ainda não é tudo! Segundo um relatório da Environmental Conservation Organization de janeiro-fevereiro de 1996, "a Comissão sobre o Governo Global crê que os eventos mundiais, desde a criação da ONU em 1945, juntamente com os avanços tecnológicos, a revolução da era da informação e a nova consciência ambiental global, criarão um clima em que as pessoas de todo o mundo reconhecerão a necessidade e os benefícios de um Governo Global. Esse Governo Global segue um procedimento concreto e tem objetivos para os quais emprega toda uma variedade de métodos, nenhum dos quais oferece ao governado a oportunidade de votar ‘sim’ ou ‘não’ ao que se decide. As decisões são tomadas pelos corpos administrativos ou os corpos de delegados ‘designados’ ou as organizações civis secretas ‘credenciadas’ e, de fato, já estão sendo aplicadas muitas das recomendações publicadas pela Comissão".

O Governo Global baseia-se na crença de que o mundo está preparado para aceitar "uma ética civil global" baseada em um conjunto de valores fundamentais que podem unir as pessoas de todas as procedências culturais, políticas, religiosas e filosóficas.

E quem vai pagar tudo isso? Claro que é você. Nada é de graça nessa bela nova comunidade, à exceção de muitas novas responsabilidades impostas à força, em troca de um escasso punhado de direitos que, de fato, já desfrutávamos antes que o Governo Mundial os arrebatasse. Nesse sentido, será imposto um "consenso" sobre os impostos globais necessários para satisfazer as necessidades de funcionamento do Governo Global.

Fonte: A Verdadeira História do Clube Bilderberg, Daniel Estulin, editora Planeta, 2005 

[*] Nesse sentido o artigo "O Mercosul e o Foro de São Paulo,, é altamente didático. (http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5102)

Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

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